Explosão deixa um morto e mais de 30 feridos em Bogotá
19 de fevereiro de 2017
Detonação na área central da capital colombiana, perto da Plaza de Toros, causa morte de um policial e deixa ao menos 31 feridos, a maioria agentes. Autoridades investigam se explosão foi acidental ou atentado.
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Um policial morreu e ao menos 31 pessoas ficaram feridas, a maioria policiais, numa explosão ocorrida neste domingo (19/02) no bairro turístico de La Macarena, no centro de Bogotá, muito perto da Plaza de Toros. As autoridades investigam para saber se se trata de uma explosão acidental ou de um atentado.
"Lamento a morte do policial John Herrera como consequência da explosão desta manhã em La Macarena", escreveu Enrique Peñalosa, prefeito da cidade, em sua conta no Twitter. Apesar de não estar claro se foi um atentado, Peñalosa afirmou que "os terroristas não vão nos intimidar e vamos fazer tudo o for necessário para capturá-los".
A explosão ocorreu às 10h36 local (12h36 em Brasília) nas imediações da Plaza de Toros La Santamaría, onde vai ser realizada neste domingo a última tourada da temporada na capital, razão pela qual havia um grande número de forças de segurança no local. As autoridades isolaram a área atingida, e os feridos foram levados ao Centro Médico San Ignacio, Hospital Central da Polícia Nacional (Hocen) e Hospital Militar.
A rádio Caracol informou que a explosão foi causada por uma bomba colocada no esgoto, perto de um ponto onde estavam concentrados membros do Esquadrão Móvel Antidistúrbios da polícia.
Há vários meses, um dispositivo explodiu nas proximidades, em um atentado que causou danos materiais e foi atribuído a quadrilhas de tráfico de pequenas quantidades de drogas que agiram em vingança por operações policiais.
A polícia metropolitana de Bogotá disse que investiga a explosão e que não está claro se há alguma relação entre o ocorrido e as touradas. A temporada de touradas em Bogotá voltou a acontecer no mês passado, depois de cinco anos de suspensão por causa de uma proibição ordenada pelas autoridades municipais.
FC/efe/dpa
Retrospectiva América Latina 2016
Acordo de paz entre governo da Colômbia e Farc, Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, impeachment de Dilma Rousseff e o primeiro show dos Rolling Stones em Cuba foram alguns destaques do ano na região.
Foto: picture-alliance/dpa/L. Munoz
Visita histórica de Obama a Cuba
Durante sua visita histórica a Cuba em 22 de março, Barack Obama se encontrou com Rachel Robinson, viúva da lenda do beisebol Jackie Robinson, primeiro negro a jogar num time da Major League, e que se tornou símbolo do movimento pelos direitos civis. A ida de Obama à ilha – a primeira de um presidente dos EUA em 88 anos – marcou o degelo das relações entre Washington e Havana.
Foto: Reuters/C. Barria
Satisfaction!
Outro momento histórico: em 25 de março, um dia após o encerramento da visita de Obama, os Rolling Stones fizeram um grande show em Havana. Dezenas de milhares de cubanos lotaram o estádio Ciudad Deportiva para curtir a primeira apresentação da banda cult britânica em solo cubano.
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Evo Morales para sempre?
Cartão vermelho para Morales: num referendo constitucional em 24 de fevereiro, os eleitores bolivianos votaram claramente contra um quarto mandato presidencial. Na época, o presidente, que tem 57 anos e governa o país desde 2006, admitiu a derrota. Mas agora o líder do partido Movimiento al Socialismo (MAS) anunciou planos de concorrer novamente em 2019, apesar da proibição constitucional.
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Retorno de um banqueiro
Surpresa no Peru: com maioria apertada, o ex-chefe do Banco Central do país e economista do Banco Mundial, Pedro Pablo Kuczynski, venceu em 5 de junho as eleições presidenciais. Keiko Fujimori – filha do ex-presidente Alberto Fujimori, atualmente atrás de grades – era considerada a favorita. Mas o temor de uma guinada para a direita foi aparentemente maior do que o receio do neoliberalismo.
Foto: picture alliance/dpa/Agencia Andina
Alemanha pede desculpas ao Chile
O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, quebrou seu silêncio durante seu encontro com a líder do Chile, Michelle Bachelet. Ele se desculpou pela má conduta da diplomacia alemã no caso da Colonia Dignidad. Durante a ditadura de Augusto Pinochet, o assentamento fundado pelo alemão Paul Schäfer serviu de centro de tortura para a polícia secreta. Contudo Gauck rechaçou uma indenização às vítimas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Felix
O mundo visita o Rio de Janeiro
Foi um festival de superlativos: os Jogos do Rio, de 5 a 21 de agosto, contaram com a participação de 10 mil atletas e um público de 500 mil espectadores. O maior evento esportivo do mundo foi poupado de ataques terroristas, mau tempo, epidemias e criminalidade. No entanto, um caso de corrupção envolvendo um dirigente do Comitê Olímpico Internacional causou, mais uma vez, repercussão negativa.
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Favorito da multidão na Rio 2016
O nove vezes medalhista de ouro Usain Bolt foi o queridinho do público e ídolo no país anfitrião dos Jogos. No Rio, o velocista jamaicano de 1,95 metro de altura quebrou seus próprios recordes. Ele concluiu a prova de 100 metros em 9,81 segundos, tornando-se assim o primeiro atleta a vencer pela terceira vez consecutiva essa modalidade nos Jogos Olímpicos.
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Impeachment controverso
Ela não foi somente a primeira mulher presidente do Brasil, mas também a primeira líder do país a ser afastada do cargo – já que Fernando Collor anunciou a renúncia antes de seu julgamento no Senado. Em 31 de agosto, os senadores aprovaram com os dois terços necessários a destituição da chefe de governo, de 70 anos. Até hoje o impeachment divide a sociedade brasileira.
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Colômbia tenta alcançar paz
Um milagre acontece: após 50 anos de guerra civil, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o chefe das Forças Armardas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, assinaram em 26 de setembro, em Havana, um acordo de paz histórico. A guerra civil causou o deslocamento de 7 milhões de habitantes e a morte de mais de 200 mil no país.
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Colombianos dizem "não"
Apesar da assinatura, no referendo de 2 de outubro os colombianos rejeitaram, por margem estreita, o acordo de paz entre o governo e as Farc. O presidente Juan Manuel Santos renegociou e apresentou um novo acordo, aprovado pelo Congresso em 1º de dezembro. Por seus esforços, ele foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz.
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População venezuelana sofre
A Venezuela à beira do abismo: fome, pobreza e medo se alastram no país que possui as maiores reservas de petróleo do mundo. A má gestão e a queda do preço do barril de petróleo levaram a uma grave crise econômica. Faltam gêneros básicos, remédios e energia elétrica. A inflação já ultrapassou 700% em 2016. Quem tem condições, abandona o país.
Foto: Reuters/I. Alvarado
Trump? Nem pensar!
A eleição de Donald Trump como presidente dos EUA assombra as relações dos países latino-americanos com seu vizinho localizado no norte. Na cidade fronteiriça mexicana Ciudad Juarez, um artista de rua desenhou uma caricatura de 9 metros do magnata no canal fechado com concreto às margens do Rio Bravo.
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Tragédia na Colômbia
Ao se aproximar do aeroporto de Medellín, um avião da companhia aérea boliviana LaMia caiu em 28 de novembro, por falta de combustível. Dos 71 mortos, 19 eram jogadores do time de futebol Chapecoense, que jogaria na final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional da Colômbia. O acidente provocou consternação em todo mundo; o time brasileiro foi declarado vencedor do torneio.
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Haitianos vão às urnas
Após várias tentativas fracassadas, dessa vez as eleições levara a um resultado no Haiti. Em 20 de novembro, uma maioria de 55,7% escolheu como chefe de Estado o dono de plantações de banana Jovenel Moise, de 48 anos. O índice de abstenções, porém, foi enorme: dos 6,2 milhões de eleitores, apenas 1,3 milhão compareceram às urnas.
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Despedida de Fidel Castro
Cuba perde seu "Comandante": com a morte de Fidel Castro, em 25 de novembro, chega ao fim uma era política no país insular. O revolucionário, chefe de governo, presidente e líder do Partido Comunista cubano foi a figura de proa da esquerda mundial. Sua oposição aos EUA e o embargo imposto por Washington transformaram Cuba num símbolo da Guerra Fria.