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Exames constatam metais no sangue de bombeiros em Brumadinho

20 de fevereiro de 2019

Testes revelam quantidades excessivas de alumínio e cobre, o que pode servir como indício de que estes materiais estavam presentes na lama que se espalhou após rompimento da barragem da Vale.

Bombeiros trabalham nas operações de resgate na região de Brumadinho
Bombeiros trabalham nas operações de resgate na região de BrumadinhoFoto: Getty Images/M. Pimentel

Exames médicos realizados em quatro bombeiros que participam das operações de resgate na região de Brumadinho indicaram a presença excessiva de metais no sangue. Em três casos foi constatado alumínio, e em outro, cobre.

Segundo um comunicado do governo de Minas Gerais divulgado nesta terça-feira (19/02), a alteração dos parâmetros de metais no sangue não significa que houve intoxicação e os bombeiros afetados não apresentaram quaisquer sintomas.

O monitoramento das quantidades de metais no sangue dos profissionais de resgate que trabalham na região do Córrego do Feijão vem sendo feito periodicamente desde o rompimento da barragem de rejeitos de mineração no local, no dia 25 de janeiro.

Ainda segundo a nota, espera-se que após o fim da exposição dessas pessoas aos rejeitos, o nível de metais no sangue seja normalizado.

A constatação da presença desses materiais no sangue dos bombeiros pode servir como indício de que havia de fato metais nos rejeitos que se espalharam pela região após o rompimento da barragem da Vale.

A Vale e a Advocacia Geral da União (AGU) firmaram um acordo preliminar na última sexta-feira para a contratação de laboratórios especializados capazes de realizar testes em ao menos 100 locais próximos ao rio Paraopeba, onde amostras colhidas dos rejeitos já havia detectado a presença de metais. A AGU entrou com uma ação na Justiça exigindo que a empresa pague pelos exames.

Especialistas do Sistema único de Saúde (SUS) colheram amostras em dezenas de locais na bacia do Paraopeba, mas devido às dimensões da catástrofe, o órgão avalia ser necessário ampliar os pontos de coleta de água e a frequência dos exames. A tragédia de Brumadinho deixou, até o momento, 169 mortos e 141 desaparecidos.

RC/ots

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