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Europeus pressionam Israel após anúncio de novos assentamentos

3 de dezembro de 2012

França e Reino Unido convocam embaixadores israelenses e avaliam outras medidas em protesto contra as recentes decisões adotadas por Israel, principalmente os novos assentamentos em territórios palestinos ocupados.

Foto: picture alliance / landov

A França e o Reino Unido avaliam medidas contra Israel, em protesto contra a anunciada construção de mais 3.000 habitações em áreas palestinas ocupadas. Os dois países convocaram os embaixadores israelenses nesta segunda-feira (03/12) para protestar e pedir explicações.

Além disso, diplomatas afirmaram à agência de notícias Reuters que França e Reino Unido avaliam até mesmo retirar seus embaixadores de Tel Aviv, um passo sem precedentes nas relações com Israel. Mas ambos os governos sinalizam que ainda há espaço para negociações antes da adoção dessa medida extrema. "Há outras maneiras de expressar nossa desaprovação", declarou um diplomata francês à Reuters.

"Qualquer decisão sobre quaisquer medidas que o Reino Unido possa adotar dependerá do resultado das nossas discussões com o governo israelense e parceiros internacionais, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia", declarou um porta-voz do Ministério do Exterior britânico.

Na quinta-feira passada, a França votou a favor do reconhecimento da Palestina como Estado observador não membro das Nações Unidas, durante votação na Assembleia Geral da ONU, em nova York. O Reino Unido se absteve.

Também a Suécia, um país tradicionalmente favorável à causa palestina, convocou o embaixador israelense em Estocolmo para protestar contra o anúncio da semana passada.

A Alemanha exigiu que Israel desista dos anunciados planos de novas habitações em áreas ocupadas. O governo disse estar preocupado com a decisão, que mina a confiança na disposição de Israel de negociar com os palestinos, afirmou um porta-voz em Berlim.

Zona E1

Anteriormente, o jornal israelense Haaretz, citando fontes diplomáticas de vários países europeus, informou que o anúncio havia provocado grande irritação em várias capitais europeias, que não se limitaram a condenar os fatos, mas também consideram adotar medidas diplomáticas mais duras.

A irritação deve-se não tanto à construção de novas habitações para colonos judeus, mas sobretudo por causa da chamada Zona E1, que pretende unir Jerusalém Oriental, ocupada por Israel, à colônia de Maaleh Adumim, impedindo assim a continuidade territorial da Cisjordânia e, na prática, tornando inviável o estabelecimento de um Estado palestino. A construção do projeto E1 é uma "linha vermelha" para a França e para o Reino Unido, afirmou o Haaretz.

Além da ampliação de colonatos, Israel anunciou no domingo o confisco de 460 milhões de dólares do dinheiro de impostos que arrecada em nome da Autoridade Nacional Palestina e que é obrigado a transferir, segundo os acordos de paz de Oslo.

AS/rtr/afp/lusa
Revisão: Francis França

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