Ex-presidentes Bush confirmam que não votaram em Trump
4 de novembro de 2017
Em livro, Bush pai diz a historiador que magnata é "fanfarrão" movido pelo ego e que optou por Hillary. George W. assegura que não votou em nenhum dos dois principais candidatos.
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O ex-presidente dos Estados Unidos George H. W. Bush afirmou, num livro a ser lançado em 14 de novembro, que o presidente Donald Trump é um "fanfarrão" que atua guiado pelo ego e confirmou que votou na candidata democrata, Hillary Clinton, na eleição de novembro de 2016.
O filho de Bush, o também ex-presidente George W. Bush, pensou durante a campanha eleitoral que Trump não entende o que é ser presidente, de acordo com trechos do livro obtidos com exclusividade pela emissora CNN e pelo jornal The New York Times.
As declarações foram feitas por ambos ao longo da campanha eleitoral, um momento no qual as pesquisas indicavam vitória de Hillary.
No livro The last republicans (Os últimos republicanos), escrito pelo historiador Mark Updegrove, Bush pai confirma que votou em Hillary, um rumor que já tinha circulado no país. Já Bush filho, por sua vez, não votou em nenhum dos dois principais candidatos.
Em maio de 2016, Bush pai disse claramente que não gostava do candidato que o Partido Republicano havia escolhido. "Não sei muito sobre ele, mas sei que é um fanfarrão. E não me emociona muito que ele seja um líder", afirmou o ex-presidente, de 93 anos, que ainda disse que a razão que motivava Trump a disputar as eleições era seu ego.
Bush filho também acompanhou com consternação a ascensão de Trump. Em um momento da campanha, ele chegou a dizer ao escritor que temia ser o último presidente republicano dos EUA, uma citação que inspirou o nome do livro. "Nesse momento acredito que ele estava preocupado com uma vitória da Hillary", explicou Updegrove ao New York Times.
O segundo presidente da família Bush também fez críticas veladas a Trump em outubro, quando, durante um discurso em Nova York, criticou o aumento da divisão e da intolerância do país. Além disso, Bush filho questionou o uso da intimidação e do preconceito como arma política.
A Casa Branca respondeu o livro com críticas aos ex-presidentes, ao afirmar que "se um candidato presidencial pode mesmo desmantelar um partido político, isso já diz muito sobre o tipo de legado deixado pelos dois presidentes republicanos anteriores".
"E isso começa com a guerra do Iraque, um dos maiores erros de política externa na história americana", disse um funcionário da Casa Branca, que pediu anonimato, à CNN, citando a invasão promovida durante o governo de Bush filho.
AS/efe/rtr
Alguns momentos da posse de Trump
Magnata nova-iorquino Donald Trump é empossado como 45º presidente americano numa cerimônia realizada no Capitólio, em Washington. Quase 1 milhão de apoiadores acompanham a cerimônia, que foi marcada por protestos.
Foto: Getty Images/AFP/J. Watson
Primeiros passos em Washington
Donald Trump e sua esposa, Melania, desembarcaram em Washington, na véspera da posse. Seu primeiro evento na capital americana, foi um encontro entre lideranças republicanas.
Foto: picture-alliance/Newscom/C. Kleponis
Últimos preparativos
No Capitólio, em Washington, na véspera da posse, trabalhadores organizaram os últimos preparativos para a cerimônia que empossou o 45º presidente americano.
Foto: REUTERS/B. Snyder
Benção de Deus
O primeiro evento do grande dia de Trump foi um culto ecumênico na Igreja de St. John. O magnata e sua família foram recebidos pelo pastor Luis Leon.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Brandon
Chá com Obama
Após o culto, Trump e Melania foram recebidos na Casa Branca pelo ainda presidente Barack Obama e sua esposa, Michelle, para tomar chá antes da grande cerimônia.
Foto: Getty Images/AFP/J. Watson
Protestos contra Trump
Diversos protestos contra Trump ocorreram na capital americana. A maioria deles foi pacífica, mas confrontos entre polícia e manifestantes ocorreram no centro de Washington.
Foto: Reuters/A. Latif
Ex-adversária
A adversária de Trump nas eleições, Hillary Clinton, também compareceu à cerimônia de posse do republicano, acompanhada pelo marido, Bill.
Foto: Getty Images/AFP/J. Angelillo
Primeira-dama
A nova primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, entrou no Capitólio acompanha por um oficial das Forças Armadas. Inspirada na icônica primeira-dama Jackie Kennedy, Melania usou um vestido clássico azul claro produzido pela marca americana Ralph Lauren.
Foto: Getty Images/A. Wong
Juramento
Ao lado de sua família, Trump prestou juramento sob duas Bíblias – a sua, oferecida pela sua mãe, e a que o ex-presidente Abraham Lincoln usou na sua posse, há 150 anos – seguradas pela sua esposa. Salvas de canhão encerraram a posse.
Foto: Reuters/C. Barria
Discurso protecionista
No seu discurso de cerca de 15 minutos, o novo presidente disse que vai elevar o orgulho nacional, trazer os empregos de volta e acabar com o terrorismo islâmico. "O 20 de janeiro de 2017 será lembrado como o dia em que o povo voltou a ser o senhor desta nação", destacou.
Foto: Reuters/C. Barria
Cerimônia cheia, mas nem tanto
A cerimônia de posse de Trump levou muitos de seus eleitores a Washington e encheu o Capitólio. Autoridades estimam a participação de 900 mil pessoas. Apesar do número significativo, o magnata não é tão popular quanto seu antecessor. A posse de Barack Obama contou com 1,8 milhão de pessoas em 2009.
Foto: picture-alliance/dpa/C. Kaster
Tempo ruim
Choveu durante a cerimônia no Capitólio. A chuva pareceu incomodar alguns dos presentes, como ex-presidente George W. Bush.
Foto: Reuters/R. Wilking
Adeus, Obama
O agora ex-presidente Barack Obama deixou o Capitólio logo após o encerramento da cerimônia. Ele partiu num helicóptero militar.