Desde os anos 1990, todos os presidentes fizeram uso das Forças Armadas para conter violência no estado, com resultados decepcionantes. Apelo político da medida, porém, sempre continuou em alta.
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O Rio de Janeiro enfrenta mais uma onda de violência. O presidente da República pressiona o governador a aceitar a presença do Exército nas ruas. Pesquisas apontam apoio superior a 80%. Militares ocupam favelas e participam do policiamento. Alguns políticos apontam que tudo não passa de um golpe publicitário.
A descrição não é da recente intervenção na segurança pública do Rio decretada pelo governo Michel Temer.
O ano é 1994. O presidente, Itamar Franco. Batizada como Operação Rio, ou Rio 1, a ação marcou pela primeira vez a participação das Forças Armadas na tentativa de retomar favelas controladas pelo narcotráfico.
Seus 2 mil homens foram responsáveis por imagens e manchetes grandiosas. "General quer fim do poder do tráfico", estampou O Globo em novembro de 1994. Nas semanas seguintes, militares ocuparam favelas, entre elas o morro do Borel. No local destruíram uma cruz supostamente instalada no topo do morro pelo Comando Vermelho para afirmar seu poder. No lugar foi hasteada uma bandeira do Brasil.
Ao longo das semanas, no entanto, começaram a surgir denúncias de tortura e críticas ao toque de recolher imposto nas áreas retomadas. Até mesmo o episódio "heroico" da cruz se revelou enganoso. O padre local se queixou que o símbolo não havia sido erguido pelos bandidos, mas por membros da sua paróquia nos anos 1970.
Estrategicamente, a operação teve resultados decepcionantes. O crime não diminuiu nas áreas ocupadas, e em alguns casos houve aumento de ocorrências, como sequestros e assaltos a banco no restante da cidade.
Ao final da operação, em 1995, um editorial do jornal Folha de S.Paulo fez um julgamento severo. "Poucos resultados efetivos e muito abuso de autoridade. É assim que se pode definir a primeira intervenção mais direta do Exército no combate à criminalidade no Rio. A ação dos militares não resultou em muito mais do que boas cenas para cinegrafistas e fotógrafos e transtorno para os moradores."
O balanço negativo, no entanto, não impediu que nas duas décadas seguintes todos os ocupantes do Planalto lançassem mão das Forças Armadas para tentar solucionar a violência crônica do Rio de Janeiro.
"Quando se vê sem soluções, o governo vê os militares como uma forma popular de abordar o problema", afirma Christoph Harig, especialista alemão em missões de paz e sua relação com a segurança pública.
Aposta permanente
A Rio 1 já havia sido uma tentativa de Itamar de repetir e ampliar uma operação executada pelo Exército dois anos antes, na Eco-92, sob o governo Fernando Collor de Mello. Nas duas semanas de conferência, em junho de 1992, 17 mil militares patrulharam vias e cartões-postais do Rio. Soldados montaram guarda em frente à Rocinha com tanques apontando canhões para a favela. Apesar de não ter enfrentado abertamente o tráfico, a operação se revelou popular e provocou a diminuição de ocorrências na Zona Sul e na região central.
A trégua passageira da Eco-92 abriria a porta para a Rio 1 e mais 35 ações com participação das Forças Armadas nas duas décadas seguintes, entre operações pontuais e de grande envergadura. Os resultados de 1992, porém, nunca seriam repetidos. Logo depois da Rio 1, uma Rio 2 foi lançada, em abril de 1995. Desta vez, os 20 mil militares convocados se mantiveram longe das favelas.
Em 1997 e 1999, os militares ocuparam as ruas durante a visita do papa João Paulo 2 e para proteção da Cimeira. Voltaram nas eleições de 2002 com 11 mil homens, a pedido da governadora Benedita da Silva, que enfrentava mais uma guerra entre facções rivais e rebeliões em prisões.
No mesmo ano, editorial de O Estado de S. Paulo já apontava que as operações estavam seguindo uma rotina previsível. "As medidas de combate ao crime organizado no estado anunciadas pelo governo federal são praticamente as mesmas tomadas oito anos atrás durante a Operação Rio."
Episódios trágicos
O Exército voltou à capital com 3 mil homens durante o Carnaval de 2003. Blindados e militares dividiram as ruas com foliões. Os índices de criminalidade explodiram. Foram 70 homicídios durante o feriado, contra 59 em 2002. O número de assaltos em ônibus dobrou. Mesmo assim, a governadora Rosinha Garotinho pediu que o Exército ficasse mais 30 dias.
Seu secretário de Segurança, Josias Quintal, justificou o pedido com um parâmetro subjetivo, mas revelador sobre a mentalidade das autoridades. "A sensação de segurança da população aumentou nesse Carnaval”, disse, apesar das estatísticas. O pedido foi negado.
O período ainda foi marcado pela morte do professor de inglês Frederico Branco, atingido após furar uma blitz de paraquedistas. A irmã dele, que estava no veículo, afirmou que eles pensaram que o bloqueio era uma falsa blitz organizada por criminosos. O caso acabou sendo arquivado pelo Exército. À época, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, minimizou o episódio. "Poderia ter ocorrido em qualquer barreira policial”, disse.
Em março de 2006, o Exército voltou a enfrentar traficantes após o roubo de dez fuzis de um quartel. Ao longo das duas semanas, 11 favelas foram cercadas. Os fuzis foram recuperados em uma mata, mas oficiais deram explicações contraditórias sobre o achado. Segundo a Folha de S.Paulo, os militares fizeram um acordo com traficantes do Comando Vermelho para reaver as armas. Em troca, concordaram em deixar as favelas.
Em 2008, o presidente Lula cedeu 290 militares para ocupar o morro da Providência a pedido do senador - e candidato à Prefeitura do Rio - Marcelo Crivella, que promovia no local um projeto para reformar moradias. O Comando Militar do Leste (CML) foi contra, mas obedeceu. Pela primeira vez, tropas veteranas da Minustah, a missão de paz das Nações Unidas no Haiti, participaram de uma ação no Rio. O resultado foi uma tragédia.
Um grupo de militares prendeu e entregou três jovens entre 17 e 24 anos da Providência para traficantes. Os corpos foram encontrados com dezenas de perfurações. No dia do enterro dos jovens, cerca de 300 pessoas atacaram a sede do CML com pedras, garrafas e até coroas de flores. As obras foram embargadas pela Justiça por suspeita de viés eleitoreiro.
"Não tenho dúvida que se politizou as Forças Armadas", criticou o então presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Raul Jungmann. Em uma peça do destino, Jungmann hoje comanda o Ministério da Segurança Pública e é um dos grandes defensores da intervenção no Rio.
Poucos meses depois, 3.500 soldados do Exército participaram de operações na Rocinha, Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, às vésperas da eleição. O tráfico voltou a agir normalmente após a saída dos militares.
A volta dos grandes eventos
A escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo e como palco de eventos como a Conferência Rio+20 em 2012 e a Jornada Mundial da Juventude em 2013 marcou uma nova fase de grandes e duradouras operações das Forças Armadas. Entre 2010 e 2017, os militares atuaram mais 11 vezes no estado. Mais uma vez, tropas veteranas do Haiti foram empregadas. Os crimes continuaram em alta.
A pedido do consórcio peemedebista que governava o Rio, os governos Lula e Dilma também transformaram o Exército em uma força regular de apoio para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Em dezembro de 2010, militares atuaram na espetacular retomada do Complexo do Alemão após uma onda de ataques de traficantes. "O Dia D da guerra ao tráfico" estampou O Globo. O plano inicial era que eles permanecessem sete meses - foram 19. Logo após a saída dos militares, traficantes voltaram a agir.
Em 2011, foi a vez de os militares apoiarem a retomada Rocinha para a instalação de mais uma UPP. Eles já conheciam o caminho, tendo marcado presença na favela em 1992, 2006 e 2008. Acabariam voltando mais uma vez em 2017.
Em 2014, o projeto das UPPs já mostrava sinais de fracasso. Ainda assim, o Exército mais uma vez foi acionado para abrir caminho no Complexo da Maré. Ao longo dos 15 meses de ocupação, foram empregados 23.500 militares em regime de rodízio, ao custo de 559,6 milhões de reais. Novamente, os resultados foram parcos e o tráfico continuou a dominar a região. Surgiram mais denúncias de abusos e um cabo veterano do Haiti foi assassinado durante uma patrulha.
Em julho de 2017, o governo Temer voltou a insistir na presença das Forças Armadas no Rio. Batizada com esperançoso nome "O Rio Quer Segurança e Paz", a operação ainda em curso deslocou 8.500 homens. Seu custo já supera 43 milhões de reais.
Antes mesmo da intervenção, o Planalto já havia autorizado a prorrogação até o fim de 2018. Apesar dos militares, o Rio chegou ao fim do ano com alta de 7,4% no número de homicídios em relação a 2016. Houve também queda na apreensão de fuzis e drogas em relação ao segundo semestre de 2016.
Segundo Christoph Harig, o Brasil e o Rio estão presos há décadas em um ciclo. "Não é irracional sugerir que um eventual fracasso das Forças Armadas na intervenção no Rio vai apenas provocar mais apelos pela militarização em vez de uma reconsideração da abordagem", opina o especialista alemão.
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O mês de fevereiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. Sokolowski
Onda de frio mata dezenas na Europa
As temperaturas quebraram recordes negativos para esta época do ano na Europa. Nos últimos dias, a onda de frio siberiano matou pelo menos 41 pessoas no continente, principalmente pessoas sem teto. Escolas e aeroportos chegaram a ser fechados. No alto da montanha Zugspitze, no sul do país, os termômetros marcaram -30,5 graus, a menor temperatura já registrada para um fim de fevereiro. (28/02)
Foto: Getty Images/AFP/B. Stansall
Cidades alemãs podem proibir carro a diesel
A Justiça da Alemanha determinou que os governos municipais do país podem proibir a circulação de carros a diesel nas cidades se julgarem a medida necessária para que a poluição do ar não ultrapasse os limites exigidos por lei. Segundo a corte, a proibição, uma medida polêmica num país onde a maior parte da frota é movida a diesel, está em conformidade com a legislação. (27/02)
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Meissner
Nevasca muda paisagem de Roma
Uma forte nevasca atingiu Roma. Os monumentos mais famosos da capital italiana amanheceram "pintados” de branco. Apesar das belas imagens, a nevasca provocou transtornos no transporte público da cidade. Escolas foram fechadas e aeroportos registraram atrasos e cancelamentos. Desde 2012 não nevava com tanta intensidade na capital italiana. (26/02)
Foto: Reuters/M. Rossi
Jogos de Inverno chegam ao fim
Os chamados "Jogos da Paz" chegaram ao fim, em Pyeongchang. Desde o início, o evento foi ofuscado pela aproximação política entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. A cerimônia de encerramento ocorreu no estádio de Pyeongchang, diante de 35 mil pessoas, e teve a presença de uma delegação da Coreia do Norte. Os EUA foram representados por Ivanka Trump, filha do presidente Donald Trump. (25/02)
Foto: Reuters/P. Kopczynski
Surpresa no Festival de Berlim
O júri do Festival de Berlim surpreendeu críticos e público com a escolha da produção experimental romena "Touch me not", da diretora Adina Pintilie, para o Urso de Ouro de melhor filme. O júri, presidido pelo diretor alemão Tom Tykwer, escolheu ainda o americano Wes Anderson, pela animação "Ilha de cachorros", para o Urso de Prata de melhor diretor. (24/02)
Foto: Getty Images/T. Niedermueller
Obra de Degas roubada em 2009 é encontrada em ônibus
Um quadro do francês Edgar Degas (1834-1917), roubado no fim de 2009 em Marselha, foi descoberto por autoridades aduaneiras na região de Paris. A descoberta ocorreu em 16 de fevereiro, durante um controle de rotina da polícia aduaneira no leste da capital. O pastel Os coristas, de propriedade do Museu d'Orsay, foi encontrado no bagageiro de um ônibus estacionado num posto de abastecimento. (23/02)
Foto: Reuters/D. Francaise
Massacre de armênios
O Parlamento holandês aprovou uma resolução reconhecendo como genocídio o massacre de até 1,5 milhão de armênios em 1915 pelo Império Otomano, Estado antecessor da atual Turquia, que nega que a perseguição e matança sistemática dos armênios, na Primeira Guerra, constitua tal crime. Diversos países e instituições internacionais aprovaram resoluções semelhantes, entre os quais a ONU. (22/02)
Foto: picture alliance/CPA Media/A. Wegner
Mais violência na Síria
A Força Aérea da Síria realizou novos ataques em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco. O governo intensificou seus ataques ao enclave rebelde, onde quase 300 civis foram mortos em três dias. Enquanto isso, potências ocidentais e agências humanitárias reiteraram suas preocupações sobre o vertiginoso aumento no número de mortos e alertam para uma catástrofe humanitária. (21/02)
Foto: picture alliance/abaca/A. Al Bushy
Visita surpresa
A rainha Elizabeth 2ª apareceu de surpresa na primeira fila do desfile do estilista britânico Richard Quinn na Semana da Moda de Londres. Essa é a primeira vez que a monarca comparece a um evento deste tipo. A soberana britânica, de 91 anos, se sentou junto à diretora da edição americana da prestigiada revista "Vogue", Anna Wintour, com a qual conversou de forma relaxada durante o desfile. (20/02)
Foto: Reuters/Y. Mok
Possível sucessora?
A governadora do Sarre, Annegret Kramp-Karrenbauer, foi indicada pela presidente da União Democrata Cristã (CDU), a chanceler Angela Merkel, para ser a nova secretária-geral do partido. O cargo, o segundo mais importante na hierarquia partidária, já foi ocupado pela própria Merkel entre 1998 e 2000. A escolha mostra que chanceler rejeita guinada à direita pelo partido. (19/02)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gambarini
Acidente aéreo no Irã
Um avião do tipo ATR-72, operado pela companhia iraniana Aseman Airlines, caiu no sudoeste do Irã, perto da cidade de Semirom, a cerca de 620 quilômetros de Teerã e não muito longe de seu destino final. O voo fazia a rota doméstica entre a capital iraniana e a cidade de Yasuj, no sudoeste do país. Todas as 65 pessoas a bordo morreram, segundo a agência estatal de notícias Irna. (18/02)
Foto: picture-alliance/dpa/EADS ATR
Recorde de turistas brasileiros em Portugal
Número de turistas brasileiros que visitaram Portugal em 2017 atingiu 869 mil, valor recorde, com um aumento de 39% em relação a 2016, informou o Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE). Entre os maiores mercados emissores de turistas para Portugal, o Brasil continuou na liderança de visitantes fora da Europa, à frente dos EUA, que registrou 685 mil turistas no mesmo período. (17/02)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Galuschka
Intervenção federal na segurança do Rio
Em meio à escalada de violência, o presidente Michel Temer assinou um decreto que determina intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. "O crime organizado quase tomou conta do Rio de Janeiro. É uma metástase que se espalha pelo país", disse Temer. Decisão prevê que Forças Armadas assumam a responsabilidade sobre as polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros. (16/02)
Foto: picture alliance/AP/L. Correa
Começa mais uma edição da Berlinale
A 68ª edição do Festival de Cinema de Berlim começou nesta quinta-feira. Ao longo dos próximos dias, o festival exibirá quase 400 filmes, incluindo 12 produções brasileiras. Dez anos depois de receber o Urso de Ouro por Tropa de Elite, o diretor brasileiro José Padilha volta à Berlinale com 7 dias em Entebbe, que relata o sequestro de um avião da Air France em 1976. (15/02)
Foto: Reuters/C. Mang
Fim da linha para Jacob Zuma
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, cedeu à pressão do seu próprio partido e renunciou ao cargo nesta quarta-feira cargo. O político comandava o país desde 2009 e enfrentava uma série de acusações de corrupção. Com a saída de Zuma, o poder vai passar para o vice-presidente do país, Cyril Ramaphosa, líder de uma facção rival no Congresso Nacional Africano. (14/02)
Foto: Reuters/S. Sibeko
Presidente sul-africano por um fio
O partido governista da África do Sul, Congresso Nacional Africano (CNA), anunciou ter requerido formalmente a renúncia imediata do presidente do país, Jacob Zuma, envolvido numa série de escândalos de corrupção, e espera que o líder responda logo à determinação. Segundo a legenda, a medida é necessária para que o país possa avançar rumo à estabilidade política e à recuperação econômica. (13/02)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/A. Ufumeli
Sinal de distensão entre EUA e Coreia do Norte
Retornando dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, o vice-presidente Mike Pence disse que Washington está aberto a um diálogo com Pyongyang. Seu país continuará a impor sanções, até que haja "um passo significativo rumo à desnuclearização", mas também está disposto a dialogar com o governo de Kim Jong-un: "Se eles quiserem conversar, vamos conversar." (12/02)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Semansky
Carnaval à moda iraniana?
O 39º aniversário da Revolução Islâmica no Irã foi também marcado por manifestações de natureza quase carnavalesca. Ao discursar à nação, o presidente Hassan Rohani pediu unidade, após a onda de protestos antigoverno no fim de dezembro e início de janeiro. "Peço que o 40º ano da Revolução, o próximo ano, seja um ano de unidade", apelou à multidão reunida na capital Teerã. (11/02)
Foto: ILNA
Clima de degelo na Península da Coreia
Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, espera para encontrar-se com o chefe de Estado da Coreia do Sul, Moon Jae-in, na residência presidencial em Seul. Mais tarde ela lhe entregaria uma carta contendo um pessoal para uma cúpula em Pyongyang, capital do país comunista. A aproximação entre os países irmãos tem como pano de fundo os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, (10/02)
Foto: picture alliance/AP/Yonhap/K. Ju-sung
Dada a largada para os Jogos de Inverno
Os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, foram abertos com uma cerimônia marcada pelo desfile conjunto das duas Coreias e pela presença de autoridades norte-coreanas. Este foi o primeiro desfile olímpico conjunto das duas Coreias em 12 anos. O evento terá ainda participação recorde de atletas. (09/02)
Foto: picture alliance/AP Photo/F. Fife
Início do Carnaval na Alemanha
O feriado de Carnaval alemão começou com milhares de pessoas lotando as ruas, pavilhões e bares em cidades como Colônia, Düsseldorf (foto) e Mainz, tradicionais centros da folia alemã, onde a segurança foi reforçada. Temperaturas em torno dos 0 °C não espantaram a multidão. (08/02)
Foto: picture alliance/dpa/F. Gambarini
Acordo fechado
Após mais de quatro meses de impasse político, a Alemanha está mais perto de ter um governo. Os conservadores, liderados pela chanceler federal Angela Merkel, e os social-democratas concluíram suas negociações e anunciaram um acordo para formar uma coalizão. Agora, o programa de governo acordado precisa do aval dos mais de 460 mil membros do Partido Social-Democrata. (07/02)
Foto: picture-alliance/dpa/B. von Jutrczenka
Terremoto em Taiwan
Um terremoto de magnitude 6,4 na escala Richter sacudiu Taiwan e provocou a queda de vários prédios, deixando ao menos dois mortos. Um dos edifícios mais danificados foi o Hotel Marshal (foto). Mais de 100 pessoas ficaram presas em edifícios que desabaram parcialmente. (06/02)
Foto: Getty Images/AFP/P. Yang
Julgamento de terrorista dos ataques de Paris
Começou em Bruxelas o julgamento do único suspeito vivo da célula do "Estado Islâmico" responsável pelos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, Salah Abdeslam. Ele é acusado de porte de armas ilegais e da tentativa de assassinato de policiais pouco antes de ser preso na Bélgica, há dois anos. Perante tribunal, Abdeslam se recusa a responder perguntas dos juízes. (05/02)
Foto: Reuters/E. Dunand
Marcha curda
Dezenas de milhares foram às ruas da cidade curda de Afrin, no norte da Síria, em protesto contra a ofensiva militar turca. Pelo menos 68 civis morreram na cidade desde o início na operação, que mira a milícia curdo-síria Unidades de Proteção do Povo (YPG) . As YPG são acusadas de associação ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), tido como organização terrorista por Ancara. (04/02)
Foto: Getty Images/AFP/D. Souleinman
Queda, tiroteio e morte na Síria
O piloto de um avião de combate russo Sukhoi 25, derrubado por rebeldes sírios no leste da província síria de Idlib, morreu em tiroteio. Tendo conseguido saltar de paraquedas antes do impacto, ele foi cercado e abatido. Segundo o Ministério de Defesa da Rússia, um "míssil antiaéreo" provocara a queda, e o país realiza esforços para recuperar o corpo, com auxílio da Turquia. (03/02)
Foto: Getty Images/AFP/O. Hajkadour
Tensões elevadas entre Trump e FBI
Após autorização de Donald Trump, o Congresso dos Estados Unidos divulgou um polêmico memorando elaborado pelo Partido Republicano que acusa o FBI de ter cometido abuso de poder e parcialidade contra o presidente em sua investigação sobre a campanha eleitoral do atual chefe de Estado. Para democratas, no entanto, objetivo do documento é minar o inquérito da polícia federal americana. (02/02)
Foto: Getty Images/W. McNamee
Polônia e a polêmica lei sobre Holocausto
O Senado da Polônia aprovou uma polêmica lei sobre o Holocausto, que criminaliza qualquer indivíduo que atribua ao país ou a seu povo culpa por crimes de guerra cometidos pelos nazistas no território polonês. A legislação prevê até três anos de prisão ou multa para quem utilizar a expressão "campos de extermínio poloneses". A medida pode abalar as relações com Israel e com os EUA. (01/02)