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Ex-diretor do FBI vai depor no Senado

20 de maio de 2017

James Comey aceita depor em sessão pública ao comitê que investiga supostas ligações da campanha de Trump com os russos. Na semana passada, ele foi demitido do cargo pelo presidente.

James Comey no Senado
Comey foi demitido do cargo na semana passada pelo presidente dos EUAFoto: Reuters/K. Lamarque

O ex-diretor do FBI James Comey, demitido do cargo na semana passada pelo presidente Donald Trump, aceitou depor em sessão pública no Comitê de Inteligência do Senado, que investiga supostas ligações da campanha de Trump com a Rússia.

"O comitê espera receber o depoimento do ex-diretor do FBI sobre o seu papel no desenvolvimento da investigação de inteligência sobre a ingerência da Rússia na eleição de 2016", anunciou nesta sexta-feira (19/05) o presidente do comitê, o republicano Richard Burr. Além disso, ele pediu a Comey para "esclarecer ao povo americano os eventos recentes informados pela imprensa".

O vice-presidente do Comitê, o democrata Mark Warner, acrescentou que Comey "merece a oportunidade de contar a sua versão" dos fatos e disse que espera que o ex-chefe do FBI jogue luz sobre os pontos que o órgão do Senado está investigando sobre os supostos vínculos da campanha de Trump com funcionários do governo russo.

O depoimento, ainda sem data, ocorrerá após o feriado de 29 de maio, que homenageia os soldados americanos mortos em combates, o chamado Memorial Day. Na ocasião, Trump já terá retornado ao país após a primeira viagem internacional em seu mandato, que começou neste sábado e o leva a Arábia Saudita, Israel, Vaticano e às cúpulas da Otan, na Bélgica, e do G7, na Itália.

Durante o seu encontro com representantes do governo russo, na semana passada, Trump teria dito que Comey era "louco" e que a demissão diminuiu a pressão sobre ele, noticiou o New York Times. Neste sábado, o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, que participou da reunião, disse que nela não se falou da demissão de Comey.

AS/efe/afp

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