Fóssil de papagaio gigante é descoberto na Nova Zelândia
7 de agosto de 2019
Espécie, que viveu há 19 milhões de anos, media quase um metro de altura e pesava cerca de sete quilos. Pesquisadores acreditam que ave não voava e se alimentava de animais menores.
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Pesquisadores da Nova Zelândia descobriram o fóssil de um papagaio gigante que viveu há 19 milhões de anos. A espécie tinha quase um metro de altura e pesava cerca de sete quilos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (07/08) na revista especializada Biology Letters.
O papagaio recebeu o nome de Heracles inexpectatus, em referência ao deus-herói da mitologia grega Héracles (Hércules, na mitologia romana), conhecido pela sua força física e bravura. Devido a sua constituição física, os pesquisadores acreditam que a espécie gigante provavelmente não voasse e se alimentasse, sobretudo, de plantas, muito embora as dimensões do seu bico indiquem que ele pudesse comer outras coisas, inclusive aves menores.
"O Heracles, como maior papagaio de todos os tempos, sem dúvida tinha um bico enorme, que poderia destroçar amplamente tudo que se imaginava, podendo comer além dos alimentos tradicionais para a espécie, talvez até outros papagaios", afirmou Mike Archer, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália.
Os fósseis da ave foram descobertos perto da cidade de Saint Bathans, na ilha Sul da Nova Zelândia, em 2008. Os pesquisadores inicialmente pensaram que os restos encontrados fossem de algum tipo de águia e só se deram conta da importância da descoberta ao reexaminar o material no início deste ano.
O papagaio gigante vivia na região de uma floresta rica em espécies de palmeiras e louros. O Heracles inexpectatus mede duas vezes o tamanho do kakapo, uma espécie de papagaio noturno endêmico na Nova Zelândia, considerado o maior papagaio do mundo.
A região onde foram encontrados os vestígios do papagaio gigante é rica em fósseis da época geológica do Mioceno, entre cerca de 24 milhões de anos e cinco milhões de anos. No ano passado, pesquisadores descobriram restos de um morcego gigante que viveu neste local há 19 milhões de anos. O animal tinha três vezes o tamanho de um morcego moderno médio e pesaria 40 gramas.
A Nova Zelândia é conhecida pelas suas aves não voadoras com dimensões imponentes, como a moa, parecida com a avestruz, chegando a medir 3,6 metros de altura, e que desapareceu no final do século 18.
Até algumas décadas atrás, uma linha bem definida parecia separar o que é humano do comportamento dos outros animais. À medida que a ciência progride, porém, as fronteiras entre inteligência e instinto se dissipam.
Foto: Colourbox
Ferramentas
Durante muito tempo postulou-se que o uso de ferramentas era uma habilidade exclusivamente humana. No entanto, chimpanzés têm demonstrado aptidões surpreendentes para essa atividade. Pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, encontraram provas na África Ocidental que há 4.300 anos esses primatas vêm quebrando nozes com ferramentas de pedra.
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Assovie o meu nome
Cientistas britânicos demonstraram que os golfinhos-nariz-de-garrafa chamam seus parceiros usando padrões individuais de assovio. Em outras palavras: os mamíferos aquáticos empregam algo comparável aos nomes humanos. Aparentemente eles desenvolvem ainda bem jovens suas assinaturas em forma de sequências de assovios.
Foto: picture-alliance/Mary Evans Picture/A. L. Stanzani
Inventores de asas
Os corvos-da-Nova-Caledônia parecem ser capazes de inventar ferramentas. Em 2002, a revista "Science" divulgou um artigo sobre como um pássaro da espécie dobrava um arame reto, transformando-o num gancho para pescar comida de dentro de um recipiente.
Foto: picture alliance/dpa/R. Hirschberger
Memória de longo prazo
Porcos kunekune não só assimilam certos comportamentos observando seus parentes: segundo constataram cientistas de Viena, os animais nativos da Nova Zelândia também se mostram capazes de repetir o que aprenderam meio ano antes, provando que possuem memória de longo prazo.
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Pecuária
Certas formigas mantêm pulgões como animais de criação, a fim de colher o néctar que eles produzem. Não só: para assegurar controle total, elas empregam uma substância química que força os piolhos-de-plantas a se moverem mais lentamente, impedindo que escapem.
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Autoconsciência
Os pombos possuem uma capacidade que os humanos só desenvolvem após alguns anos de vida: eles estão entre os poucos animais que se reconhecem no espelho. Essa consciência de si mesmo é um elemento vital para distinguir os seres inteligentes dos que agem por puro instinto.
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Vida social
Próximo ao litoral oeste do Canadá, duas populações de orcas mantêm uma cultura de 700 mil anos. "Residentes" e "passantes" compartilham o mesmo habitat temporariamente, mas não se acasalam entre si e têm dietas diversas. Os espécimes de passagem tradicionalmente se alimentam de mamíferos, os locais, de peixe. E ambas não se desviam desses hábitos mesmo em épocas de necessidade.