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Espionagem telefônica

30 de novembro de 2010

Após assumir sozinho culpa por espionagem telefônica de sindicalistas e jornalistas, Klaus T. foi sentenciado a três anos e meio de prisão. Ex-presidente da Telekom depôs como testemunha e negou ter encomendado o crime.

Casos de escuta telefônica na Telekom aconteceram entre 2005 e 2006Foto: picture alliance/ZB

O Tribunal Regional de Bonn condenou nesta terça-feira (30/11) a três anos e meio de prisão o ex-chefe de segurança da empresa de telecomunicações alemã Deutsche Telekom, Klaus T., por envolvimento em recente escândalo de espionagem telefônica. A corte considerou comprovado que o homem de 60 anos violara o sigilo de telecomunicações, além de condená-lo por fraude.

Entre 2005 e 2006 o réu registrou ilicitamente dados de comunicações telefônicas de mais de 40 pessoas, inclusive sindicalistas, membros de conselhos de empresa e jornalistas. A sentença de Bonn se refere a sete desses casos.

A finalidade de Klaus T. era descobrir como informações internas da Telekom haviam chegado à imprensa. O condenado também desviou para si verbas da empresa, para a qual trabalhava há muitos anos.

Kai-Uwe Ricke, na época, presidente da TelekomFoto: AP

Culpa integral

De início, quatro homens respondiam a processo em Bonn. Entretanto a ação contra um empresário berlinense foi suspensa, por motivos de saúde. Dois ex-funcionários da empresa de telecomunicações foram igualmente liberados com o pagamento de uma multa, devido à pouca gravidade de seus delitos.

O antigo presidente da Telekom Kai-Uwe Ricke também depôs como testemunha na ação judicial. Ele negou haver contratado a espionagem de dados telefônicos.

Os inquéritos contra Ricke e o ex-chefe do conselho de empresa Klaus Zumwinkel já haviam sido fechados antes mesmo do atual processo. Logo na primeira audiência, Klaus T. assumira integralmente a culpa pelos atos.

AV/dpa/ap
Revisão: Carlos Albuquerque

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