Ex-secretário de Alckmin será ministro do Meio Ambiente
9 de dezembro de 2018
Futuro ministro Ricardo Salles é réu por improbidade administrativa, acusado de esconder alterações em mapas do zoneamento ambiental quando foi secretário estadual no governo do tucano. Ação teria favorecido mineradoras.
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O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou neste domingo (09/12) que Ricardo de Aquino Salles comandará o Ministério do Meio Ambiente. O ex-secretário do tucano Geraldo Alckmin é o 22º ministro indicado ao novo governo.
O anúncio foi feito por mensagem publicada na conta de Bolsonaro no Twitter. "Comunico a indicação do sr. Ricardo de Aquino Salles para estar à frente do futuro Ministério do Meio Ambiente", escreveu.
Advogado, Salles, de 43 anos, é um dos criadores do movimento Endireita Brasil, que quer renovar a liderança política da direita no país e ficou conhecido por promover o Dia da Liberdade de Impostos. Nas eleições deste ano, ele concorreu pelo Partido Novo a deputado federal por São Paulo, mas não foi eleito.
De 2013 a 2014, Salles foi secretário particular de Alckmin. Entre julho de 2016 e agosto de 2017, ele foi secretário estadual do Meio Ambiente no governo do tucano. Na época, ele era filiado ao PP.
Salles é réu numa ação por improbidade administrativa, acusado de esconder alterações em mapas do zoneamento ambiental do rio Tietê. Segundo o G1, as mudanças teriam beneficiado empresas de mineração. O Ministério Público afirma que a fraude pode prejudicar o meio ambiente. Salles nega irregularidades.
O futuro ministro também é ex-diretor da Sociedade Rural Brasileira (SRB).
A indicação foi criticada pelo Observatório do Clima, uma coalização da sociedade civil formada por mais de 20 organizações. Em nota, a organização lembrou que Salles é réu na Justiça.
"Ao nomeá-lo, Bolsonaro faz exatamente o que prometeu na campanha e o que planejou desde o início: subordinar o Ministério do Meio Ambiente ao Ministério da Agricultura. Se por um lado contorna o desgaste que poderia ter com a extinção formal da pasta, por outro garante que o MMA deixará de ser, pela primeira vez desde sua criação, em 1992, uma estrutura independente na Esplanada", destaca a nota.
O nome do novo ministro do Meio Ambiente era um dos mais aguardados. Inicialmente, Bolsonaro anunciou que a fusão da pasta com o Ministério da Agricultura, porém, diante da repercussão negativa, tanto entre ambientalistas quanto no setor agropecuário, que teme retaliações nas exportações devido a possíveis retrocessos ambientais, voltou atrás.
Depois do recuo, o presidente eleito afirmou que procurava um ministro que não tivesse um caráter "xiita" ambiental, como, segundo ele, teria ocorrido em governos anteriores.
No contexto brasileiro, os dois ministérios têm funções quase opostas. O do Meio Ambiente, além de combater o desmatamento e atuar na conservação dos diferentes biomas brasileiros, cuida de questões ligadas ao saneamento, controle da poluição, licenciamento de obras de infraestrutura, como hidrelétricas. O da Agricultura, por sua vez, é responsável pelo estímulo à agropecuária, ao agronegócio.
CN/abr/ots
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Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF
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Foto: picture-alliance/dpa/Belga/V. Dufour
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Foto: picture-alliance/dpa/M. Elias
Pássaros sul-americanos invadem Norte alemão
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Foto: picture-alliance/dpa/C. Charisius
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Foto: Reuters/K. Rempel
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Foto: picture alliance/dpa/Gattoni/Leemage
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Foto: Reuters/C. Hartmann
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Foto: Reuters/P. Nicholls
Homem mata quatro e se suicida na Catedral de Campinas
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Foto: picture-alliance/D. Cesare
Após protestos, Macron anuncia "pacote de bondades"
Pressionado por manifestações e perda de popularidade, presidente francês anuncia aumento de 100 euros no salário mínimo e fim de impostos sobre horas extras para tentar apaziguar ânimos dos "coletes amarelos". Em discurso na TV, Macron condenou violência em protestos, mas disse reconhecer que “raiva” dos franceses é profunda e prometeu um debate sobre uma profunda reforma do estado. (10/12)
Foto: Reuters/L. Marin
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Depois do adiamento da partida devido à violência nos arredores do estádio em Buenos Aires que culminou com o ataque ao ônibus do Boca Juniors, a final da Taça Libertadores foi realizada no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. De virada, por 3 a 1, o River Plate venceu o Boca Juniors e conquistou no campo o quarto título no torneio. (09/12)
Foto: Reuters/J. Medina
“Coletes amarelos” voltam a protestar na França
Manifestantes voltaram a tomar as ruas de Paris e outras cidades francesas contra políticas do governo de Emmanuel Macron pelo quarto final de semana seguido. As novas manifestações ocorrem apesar de o presidente ter suspendido temporariamente um aumento de impostos sobre combustíveis. Mais de cem pessoas ficaram feridas em confrontos. (08/12)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Euler
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Annegret Kramp-Karrenbauer, uma aliada de longa data da chanceler federal alemã, Angela Merkel, foi escolhida para sucedê-la como líder de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU). A mudança marca o princípio do fim da era Merkel. Apesar de abrir mão da liderança da legenda, que assumiu há 18 anos, Merkel pretende seguir à frente do governo alemão até o fim de seu mandato, em 2021. (07/12)
Foto: Reuters/F. Bimmer
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Autoridades canadenses revelaram que a diretora financeira da empresa chinesa de telecomunicações Huawei, Meng Whanzhou, foi presa, acusada de violar as sanções impostas pelo governo americano ao Irã. A prisão de Meng, filha do fundador da Huawei e uma das principais executivas da empresa, gerou novos temores sobre o agravamento das tensões comerciais entre a China e os EUA. (06/12)
Foto: Reuters/A. Bibik
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O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou apoio ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, que visita Moscou em busca de ajuda financeira para seu país. Maduro espera contar com o apoio da Rússia após ter se isolado cada vez mais no cenário internacional. A Rússia e a Venezuela mantêm laços de longa data. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, era um convidado bem-vindo no Kremlin. (05/12)
Foto: picture-alliance/AP Images/M. Shemetov
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Foto: Getty Images/AFP/S. Mahe
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Foto: picture-alliance/dpa/T. Linkel
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Foto: picture-alliance/dpa/F. Dubray
Confrontos entre polícia e "coletes amarelos"
Tropa de choque da polícia francesa e grupos de manifestantes conhecidos como "coletes amarelos" voltam a entrar em confronto em Paris, durante o terceiro fim de semana seguido de protestos contra o aumento de impostos sobre combustíveis e a redução do poder aquisitivo. Policiais lançam bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água contra parte dos manifestantes. (01/12)