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Ex-chanceler Helmut Kohl se despede da vida pública

(sm)1 de janeiro de 1970

O “chanceler da reunificação” discursou pela primeira vez numa convenção da União Democrata-Cristã, após ter perdido o título de presidente de honra do partido.

Ex-chanceler federal Helmut Kohl discursou na convenção da CDUFoto: AP

Com um longo aplauso, os democratas-cristãos reunidos na convenção de segunda-feira (17), em Frankfurt, prestaram sua homenagem a Helmut Kohl, que abandona oficialmente a política alemã a partir das eleições parlamentares de setembro. Após 44 anos de trabalho parlamentar, Kohl abandonará sua cadeira na próxima legislatura. Ao convidá-lo para participar da convenção, a União Democrata Cristã (CDU) colocou um ponto final no escândalo de corrupção que custou a Kohl não apenas o prestígio nacional, mas também o título de presidente de honra do partido.

Silêncio sobre corrrupção

– Desde a convenção de Erfurt, em 1999, Kohl – que presidiu a CDU durante 25 anos – nunca mais tinha participado de uma convenção do partido. Em seu discurso em Frankfurt, Kohl não tocou no assunto do escândalo das doações partidárias ilegais, agradecendo apenas a "confiança" de seus correligionários. Na época do escândalo, Kohl chegara a confessar ter conhecimento das doações ilegais de mais de um milhão de euros feitas à CDU, durante a década de 90, recusando-se no entanto a revelar o nome dos doadores.

Apoio a Stoiber

– O ex-chanceler federal alemão Helmut Kohl conclamou seus correligionários a lutar por todos os votos nas próximas eleições parlamentares e a transferir a confiança que sempre depositaram nele para o próximo candidato dos dois maiores partidos de oposição, Edmund Stoiber (CSU – União Social Cristã). Kohl recordou seu desempenho no processo de reunificação alemã e remeteu o futuro da Alemanha ao desenvolvimento da União Européia.

Imigração como arma eleitoral

– Durante a convenção, a presidenta da CDU, Angela Merkel, advertiu seus correligionários contra a confiança precipitada numa vitória eleitoral. A 97 dias das eleições parlamentares, Merkel confirmou que a CDU pretende tornar a questão da imigração um tema eleitoral, "para impedir que os eleitores corram atrás dos populistas pelo fato de os outros não tocarem neste assunto". Além disso, a líder democrata-cristã anunciou a revogação da lei de imigração da coalizão social-democrata e verde, caso a CDU vença as eleições de setembro.

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