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Ex-primeiro-ministro sírio diz que governo está em colapso

14 de agosto de 2012

Riad Hijab, ex-primeiro-ministro sírio que desertou há uma semana, falou sobre o regime de Bashar al-Assad. Segundo ele, o governo que chamou de "inimigo de Deus" só controla cerca de um terço do território sírio.

Syria's former agriculture minister Riyad Hijab is seen in this file handout photograph distributed by Syrian News Agency (SANA) on June 6, 2012. Syrian Prime Minister Hijab has been sacked, Syrian television reported on August 6, 2012. Syrian President Bashar al-Assad appointed Hijab, a former agriculture minister, as prime minister in June following a parliamentary election in May which authorities said was a step towards political reform but which opponents dismissed as a sham. REUTERS/SANA/Handout (SYRIA - Tags: POLITICS CIVIL UNREST HEADSHOT) FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. IT IS DISTRIBUTED, EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS, AS A SERVICE TO CLIENTS
Syrien Regierungschef Riad HidschabErnennung bei Bashar al AssadFoto: Reuters

O ex-primeiro-ministro sírio Riad Hijab, que desertou há uma semana, falou pela primeira vez em público nesta terça-feira (14/08) em Amã e afirmou que o regime do presidente Bashar al-Assad está em colapso e só controla 30% do território sírio.

O regime "afunda-se militarmente, economicamente e moralmente", disse Hijab em uma conferência na capital da Jordânia. "Asseguro-vos, com base na minha experiência e no cargo que ocupei, que o regime [sírio] está fraturado", reforçou.

O ex-primeiro-ministro não entrou em detalhes sobre o controle de território e, portanto, não se sabe determinar quais partes da região síria estão nas mãos dos rebeldes.

Hijab afirmou que a decisão de fugir para a Jordânia veio após perder "a esperança de que este regime corrupto e brutal fosse mudar", referindo-se ao governo Assad como "inimigo de Deus".

Incentivo aos rebeldes

Encorajando os rebeldes "a continuarem a luta contra o regime", o ex-primeiro-ministro disse que a "revolução tornou-se um modelo de esforço e sacrifício em nome da liberdade e da dignidade", salientando que o povo sírio deposita "grandes esperanças e fé" no poder do movimento rebelde.

Hijab também agradeceu o apoio de países como a Arábia Saudita, Qatar e Turquia, pedindo que estes ajudem a oposição. "Apelo igualmente às forças armadas sírias para não apontarem as armas contra o povo sírio", concluiu.

O conflito na Síria dura 17 meses e já fez mais de 21 mil mortos, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), organização não-governamental com sede no Reino Unido.

Hijab não pertencia ao círculo estreito de Assad, no entanto sua partida foi um golpe simbólico para o governo. Os Estados Unidos afirmaram recentemente que as deserções no regime sírio incluem diplomatas, altas patentes do exército e parlamentares e são um sinal de que Assad está perdendo o controle do país.

GMF/lusa/rtr
Revisão: Francis França

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