Existem peles mais propensas a atrair mosquitos, diz estudo
19 de outubro de 2022
"Ímãs de mosquitos": pesquisadores concluem que insetos são atraídos por peles que produzem altos níveis de determinadas substâncias ligadas diretamente ao cheiro. E eles se mantêm fiéis às vítimas ao longo do tempo.
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Um estudo publicado nesta terça-feira (18/10) na revista científica Cell aponta que existem pessoas mais propensas a serem picadas por mosquitos do que outras. Isso porque a atração do inseto é impulsionada pelo cheiro. E uma má notícia: eles se mantêm fiéis às vítimas ao longo do tempo.
Os cientistas descobriram que os indivíduos mais atraentes para os mosquitos produzem, em sua pele, muito de determinadas substâncias químicas ligadas diretamente ao odor.
"Se você tiver altos níveis dessas substâncias na pele, você será o que receberá todas as picadas durante o piquenique", afirma Leslie Vosshall, neurobióloga da Universidade Rockefeller, em Nova York, e uma das autoras do estudo.
Segundo a cientista, há muito folclore em torno de quem é mais alvo de mosquitos, mas muitos dos argumentos não são apoiados por evidências contundentes.
Para testar o "magnetismo" desses animais, os pesquisadores desenvolveram um experimento baseado em diferentes cheiros de seres humanos, explica Maria Elena de Obaldia, também autora do estudo.
Nesse experimento, 64 voluntários puseram meias de nylon ao redor do antebraço para captar o odor da pele. Em seguida, as meias foram colocadas em diferentes compartimentos ao fim de um longo tubo. E, então, dezenas de mosquitos foram soltos.
"Imediatamente, tornou-se muito óbvio. Eles se aglomeraram, basicamente, nos objetos mais atraentes", afirmou De Obaldia.
Os cientistas promoveram uma espécie de competição entre todos os túneis e meias, e observaram uma diferença impressionante no placar: os objetos que reuniram mais mosquitos foram cerca de cem vezes mais atrativos em relação aos últimos colocados.
A experiência utilizou o mosquito Aedes aegypti, que espalha doenças como febre amarela, zika e dengue. Vosshall diz que resultados semelhantes devem ser obtidos com outras espécies, mas que mais pesquisas são necessárias para confirmar tal suposição.
Influência de ácidos
Ao realizar o teste com as mesmas pessoas durante vários anos, o estudo revelou que os resultados permaneceram os mesmos, observa Matt DeGennaro, neurogeneticista da Universidade Internacional da Flórida.
"Ímãs de mosquitos parecem ter continuado ímas de mosquitos", disse o cientista, que não esteve envolvido com a pesquisa.
Nos voluntários que se mostraram os favoritos dos insetos, os pesquisadores encontraram um fator comum: altos níveis de determinados ácidos na pele.
Essas "moléculas oleosas" fazem parte da camada hidratante natural da pele, e os seres humanos as produzem em diferentes quantidades, explica a autora Vosshall. Bactérias saudáveis que vivem na pele consomem esses ácidos e produzem parte do perfil odorífero do tecido.
Não é possível se livrar desses ácidos sem prejudicar a saúde cutânea, afirma Vosshall, que é cientista-chefe do Instituto Médico Howard Hughes.
Contudo, a pesquisa pode ajudar a encontrar novos métodos para repelir mosquitos, observa o neurobiólogo da Universidade de Washington Jeff Riffell, que não fez parte do estudo. Segundo ele, é possível que haja maneiras de alterar as bactérias da pele e, assim, mudar odores humanos.
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"Mosquitos são resilientes"
Mas Riffell também pondera que descobrir maneiras de combater mosquitos não é fácil, uma vez que as criaturas evoluíram para se tornar "pequenas e esguias máquinas de picar".
O estudo provou esse ponto: os pesquisadores fizeram o experimento também com mosquitos cujos genes foram modificados para danificar o olfato. Mesmo assim, os insetos se aglomeraram nos mesmos lugares.
"Os mosquitos são resilientes. Eles têm muitos planos alternativos para nos encontrar e nos picar", conclui Vosshall.
gb/ek (AP)
Dez mulheres que fizeram história
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Primeira rainha-faraó
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Na Guerra dos Cem Anos entre Inglaterra e França, Joana d'Arc, uma filha de camponeses de 13 anos, teve uma visão. Santos pediram a ela que salvasse a França e trouxesse Carlos 7º ao trono. Em 1430, ela foi presa durante uma missão militar. No julgamento, em que virou heroína da França, foi condenada a morrer na fogueira. Mais tarde, seria reabilitada e, em 1920, canonizada por Bento 15.
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Catarina, a Grande
Com um golpe audacioso, Catarina 2ª derrubou o odiado marido do trono e se proclamou imperatriz da Rússia. Ela provou sua capacidade de governar ao dominar todo o território russo e liderar campanhas militares até a Polônia e a Crimeia. Graças a isso, Catarina é a única governante do mundo com o epíteto "a Grande".
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Quando Elisabeth 1ª ascendeu ao trono britânico, ela assumiua supremacia sobre um país em revolta. Ela acabou conseguindo apaziguar a guerra religiosa entre católicos e protestantes, e trouxe uma era de prosperidade ao império britânico. A cultura viveu seu auge com Shakespeare e os navios britânicos derrotaram a armada espanhola.
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Feminista radical
Em 1903, Emmeline Pankhurst (1858-1928) fundou o movimento feminista no Reino Unido. Na luta para que as mulheres pudessem votar, fez greve de fome, incendiou casas e foi condenada. Em 1918, conseguiu que mulheres a partir dos 30 anos pudessem votar. Morreu em 1928, ano em que começou a vigorar na Inglaterra o sufrágio universal para as mulheres.
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Revolucionária alemã
Num tempo em que as mulheres ainda não podiam votar, Rosa Luxemburg estava à frente do revolucionário movimento social-democrático alemão. Cofundadora do movimento de esquerda Liga Espartaquista e do Partido Comunista da Alemanha, tentou acelerar o fim da Primeira Guerra Mundial com greves em massa. Após a repressão da revolta espartaquista, em 1919, ela foi assassinada por militares alemães.
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Grande pesquisadora
Marie Curie (1867-1934) foi uma das pioneiras na pesquisa da radioatividade, o que inclusive lhe rendeu um Nobel de Física, em 1903, mas também os sintomas da então ainda desconhecida doença provocada pela radiação. A descoberta dos elementos Rádio e Polônio lhe valeu o Nobel de Química em 1911. Após a morte do marido, Pierre, ela assumiu sua cátedra, tornando-se a primeira professora na Sorbonne.
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Diário revelador
"Sua Anne". Assim Anne Frank termina o diário que escreveu entre 1942 e 1944. Na última foto, a garota de 13 anos ainda sorri despreocupada. Dois meses mais tarde, em julho de 1942, ela se mudaria para o esconderijo em Amsterdã. Ali ela viveu na clandestinidade até ser deportada para Auschwitz, onde morreu em março de 1945. Seu diário é um dos mais importantes testemunhos do Holocausto.
Foto: Internationales Auschwitz Komitee
Primeira Nobel africana
"A primeira verde da África" escreveu um jornal alemão referindo-se a Wangari Maathai. Desde os anos 1970, ela se engajava tanto pelos direitos humanos quanto pela preservação do meio ambiente. Com a ONG Movimento Cinturão Verde ela plantou árvores para frear a desertificação. Em casa, no Quênia, ela muitas vezes foi ridicularizada. Mas, em 2004, seu trabalho foi coroado com o Prêmio Nobel da Paz.
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Símbolo do direito à educação
Ela tinha 11 anos em 2009 quando falou à imprensa sobre os horrores do Talibã no Paquistão. Quando sua escola para meninas foi fechada, ela lutou pelo direito à educação. Em 2012, sobreviveu a um atentado à bala. Já recuperada, escreveu a autobiografia "Eu sou Malala". Em 2014, com 17 anos, ganhou o Nobel da Paz por defender os direitos de meninas e mulheres.