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Crise do euro

17 de janeiro de 2012

O chefe do FEEF, Klaus Regling, se mostrou tranquilo, apesar do rebaixamento da nota de crédito do fundo de resgate pela S&P. Berlim e Paris afirmam que não há motivo para reforçar o fundo.

Klaus Regling, chefe do FEEFFoto: picture-alliance/dpa

O chefe do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), Klaus Regling, não se mostrou preocupado com o rebaixamento do fundo de resgate da UE pela S&P na segunda-feira (16/01), de AAA para AA+. "A decisão não tem grandes consequências, enquanto não for seguida pelas outras agências, Moody e Fitch", comentou Regling nesta terça-feira em Cingapura.

"Enquanto se tratar de uma só agência de rating, não há necessidade de providência alguma", acrescentou. Ele fez uma comparação à situação dos EUA, que também teve sua nota rebaixada pela S&P, mas as outras agências mantiveram a nota máxima do país.

Ministro francês das Finanças, François BaroinFoto: picture-alliance/dpa

A decisão da S&P em relação ao fundo europeu resultou do rebaixamento das notas da França e da Áustria, já que ambas são importantes fiadores do FEEF, um fundo de resgate temporário que usa garantias dos membros para pedir dinheiro emprestado a taxas baixas. Por enquanto, Moody e Fitch, as outras duas grandes agências de classificação de risco, ainda atribuem a nota máxima, a classificação AAA, ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.

Ao FEEF, que tem uma capacidade efetiva de empréstimo de 440 bilhões de euros, restarão entre 250 bilhões e 300 bilhões de euros, após a ajuda a Portugal e à Irlanda, e a concessão do segundo pacote de ajuda à Grécia, de 130 bilhões de euros.

Já há substituto

Um fundo permanente, chamado Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF), deve começar a operar em julho. Ele funcionará paralelamente ao FEEF, como instrumento temporário, por um ano. A capacidade combinada de ambos os fundos deve cobrir 500 bilhões de euros, mas vários países, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia querem que ela seja reforçada.

Regling assegurou, ainda, que há fundos suficientes disponíveis para ajudar países em dificuldades na zona do euro.

O rebaixamento da nota de qualificação de crédito do fundo de resgate da zona do euro pela S&P acontece no momento em que a Grécia está sob pressão para fechar as negociações para receber mais empréstimos e evitar uma moratória.

O ministro francês das Finanças, François Baroin, disse que não há necessidade de reforçar o FEEF. Baroin emitiu a mesma opinião que o governo da Alemanha, o único membro importante da zona do euro que mantém a classificação máxima de crédito, AAA.

"O FEEF mantém intacta sua capacidade de empréstimo, com meios e garantias suficientes para cumprir com a totalidade de seus compromissos presentes e futuros", ressaltou Baroin através de comunicado.

Ministro alemão das Finanças, Wolfgang SchäubleFoto: dapd

Preocupação com Grécia

Os mercados financeiros, que apresentaram queda logo após o rebaixamento pela S&P da nota de nove integrantes da zona do euro, na sexta-feira, mostraram pouca reação ao rebaixamento da nota do FEEF, o qual já era esperado. O Japão, maior comprador de títulos do FEEF, afirmou que o fundo permanece um investimento "atrativo".

Um número crescente de analistas, incluindo um funcionário da S&P, advertiram que uma moratória grega é possível, após as negociações entre Atenas e seus credores terem sido interrompidas na sexta-feira.

A Grécia está sob crescente pressão para chegar a um acordo de última hora que leve seus credores privados a aceitar o perdão de parte de seus títulos gregos. Atenas corre o risco de se tornar insolvente, se não conseguir pagar uma dívida de 14,5 bilhões de euros até final de março.

MD/rtr/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer

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