Afirmações de ex-secretário do Amazonas reforçam suspeitas de descaso do governo Bolsonaro em colapso no estado. Ele também relatou "ênfase" do Ministério da Saúde em promover drogas ineficazes durante a crise.
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O ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo afirmou à CPI da Pandemia nesta terça-feira (15/06) que telefonou na noite de 7 de janeiro para o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello para pedir ajuda no fornecimento de oxigênio hospitalar a Manaus. Campêlo ainda relatou como o ministério tentou promover tratamentos ineficazes durante a crise no estado.
A cidade foi palco de um colapso em sua rede hospitalar no início do ano, com dezenas de pacientes com covid-19 morrendo sufocados por causa da falta de oxigênio medicinal. O caso rendeu um inquérito contra Pazuello no Supremo Tribunal Federal (STF) e é apontado por críticos do governo federal como um dos maiores símbolos do descaso do presidente Jair Bolsonaro e seu círculo em relação à pandemia.
Os senadores tentam precisar o momento exato em que o governo Bolsonaro foi avisado sobre a crise no estado e se a União executou ações para conter o colapso
A afirmação de Campêlo contradiz o depoimento que Pazuello prestou à comissão. O general disse que só teria sido informado sobre problemas no fornecimento de oxigênio no dia 10 de janeiro. Campêlo, por sua vez, afirmou que contatou o então ministro tanto no dia 7 quanto no dia 10.
Apesar de ter falado com Pazuello no dia 7, e também no dia 10, presencialmente, o ex-secretário disse que, de seu conhecimento, não houve resposta por parte do Ministério da Saúde a uma série de ofícios enviados pelo governo local sobre o problema de desabastecimento.
Pazuello já informou datas diferentes sobre quando teria sido alertado sobre os problemas, chegando a apontar dias díspares como 8 e 17 de janeiro, até fixar o dia 10 de janeiro no seu depoimento aos senadores. Documentos do próprio Ministério da Saúde também indicam que ele foi efetivamente avisado em 7 de janeiro.
Questionado ainda se o Ministério das Relações Exteriores atuou para ajudar a levar oxigênio de outros países para a rede hospitalar do Amazonas, Campêlo afirmou que não teve conhecimento de alguma ação nesse sentido.
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Críticas
Apesar das afirmações que colocam mais pressão sobre o governo federal, Campêlo minimizou a crise do oxigênio de Manaus afirmando que a cidade registrou a intermitência de abastecimento de oxigênio apenas nos dias 14 e 15 de janeiro. "Não foram apenas dois dias", interrompeu o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).
A CPI também exibiu um vídeo com reportagens do final de janeiro que mostravam a extensão do colapso e pessoas comprando oxigênio para parentes que sofriam com a covid-19. "As pessoas não iriam comprar se não tivesse colapsado", disse o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) também criticou o ex-secretário afirmando que as medidas para lidar com a falta de oxigênio no Amazonas deveriam ter sido tomadas com antecedência, já que os sinais de colapso já estavam escancarados há meses. "Não subestime o nosso raciocínio", disse a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), mencionando que mais de 2 mil óbitos foram registrados no estado entre os dias 6 e 30 de janeiro.
Pressionado pelos senadores, Campêlo acabou reconhecendo que o governo do Amazonas não comprou usinas de oxigênio para suprir a demanda nem mesmo depois do fim da crise, em janeiro. O ex-secretário disse que foram abertos processos para compra, mas que eles não foram bem-sucedidos.
O senador Eduardo Braga também leu, durante a sessão, uma carta da empresa fornecedora de oxiênio White Martins endereçada ao governo amazonense que alertava para uma eventual escassez do elemento químico já em julho de 2020. Em setembro, a empresa reforçou o alerta. "Não para dizer que você não sabia, que você não poderia comprar uma usina", disse Braga.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, disse que o colapso em Manaus ocorreu com a participação de dois gestores (Pazuello e Campêlo) que não tinham conhecimento da área de saúde.
"Sentado na cadeira do Ministério da Saúde, o general que não sabia sequer o que era o SUS. Sentado na cadeira de secretário de Saúde, um engenheiro que não tinha experiência absolutamente nenhuma em medicina sanitária, epidemiológica. Eu acho que esse casamento deu a tragédia de Manaus", disse Alencar.
Campêlo é investigado por suspeita de fraude na contratação de hospitais de campanha e uso de verbas federais durante a pandemia. Ele comandou a Secretaria de Saúde do Amazonas até 7 de junho, quando pediu para deixar o cargo após ser preso na Operação Sangria. O governador do Amazonas, Wilson Lima, também é investigado no âmbito da mesma operação.
Remédios ineficazes e aplicativo
O ex-secretário Marcellus Campêlo também afirmou que o estado enviou em 31 de dezembro de 2020 um ofício ao governo Bolsonaro sobre a situação cada vez mais grave da saúde no Amazonas. A resposta do governo foi incentivar ainda mais o chamado "tratamento precoce", o coquetel de drogas ineficazes propagandeado por Bolsonaro e figuras da extrema direita.
Em 4 de janeiro de 2021, os membros do governo amazonense receberam a secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, a "capitã cloroquina", que já prestou depoimento à CPI. "Vimos uma ênfase da doutora Mayra no tratamento precoce", disse.
"A visita da doutora, no dia 4, tinha um enfoque muito forte e firme no tratamento precoce. Foi uma reunião gravada, uma reunião aberta, inclusive, à imprensa, onde ela falava isso e falava de um sistema chamado TrateCov a que, depois, nós teríamos acesso", completou Campêlo.
Ele também falou que o governo federal enviou ao estado 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina após a primeira visita de Mayra Pinheiro. O ex-secretário, no entanto, disse que essa remessa foi distribuída a municípios e que o governo do estado não adotou oficialmente "o tratamento precoce". "A rede estadual não faz tratamento precoce. Não orientava o uso [da cloroquina]", disse.
Poucos dias depois, Manaus foi palco do lançamento do TratCov, um aplicativo que recomendava indiscriminadamente cloroquina até mesmo para bebês. Pazuello participou da cerimônia de lançamento da ferramenta. Mais tarde, ele tentou argumentar que o aplicativo era um "protótipo" que havia ido ao ar indevidamente, mesmo com a ferramenta aparecendo disponível no site do ministério. Pinheiro também fez um discurso entusiasmado sobre o TrateCov em Manaus.
Indagado sobre o aplicativo, Campêlo disse que no lançamento do aplicativo nem sabia "do que se tratava".
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, perguntou a Campêlo se a suposta tese da imunidade de rebanho gerada pela primeira onda de casos de covid-19 no Amazonas, em 2020, teria influenciado políticas de saúde no estado. "Essa tese nunca foi ventilada em qualquer reunião de que eu tenha participado", respondeu Campêlo.
Próximos depoimentos
Na quarta-feira, a CPI deve ouvir o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. O político é suspeito de ter se beneficiado de esquemas de corrupção durante a gestão da pandemia. Em setembro, Witzel perdeu o cargo de governador após sofrer um processo de impeachment. "Eu irei [à CPI] e vou responder a todas as perguntas", afirmou Witzel nesta terça-feira à revista Veja.
Na quinta-feira está previsto o depoimento do empresário Carlos "Wizard" Martins, suspeito de ser um dos organizadores do "gabinete das sombras" que operava paralelamente ao Ministério da Saúde para promover drogas ineficazes junto à população. Martins atuou como conselheiro de Pazuello em 2020 e quase foi nomeado para um cargo oficial no ministério, mas a indicação foi retirada após o empresário sofrer críticas por sugerir, sem provas, que o número de mortes por covid-19 no Brasil estava sendo artificialmente superestimado. Nos últimos meses, Martins, um entusiasta da cloroquina, tentou liderar uma iniciativa fracassada para adquirir vacinas para o setor privado.
No entanto, ainda não é certo que o depoimento de Wizard vai mesmo ocorrer. O empresário está nos Estados Unidos, aonde levou sua família para ser vacinada. Membros da CPI reclamaram que Wizard evitou responder a tentativas de contato por vários dias. Na segunda-feira, ele finalmente enviou um ofício ao colegiado solicitando que seu depoimento ocorresse de forma virtual. O pedido foi recusado pela cúpula da CPI, que afirmou que "tomará providências" caso o empresário não compareça. As medidas podem incluir condução coercitiva e retenção de passaporte.
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Ying Tang/NurPhoto/picture alliance
Morre Donald Rumsfeld, arquiteto da invasão do Iraque
Donald Rumsfeld, o "falcão" que teve papel central no planejamento e execução das guerras do Afeganistão e do Iraque nos anos 2000, durante a presidência de George W. Bush, morreu aos 88 anos. Entre 2001 e 2006, Rumsfeld comandou o Pentágono. Sua gestão foi criticada por episódios de tortura e por apresentar falsos pretextos para justificar a invasão do Iraque. (30/06)
Foto: Stephen Jaffe/AFP/Getty Images
Obra furtada de Picasso é recuperada quase uma década depois
Um quadro de Pablo Picasso, que havia sido roubado na Grécia há quase uma década, conseguiu ser recuperado pelas autoridades do país. A obra intitulada "Cabeça de Mulher" – e que havia sido doada pessoalmente pelo artista espanhol ao povo grego em 1949 – foi recuperada em Keratea, uma área rural a cerca de 45 quilômetros a sudeste de Atenas. (29/06).
Foto: Christina Zachopoulou/ANA-MPA/EPA/picture alliance
Brasil é citado na ONU por risco de genocídio de indígenas
O Brasil foi citado pela primeira vez no Conselho de Direitos Humanos da ONU como um caso de risco de genocídio, devido aos crescentes crimes contra as populações indígenas durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. A menção foi feita por Alice Wairimu Nderitu, conselheira especial para prevenção de genocídio, em relatório apresentado em sessão regular do conselho. (28/06)
Foto: Victor Moriyama/ISA
Ultradireitistas fracassam nas eleições regionais da França
O partido de ultradireita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, falhou no objetivo de conquistar um governo regional na França pela primeira vez ao perder em Provence-Alpes-Côte d'Azur, cuja capital é Marselha, e onde a sigla tinha chances de sagrar-se vitoriosa. Partido do presidente Emmanuel Macron também foi derrotado e não conquistou nenhuma das 13 regiões. (27/06)
Foto: Michel Spingler/AP Photo/picture alliance
Índia crema corpos que estavam nas margens do Ganges
Funcionários da cidade de Phaphamau, no norte da Índia, cremam cadáveres que haviam sido enterrados ilegalmente em covas rasas nas margens do rio Ganges durante a pandemia de covid-19. Vento e erosão expuseram centenas de corpos, que se tornaram alvo de cães e parasitas e poderiam ser levados pelas águas do rio. São tomadas precauções para cumprir regras religiosas durante a cremação. (26/06)
Foto: Sanjay Kanojia/AFP/Getty Images
Policial que matou George Floyd é sentenciado
A Justiça dos Estados Unidos sentenciou o ex-policial Derek Chauvin a 270 meses (22,5 anos) de prisão pela morte do afro-americano George Floyd em Mineápolis em 25 de maio de 2020. Chauvin já havia sido declarado culpado em abril, faltando apenas a declaração da sentença, num julgamento considerado o mais importante envolvendo um caso de violência policial nos EUA nas últimas décadas. (25/06)
Foto: DW
Moro é declarado parcial em todas as ações contra Lula
O ministro Gilmar Mendes, do STF, estendeu a suspeição de Sergio Moro para os outros dois processos em que o ex-juiz atuou contra o ex-presidente Lula em Curitiba. Na véspera, o plenário do Supremo já havia confirmado a parcialidade de Moro no caso do triplex no Guarujá. Agora, a suspeição se estende para os casos do sítio em Atibaia e do Instituto Lula, que também voltam à estaca zero. (24/06)
Foto: Abr
Salles pede demissão do Ministério do Meio Ambiente
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão do cargo. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União, nomeando como novo titular Joaquim Álvaro Pereira Leite, atual secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do ministério. Com gestão marcada por polêmicas, "boiadas" e desmatamento e queimadas recordes, Salles é alvo de dois inquéritos no STF. (23/06)
Foto: Agência Brasil
Suspeitas sobre compra de vacina indiana
O Ministério Público Federal identificou indícios de crime no contrato de compra da vacina indiana Covaxin, firmado entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos, acusada de fraude e alvo da CPI da Pandemia. Com isso, o MPF pediu que o caso seja transferido para a esfera criminal. Por 15 dólares a dose, o imunizante foi o mais caro já negociado pelo governo. (22/06)
Neozelandesa será primeira transgênero em Olimpíadas
A halterofilista Laurel Hubbard será a primeira atleta transgênero a participar dos Jogos Olímpicos, informou nesta segunda a presidente do Comitê Olímpico da Nova Zelândia. Ela chegou a competir na categoria masculina antes da transição de gênero, em 2013, e se tornou elegível à feminina após demonstrar níveis de testosterona abaixo do limite exigido pelo Comitê Olímpico Internacional. (21/06)
Foto: Mark Schiefelbein/AP/picture alliance
Calor grande, chuveiro maior ainda
Na véspera do dia mais longo do anos, meia Europa sua e resfolega sob a súbita onda de calor, trazendo temperaturas acima de 35 ªC em Berlim, por exemplo. Em Vilnius, capital da Lituânia, a municipalidade encontrou uma boa solução para refrescar os corpos e os ânimos: uma fonte em forma de chuveiros gigantes na rua, à disposição de quem quiser. (20/06)
Foto: Mindaugas Kulbis/AP/picture alliance
Brasil ultrapassa 500 mil mortes por covid-19
Em um dia marcado por protestos contra o presidente Jair Bolsonaro em todo o país e na Europa, o Brasil ultrapassou a trágica cifra de 500 mil mortes confirmadas por covid-19. No mundo, é o segundo país com mais óbitos pelo coronavírus, atrás apenas dos EUA, que têm uma população 55% maior e 600 mil mortos. Milhares forma às ruas protestar contra a gestão da pandemia do governo Bolsonaro. (19/06)
Foto: Paulo Lopes/Zumapress/dpa/picture alliance
ONU reelege António Guterres como secretário-geral
A Assembleia Geral da ONU confirmou um segundo mandato para o português António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas. Guterres ficará mais cinco anos à frente da organização a partir de 2022. Embaixadores aplaudiram quando o presidente da Assembleia Geral, Volkan Bozkir, anunciou a reeleição de Guterres por aclamação. (18/06)
EUA terão feriado para comemorar fim da escravidão
O presidente Joe Biden sancionou um projeto de lei que declara o 19 de junho um novo feriado federal, para comemorar o fim da escravidão nos EUA. A data, também conhecida nos EUA como o "Juneteenth" – trocadilho com o mês de junho e a pronúncia do número 19 em inglês – comemora o dia em que os últimos escravos negros foram libertados em 1865 no porto de Galveston, no Texas. (17/06)
Foto: Angela Weiss/AFP/Getty Images
Cúpula Biden-Putin ressalta divergências entre Washington e Moscou
Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, avaliaram de forma positiva a primeira reunião de cúpula entre ambos, apesar de discordarem em uma variedade de temas, como direitos humanos, cibersegurança, Ucrânia e armas nucleares. "Acho que a última coisa que ele quer é uma guerra fria", disse o americano sobre seu homólogo russo. (16/06)
Foto: Patrick Semansky/AP/picture alliance
Hungria proíbe temática LGBT para menores
O Parlamento da Hungria aprovou uma lei que proíbe a "promoção" da homossexualidade e da redesignação de gênero para menores de idade. A nova lei é a mais recente de uma série de medidas implementadas sob o governo do autoritário premiê Viktor Orbán que supostamente visam proteger as crianças. Críticos classificaram a medida como uma repressão do governo húngaro aos direitos LGBTQ. (15/06)
Foto: Marton Monus/REUTERS
Alemanha lança passaporte digital de vacinação contra covid-19
A Alemanha lançou um certificado digital para vacinados contra a covid-19. O serviço é gratuito e pode ser adquirido em farmácias e em consultórios médicos mediante a comprovação da imunização completa. Os residentes habilitados recebem um código QR que pode ser carregado facilmente em seus smartphones. (14/06)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Fim da era Netanyahu, após 12 anos no poder
Naftali Bennett (esq.) recebe o cumprimento de Benjamin Netanyahu. O líder do partido religioso de extrema direita Yamina ganhou o voto de confiança do Parlamento israelense, por maioria apertada, e se tornou primeiro-ministro, destronando o líder do partido Likud. Eleição de Bennett foi possível após a oposição forjar uma aliança ampla de oito legendas. (13/06)
Foto: Ronen Zvulun/REUTERS
Bolsonaro lidera ato com motociclistas em SP
O presidente fez um passeio de moto com apoiadores pelas ruas da capital paulista. O evento, intitulado "Acelera para Cristo", foi organizado por motoclubes. Bolsonaro foi multado pelo governo do estado por não usar máscara, juntamente com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. (12/06)
Foto: Paulo Lopes/ZUMA Wire/Zumapress/picture alliance
Desmatamento saltou 14% em 2020 em todo o Brasil
No Brasil, o corte da vegetação nativa emitiu 74.218 alertas de desmatamento em 2020. O país perdeu uma área de 13,8 mil km² entre janeiro e dezembro do ano passado, um aumento de 14% em relação a 2019. Os dados fazem parte do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, do MapBiomas Alerta, iniciativa que reúne universidades, ONGs e empresas de tecnologia. (11/06)
Foto: ANTONIO SCORZA/AFP/Getty Images
Índia registra recorde mundial de 6 mil mortes por covid em 24 horas
A Índia registrou 6.148 óbitos por covid-19 em 24 horas, o maior índice do mundo, depois passar a somar também as mortes em casa ou em hospitais particulares. Segundo o Ministério da Saúde indiano, depois das 94.052 novas infecções registradas em 24 horas, o país passou a somar 29,2 milhões de casos e um total de 359.676 óbitos, cifra inferior apenas às dos EUA e do Brasil. (10/06)
Foto: Samuel Rajkumar/REUTERS
Parlamento Europeu aprova passaporte de covid-19
O Parlamento Europeu aprovou um certificado digital de vacinação contra a covid-19 que permitirá que pessoas da União Europeia (UE) se desloquem entre os países do bloco sem a necessidade de quarentena ou de exames extras para o coronavírus. A medida, anunciada às vésperas das férias de verão, é uma tentativa de salvar a indústria de viagens da Europa de mais uma temporada desastrosa. (09/06)
Foto: Eibner-Pressefoto/picture alliance
Brasil ultrapassa marca de 17 milhões de infectados pelo coronavírus
Com 52.911 novos casos de covid-19 em 24 horas, o total de infecções no Brasil chegou a 17.037.129. O país é o segundo do mundo com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos É ainda o terceiro com mais casos confirmados, depois dos EUA e da Índia. (08/06)
Foto: FabioTeixeira/AA/picture alliance
EUA aprovam 1ª droga eficaz contra doença de Alzheimer
A FDA, agência regulatória do governo dos EUA, aprovou o primeiro fármaco capaz de combater a doença de Alzheimer. O medicamento Aduhelm remove do cérebro as placas prejudiciais chamadas beta-amiloides nos pacientes no estágio inicial da doença, de modo a impedir as ações dessas placas, que acarretam em perda de memória e na incapacidade das pessoas de cuidarem de si próprias. (07/06)
Foto: picture-alliance/dpa
Onde está a máscara?
Sob o irresistível calor de verão, milhares se bronzeiam na L Street Beach de Boston. A região em torno da metrópole da East Coast tem uma das taxas de vacinação mais altas dos EUA. Distanciamento, nem pensar. E máscara protetora, então... As reações se contrastam: o que em alguns desperta o horror de contágio, para outros é um vislumbrar da volta à normalidade após a pandemia de covid-19. (06/06)
Foto: Michael Dwyer/AP Photo/picture alliance
G7 fecha acordo sobre imposto mínimo global para empresas
Os ministros de Finanças dos países sete principais países industrializados anunciaram a intenção de adotar um imposto empresarial global mínimo de 15%. A medida visa forçar as multinacionais, sobretudo as gigantes de tecnologia, a contribuírem mais para os cofres estatais dos países mais atingidos pela pandemia. (05/06)
Foto: Henry Nicholls/AFP
Alerta de desmatamento bate recorde em maio
Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal atingiram um novo recorde em maio, com um aumento de 41% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em apenas 28 dias, os alertas abrangiam uma área de 1.180 quilômetros quadrados, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os dados dos últimos três dias do mês ainda não haviam sido contabilizados. (04/06)
Foto: Jaci Parana/AP/dpa/picture alliance
Prédio de quatro andares desaba na zona oeste do Rio
Um prédio de quatro andares desabou na comunidade de Rio das Pedras, zona oeste do Rio de Janeiro. Pelo menos duas morreram: um homem de 30 anos e uma menina de dois anos - pai e filha. A obra era irregular e a comunidade é dominada por milícias, que atuam na construção e exploração de imóveis. O caso aconteceu na mesma região da tragédia de Muzema, que deixou 24 mortos em 2019 (03/06)
Foto: Ricardo Moraes/REUTERS
Governador do Amazonas é alvo de operação da PF
A Polícia Federal deflagrou uma operação contra a alta cúpula do governo do Amazonas por suspeita de desvios de recursos para o combate à covid-19. Mandados judiciais foram cumpridos em Manaus e Porto Alegre, incluindo busca e apreensão na casa do governador do Amazonas, Wilson Lima, e a prisão temporária do secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo. (02/06)
Foto: Michael Dantas/AFP
Alemanha baixa seu status de risco de covid-19
O Instituto Robert Koch, responsável pelo controle e prevenção de doenças infecciosas na Alemanha, baixou de "muito elevado" para "elevado" o nível de risco ligado ao novo coronavírus no país. A decisão vem em resposta à queda do nível de incidência de sete dias para pouco mais de 35 novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes. (1º/06)