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Europa teme ataques terroristas durante a Eurocopa

(rr)8 de junho de 2004

Alemães, portugueses e britânicos trabalham em conjunto na maior operação de segurança da história da Eurocopa. Mesmo assim os portugueses temem atentados terroristas e a violência dos hooligans.

Vizinhos tentam manter hooligans em casaFoto: AP

A alguns dias do início da Eurocopa e apesar da maior e mais cara operação policial da história do evento e de Portugal, mais da metade da população portuguesa teme ataques terroristas, conforme indicam pesquisas. O primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso tenta acalmar os nervos da população: "Portugal está preparado para fazer frente a uma eventual ameaça terrorista", disse ele. "Mas nenhum governo pode garantir que não haverá atentados."

O esquema de segurança da polícia portuguesa foi planejado com a ajuda das polícias alemã e britânica. Otto Schily, ministro alemão do Interior e responsável também pelos esportes, prometeu a Portugal todo o seu apoio no combate à violência. Seu colega britânico, Hazel Blears, garantiu esforçar-se ao máximo para manter os hooligans fora da península. Os britânicos já confiscaram o passaporte de 2500 hooligans para evitar sua eventual viagem a Portugal. Também os alemães impedirão 4500 hooligans conhecidos de viajar ao país.

Schily ofereceu apoio à PortugalFoto: AP

A polícia alemã não se deixa iludir. "Acreditamos que haverá um grande número de hooligans", disse Michael Endler, chefe do departamento de polícia encarregado da vigilância contra vandalismo. Para isso será enviada uma unidade especial de policiais que conhecem tal meio para que se misturem com torcedores suspeitos a fim de prevenir violência.

Num total, o governo português investiu 16,5 milhões de euros em novos equipamentos, incluindo 150 novos veículos, tanques de água, cassetetes, cachorros treinados e outros aparatos. Estradas, portos, aeroportos e estações de trem serão vigiados por policiais à paisana, prontos para manter vândalos fora de circulação.

Atenção passa dos hooligans ao terrorismo

Mas, desde o ataque terrorista que matou 192 pessoas em março último em Madri, a atenção passou dos hooligans ao terrorismo. A Europol teme que haja ataques terroristas tanto na Eurocopa, quanto durante os Jogos Olímpicos em Atenas. E Portugal, assim como a Espanha um dos aliados dos Estados Unidos na guerra contra o Iraque, prepara-se para qualquer eventualidade.

Há semanas, unidades antiterrorismo ensaiam todos os cenários possíveis para evitar seja um ataque a bomba nos metrôs de Lisboa ou Porto, ou que se tomem jogadores das 16 equipes participantes como reféns ou seqüestre um dos aviões que levarão 500 mil torcedores ao país.

O chefe do esquema de segurança, o general Leonel de Carvalho, assegura que "Portugal está pronto para tudo". Mas as forças de segurança e salvamento se queixam de falta de pessoal, material e coordenação.

Esquema de segurança é altamente organizado

Estádio do Bessa Século XXI na cidade do Porto

Cerca de 20 mil policiais portugueses estão envolvidos na operação de segurança da Eurocopa, além de um número desconhecido de soldados. A Marinha controla a costa de Faro, Lisboa, Porto e Aveiro. Aviões de combate dotados de radar vigiam o espaço aéreo sobre dez estádios em oito cidades da Eurocopa.

O controle de entrada também será rigoroso: ninguém entrará no país sem passaporte e nos portões de entrada dos estádios haverá detectores de metais. Atiradores de elite vigiarão os alojamentos das equipes participantes. Em caso de perigo, todos os telefones celulares poderão ser tirados de funcionamento, para evitar a detonação de bombas à distância.
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