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Europeus advertem: EUA fazem mal à paz

mw1 de agosto de 2003

A guerra no Iraque desgastou em muito a imagem dos Estados Unidos na Europa, como mostra pesquisa encomendada pela Comissão Européia. Mais de 16 mil pessoas foram entrevistadas nos países da comunidade.

Ação militar não autorizada pela comunidade internacionalFoto: AP

Mais da metade dos participantes considera que o governo americano ameaça a paz mundial. Especialmente críticos despontam os entrevistados na Alemanha, França e Bélgica, cujos governos tentaram impedir na ONU e na Otan a operação militar. Nestes três países, dois terços rejeitam com veemência a conduta de George W. Bush. Na Alemanha, o conflito no Golfo Pérsico levou os jovens de 1 5 a 25 anos a temer uma nova guerra mundial.

Mas não é apenas na Bélgica, Alemanha e França que os cidadãos olham criticamente a política de Washington. Saltam aos olhos, por exemplo, os dados apurados na Grécia: 91% dos pesquisados acreditam que os EUA influenciam negativamente a paz no mundo. A bancada dos críticos inclui os austríacos, os finlandeses e os espanhóis.

Terrorismo, pobreza e meio ambiente

O governo americano perdeu credibilidade também em outro tema, segundo a pesquisa. Agora só uma minoria considera legítima a proclamada "luta contra o terrorismo". Os alemães, entretanto, não aparecem entre os principais expoentes desta opinião. Metade deles segue atribuindo papel importante aos Estados Unidos nesta campanha. Na Grã-Bretanha e na Holanda, o respaldo é ainda maior.

A imagem dos americanos na Europa igualmente sofreu em campos políticos zelados no Velho Continente. Mais da metade dos europeus avalia como negativa a influência dos EUA no combate à pobreza e na proteção à natureza. Certamente contribui para o desgaste a resistência do governo Bush em ratificar acordos internacionais, como o Protocolo de Kyoto para a redução das emissões dos gases do efeito estufa.

Política externa comum

A pesquisa apurou que os europeus cada vez mais mostram-se favoráveis a que a UE tenha uma política externa comum. Dentre os alemães, 80% manifestaram-se pela unificação da política de defesa e de segurança. Igual percentual deseja que os europeus defendam suas opiniões no cenário internacional independentemente da americana. A maioria dos cidadãos da UE apóia a criação de uma tropa própria de intervenção. Decisões militares deveriam no futuro ser tomadas no âmbito da União Européia e não da Otan.

Particularmente críticos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte são os gregos, belgas, alemães, finlandeses, austríacos e suecos. Surpreendeu que a imagem negativa da Otan também predomine em países que apoiaram a guerra no Iraque. A maioria dos britânicos, italianos e espanhóis quer uma política de defesa européia desligada de Washington.

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