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Executivo da Volkswagen é preso nos EUA

10 de janeiro de 2017

Oliver Schmidt seria um dos responsáveis pelo escândalo de manipulação de emissões de gases poluentes em veículos da empresa. Ele é acusado de conspirar para violar lei ambiental.

A Volkswagen admitiu que programou dispositivos para que fossem acionados nos testes e desligados durante o uso normal
A Volkswagen admitiu que programou dispositivos para que fossem acionados nos testes e desligados durante o uso normalFoto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte

Um executivo da Volkswagen foi preso no último fim de semana nos Estados Unidos por suspeita de envolvimento no escândalo da manipulação de emissões de poluentes por veículos da empresa.

Oliver Schmidt, encarregado de assegurar que a produção da Volkswagen estivesse de acordo com as regulamentações ambientais americanas, é acusado de conspiração para defraudar as autoridades. A empresa instalou dispositivos que emitiam dados falsos sobre as emissões de CO2 de veículos a diesel.

Schmidt, de 48 anos, foi preso no último sábado (07/01) no aeroporto de Miami, antes de embarcar para a Alemanha. As autoridades alegaram que a prisão era necessária para evitar que ele fugisse do país. O ex-gerente-geral do departamento de engenharia e meio ambiente, que trabalha para a Volks desde 1997, é o segundo funcionário da empresa a ser detido durante as investigações das autoridades federais americanas.  

No processo contra ele, consta que o ex-executivo teria enganado os reguladores, que investigavam porque os carros da empresa emitiam mais poluentes durante o uso normal do que nos testes.

Ao ser questionado, Schmidt teria fornecido respostas que ocultavam o fato de que a empresa teria fraudado os testes através da instalação de dispositivos ilegais nos veículos a diesel. Ele e outros executivos da empresa teriam conspirado para violar a chamada Lei do Ar Limpo (Clean Air Act) dos EUA.

A Volkswagen admitiu publicamente que programou os dispositivos para que fossem acionados nos veículos a diesel durante os testes e desligados durante o uso normal. O escândalo manchou a imagem da Volkswagen, após a revelação de que a empresa teria burlado testes de emissão em 11 milhões de veículos mundo afora.

RC/ap/dpa

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