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Extrema direita francesa saúda suicídio na Notre-Dame como "gesto político"

Alexandre Schossler22 de maio de 2013

Ensaísta de extrema direita se matou com um tiro dentro da catedral, um dos principais pontos turísticos de Paris, em protesto contra o casamento gay e os imigrantes.

Catedral de Notre Dame, em ParisFoto: picture alliance/maxppp

A líder da extrema direita da França, Marine le Pen, saudou a atitude do ativista que, em protesto contra o casamento gay e os imigrantes, matou-se com um tiro na cabeça perto de um altar da catedral de Notre-Dame, em Paris, nesta terça-feira (21/05). Ele foi identificado como Dominique Venner, de  78 anos, um ensaísta conhecido por suas publicações extremistas.

Le Pen, líder da Frente Nacional, partido político de extrema direita, qualificou o suicídio como um ato político. "Todo o respeito ao Dominique Venner, cujo ato derradeiro, eminentemente político, foi tentar despertar as pessoas da França", escreveu ela no Twitter nesta quarta-feira.

A Frente Nacional, que defende uma política anti-imigratória e se opôs aos esforços do governo para legalizar o casamento gay, é a terceira maior força política do país.

Venner se matou perto de um altar da catedral, por volta das 15h (horário local). Na catedral havia cerca de 1.500 pessoas, que foram evacuadas sem maiores incidentes. Venner deixou uma carta, que foi lida por um amigo na rádio conservadora Courtoisie, e um texto final em seu blog. Ambos os textos denunciavam o casamento homossexual e a imigração não europeia.

Venner teve uma vasta carreira como ensaísta, tendo publicado textos, ensaios e livros sobre história militar, armas e caça. Ele foi membro da Organização do Exército Secreto (OAS, grupo paramilitar de direita ativo durante a guerra da Argélia).

DTP/afp/lusa

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