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33 anos depois

28 de julho de 2010

Verena Becker foi denunciada pelo atentado contra o promotor Siegfried Buback, em 1977, que tirou a vida de três pessoas. Ela fazia parte do grupo terrorista de extrema-esquerda Facção Exército Vermelho.

Símbolo da Fração do Exército VermelhoFoto: AP Photo

O Tribunal Superior Regional de Stuttgart aceitou nesta quarta-feira (28/07) a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Verena Becker.

A ex-integrante da Fração do Exército Vermelho (RAF, na sigla em alemão) é acusada de participação no assassinato do procurador-geral Siegfried Buback e dois acompanhantes – um motorista e um guarda-costas – ocorrido em 7 de outubro de 1977. O julgamento deve começar no fim do mês de setembro.

A decisão foi comemorada pelo filho de Buback, 33 anos depois do crime. "Estou extremamente aliviado pelo fato de que a denúncia foi aceita", disse Michael Buback. "O importante é que a verdade seja esclarecida. Isto é importante não só para mim, mas também para o país e para o estado de direito", completou.

Corpo de Buback (e) coberto após o atentadoFoto: picture-alliance/ dpa

Histórico do caso

Becker, que no próximo sábado completa 58 anos de idade, havia sido presa ainda em maio de 1977 na companhia de outro então integrante da RAF, Günter Sonnenberg, que cumpre pena de prisão perpétua por outros crimes. Numa mochila carregada por ambos estava a arma do crime contra Buback. Na época, não se conseguiu comprovar o envolvimento de Becker no atentado.

Condenada à prisão perpétua por causa de um tiroteio durante sua prisão, ela ficou na cadeia até 1989, quando foi libertada através de um indulto assinado pelo então presidente alemão, Richard von Weizsäcker. Em agosto do ano passado, voltou a ser detida, mas foi libertada em dezembro.

Até hoje, não há clareza sobre quem efetuou os tiros contra o carro de Buback – foram pelo menos 15, disparados de uma motocicleta. No entanto, foram encontrados vestígios do DNA de Becker na carta escrita pela RAF que reivindicava a autoria do atentado.

Em anotações pessoais da ex-terrorista, havia ainda reflexões sobre o ato. Por isto, ela pode ser punida por ter participado do planejamento do crime, ainda que não seja considerada a assassina. Outros três participantes – Christian Klar, Brigitte Mohnhaupt e Knut Folkerts – já foram condenados pelo ato.

TM/dpa/afp/ap/dw

Revisão: Roselaine Wandscheer

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