O setor do turismo na Alemanha foi seriamente atingido pelo medo de viajar, após os atentados do 11 de setembro nos EUA e suas conseqüências para a conjuntura econômica mundial. O lucro no setor diminuiu quase 10% no ano, obrigando mais de 800 agências de viagens a fechar nos últimos dez meses.

Mas não só as notícias negativas marcam a Feira Internacional do Turismo, que está sendo realizada em Colônia até este domingo (1º/12). Na busca por novos filões de mercado, o setor turístico descobriu o anseio do ser humano pelo equilíbrio físico e mental. Afinal, cerca de 5,4 milhões de alemães freqüentam regularmente academias de ginástica. Trata-se de um aumento de 50% em relação a dois anos.

Melhor ainda se a preocupação com a saúde pode ser associada à harmonia com a natureza. Por isso, spas, clínicas e hotéis alemães, desde o litoral norte até os campos e montanhas da Baviera, entraram na onda do wellness e começaram a oferecer terapias, ginásticas e alimentação especiais.

Boa disposição física e mental

O conceito wellness significa a busca do bem-estar total, que envolve beleza e cuidados com a pele, boa alimentação, enfim, tudo que resulte na boa disposição física e mental. Também a palavra vitalkur (cura vital) é usual na Alemanha.

O estresse diário, tanto na vida privada como profissional, leva as pessoas a buscarem cada vez mais regeneração e relaxamento. Os freqüentadores dos spas modernos têm à disposição, por exemplo, desde a talassoterapia (terapia com água do mar), fisioterapia, banhos medicinais, ginástica aquática, exercícios especiais para a coluna, drenagem linfática, aromaterapia, diferentes tipos de massagens, tai chi, acupuntura, terapia ayurvédica, ioga, técnicas de meditação e relaxamento. Sem esquecer da beleza, tratada com sauna, banhos de vapor, vários tipos de dietas e diversos tratamentos cosméticos, cabine solar, manicure e pedicure.

"Não somos um setor de turismo em massa, mas talvez seja justamente este fator que atrai as pessoas em busca do verdadeiro descanso físico e espiritual", argumenta Joachim Lieber, da Associação Européia de Termas. Segundo ele, aumenta o número de pessoas que conciliam férias com saúde. "Há tanto hotéis maravilhosos na Alemanha, Suíça, Bélgica e Áustria, mas também na Hungria, República Tcheca e Eslováquia. É tudo uma questão de preço", garante Lieber.