Cientistas anunciam primeiro teste capaz de diagnosticar mais perigoso tipo de câncer de pele ainda no estágio inicial, quando é mais fácil tratá-lo. Descoberta pode salvar milhares de vidas.
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Pesquisadores australianos desenvolveram o que chamaram de o primeiro exame de sangue para detectar melanoma em estágio inicial, o que poderia salvar milhares de vidas e reduzir os gastos com saúde em milhões de dólares.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Oncotarget nesta quarta-feira (18/07), com base em testes com 105 pacientes com melanoma e 104 saudáveis. O novo exame detectou o melanoma em estágio inicial em 79% dos casos.
Os pesquisadores, da Universidade Edith Cowan, afirmaram que o teste pode ajudar médicos a detectar esse tipo de câncer de pele no início do seu desenvolvimento, quando é mais fácil tratá-lo.
"Pacientes que têm o melanoma detectado em seu estágio inicial têm entre 90% e 99% de chance de sobreviver. Se o câncer não for detectado logo e se espalhar pelo corpo, a taxa de sobrevivência cai para menos de 50%", afirmou a cientista Pauline Zaenker, que liderou a pesquisa.
O melanoma costuma ser diagnosticado visualmente e é removido e enviado para biópsia quando há suspeita de câncer de pele. Com o novo exame de sangue seria possível detectar anticorpos produzidos pelo organismo para combater o melanoma.
"O organismo produz esses anticorpos a partir do momento em que o melanoma começa a se desenvolver, o que fez com que conseguíssemos detectar o câncer em seu estágio inicial", explica Zaenker.
Esporte como terapia contra o câncer
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Os cientistas identificaram uma combinação de dez anticorpos que indicam a presença de melanoma. O próximo passo da pesquisa, que ainda está na fase inicial, é conduzir mais testes clínicos para validar os resultados, o que pode levar cerca de três anos.
"O objetivo final é que esse exame de sangue seja usado para fornecer diagnósticos mais precisos antes da biópsia e para controles de rotina de pessoas que têm maior risco de desenvolver melanoma, como as que têm muitas pintas, aquelas com pele clara ou as que têm histórico da doença na família", afirma.
O melanoma é o tipo mais perigoso de câncer de pele e é causado principalmente pela exposição à luz ultravioleta e solar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada três casos de câncer diagnosticados no mundo é câncer de pele.
Para pesquisadores, o câncer não precisa ser um destino incontornável. Eles sabem o que causa os tumores e dizem que cada um pode lutar para diminuir os maiores riscos da doença.
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O destino nas próprias mãos
O diagnóstico de câncer sempre atinge o paciente de forma dura e inesperada. Porém, quase metade dos casos de câncer poderiam ser evitados. Cerca de um quinto dos tumores tem ligação com o fumo. A fumaça do tabaco pode gerar câncer de pulmão e muitos outros tipos de tumor. Fumar é a maior causa de câncer por responsabilidade própria, mas não é a única.
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Obesidade mortal
No segundo lugar da lista de maiores causadores do câncer está a obesidade por causa dos níveis altos de insulina no sangue. Eles aumentam o risco de quase todos os tipos de câncer, especialmente aqueles que atingem os rins, a vesícula e o esôfago. Mulheres obesas também produzem mais hormônios sexuais nos tecidos adiposos e podem ter maior predisposição para câncer de mama e no colo do útero.
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Largando o sofá
Pessoas que se movimentam pouco são mais suscetíveis a ter câncer. Estudos de longo prazo mostram que praticar esporte pode evitar o câncer. A atividade corporal diminui os níveis de insulina e impede a obesidade – e basta passear um pouco ou andar de bicicleta.
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Um brinde à saúde
O consumo de álcool pode causar câncer, suscitando tumores especialmente na região bucal, na faringe e no esôfago. A combinação de álcool e cigarro é mortal e pode multiplicar o risco de contrair câncer por cem. Por outro lado, tomar um copo de vinho por dia é considerado saudável, já que a medida estimula o sistema circulatório. Porém, é recomendado evitar ultrapassar essa quantidade.
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Alimentos
Carne vermelha pode causar câncer no intestino. Ainda não se sabe o motivo exato, mas pesquisas mostram que existe uma relação clara entre a carne e a doença. A carne de vaca é especialmente perigosa, assim como a carne de porco – embora em menor medida. Consumindo carne vermelha, o risco aumenta 1,5 vez. A carne de peixe, por outro lado, pode prevenir o câncer.
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Os perigos do churrasco
Ao grelhar a carne, podem surgir substâncias cancerígenas, como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Em testes com animais, essas ligações químicas causam tumores. Estudos com seres humanos ainda não provaram o fenômeno de forma explícita. É possível que o problema esteja no consumo de carne em si e não na maneira de prepará-la.
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Evitando o fast-food
Uma alimentação que contenha muitas frutas, legumes e fibras pode prevenir o câncer. Porém, estudos mostraram que uma alimentação saudável tem menos influência sobre o risco de contrair câncer que os especialistas suspeitavam. Ela diminui o risco apenas levemente, em cerca de 10%.
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Muito sol causa muitos danos
Os raios ultravioletas da luz do sol penetram no código genético e podem modificá-lo – o que pode causar alguns tipos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular e melanomas. O protetor solar evita queimaduras, mas a pele bronzeada e mais escura já é um indício de que o corpo recebeu radiação demais.
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Na medicina moderna
Os raios X prejudicam o patrimônio genético. Os danos de uma radiografia são mínimos, mas uma tomografia computadorizada deve ser realizada apenas quando há motivos importantes que a justifiquem. Já uma ressonância magnética é inofensiva. Também é preciso lembrar que o ser humano é alvo de radiações cancerígenas durante uma viagem de avião.
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Infecções que causam câncer
O vírus do papiloma humano, conhecido como HPV ou VPH, pode desencadear câncer de colo de útero. Vírus de hepatite B e C chegam a gerar alterações nas células do fígado. A bactéria Helicobacter pylori (na foto) infecta a mucosa do estômago e pode causar câncer. Existe a possibilidade de vacinar-se contra muitas dessas infecções. A Helicobacter pylori pode ser combatida com antibióticos.
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Melhores que a fama que têm
A pílula anticoncepcional pode aumentar levemente o risco de câncer de mama. Ao mesmo tempo, porém, ela diminui o risco de câncer nos ovários. Em suma, a pílula é mais benéfica do que danosa – ao menos no que diz respeito ao câncer.
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Sem garantias
Porém, mesmo tomando medidas para diminuir o risco de desenvolver câncer, não há garantia contra a doença. Metade dos casos de câncer no mundo têm origem genética ou são fruto da idade avançada. Especialmente os tumores no cérebro se desenvolvem sem influência externa.