Facebook sob pressão após escândalo de uso de dados
20 de março de 2018
Parlamento britânico pede que Mark Zuckerberg responda sobre alegado uso indevido de informações de usuários por empresa Cambridge Analytica para influenciar eleição americana. Entenda o caso e saiba como se proteger.
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Um comitê parlamentar britânico convocou nesta terça-feira (20/03) o fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, a responder a questionamentos num momento em que as autoridades ampliam os esforços para determinar se houve uso impróprio de dados da rede social para influenciar eleições.
A convocação vem após revelações, no último fim de semana, de que a empresa Cambridge Analytica, sediada no Reino Unido, teria usado dados de usuários do Facebook para ajudar Donald Trump a vencer a eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos.
Os jornais The New York Times e The Observer divulgaram o esquema de coleta e venda de informações de mais de 50 milhões de usuários da plataforma. A Cambridge Analytica nega qualquer irregularidade.
O presidente do comitê britânico de mídias, Damian Collins, afirmou nesta terça-feira ter questionado repetidas vezes o Facebook sobre como a rede social usa dados. Segundo Collins, responsáveis da empresa vêm se comportando de maneira "enganosa" em relação ao comitê.
"Chegou a hora de ouvir um executivo sênior do Facebook, com autoridade suficiente para esclarecer de forma minuciosa essa falha catastrófica de procedimento", escreveu Collins numa nota endereçada a Zuckerberg. "Diante do seu comprometimento no início do ano para 'consertar' o Facebook, espero que esse representante seja o senhor", continua a nota.
A coleta de dados pela Cambridge Analytica também desencadeou pedidos da União Europeia, assim como de oficiais federais e estaduais dos Estados Unidos, por investigações.
O que aconteceu
Christopher Wylie, ex-funcionário da Cambridge Analytica, foi citado dizendo que a empresa utilizou dados pessoais de usuários do Facebook para construir perfis psicológicos para que os eleitores pudessem ser alvejados com anúncios e matérias.
Wylie, de 28 anos, divulgou no Twitter que sua conta no Facebook foi bloqueada por ter denunciado informações secretas. Ele resolveu ir a público, falando ao The New York Times e ao The Observer, publicação ligada ao diário britânico The Guardian sobre as práticas de seu ex-empregador.
O uso indevido das informações pessoais de 50 milhões de perfis do Facebook teria tido origem numa pesquisa da rede social elaborada por Alexandr Kogan, professor na universidade britânica de Cambridge. A instituição não tem ligação com a Cambridge Analytica.
A pesquisa de Kogan fez perguntas sobre a personalidade dos usuários. Cerca de 270 mil pessoas participaram. Antes de responder à primeira questão, elas precisavam permitir que o realizador da enquete acessasse seus perfis do Facebook e o de seus contatos. Assim, Kogan acabou tendo acesso a um imenso banco de dados que teria transmitido à Cambridge Analytica.
A empresa
A Cambridge Analytica analisa os dados de usuários de plataformas digitais como o Facebook. Assim, gera perfis psicológicos dos usuários.
A companhia já protagonizou manchetes há um ano, quando foi divulgado que a equipe da campanha eleitoral de Trump contratou a Cambridge Analytica para fazer publicidade direcionada do atual presidente dos Estados Unidos.
Em 2013, Wylie encontrou o bilionário americano Robert Mercer, que em seguida investiu 15 milhões de dólares na Cambridge Analytica. Por meio desse contato, Wylie também conheceu o ex-assessor de Trump, Steve Bannon, que na época ainda era presidente do site de notícias ultraconservador Breitbart News. Segundo Wylie, Bannon, que desempenhou papel importante durante a campanha de Trump, teria ficado fascinado com as possibilidades de manipulação psicológica no Facebook.
Só faltavam os dados para Wylie atingir seus objetivos. Foi assim que surgiu o contato do delator com o "Centro de Psicometria" da Universidade de Cambridge e, em última instância, com Kogan. A Cambridge Analytica teria pagado um milhão de dólares em troca de uma base de dados de 270 mil usuários e 32 tipos psicológicos.
O ex-funcionário diz ter certeza de que, a partir daí, a Cambridge Analytica influenciou intencionalmente a eleição presidencial americana. Porém, especialistas ainda não concordam de forma unânime sobre a efetividade desse tipo de publicidade direcionada.
Diante do escândalo do uso de dados, a Cambridge Analytica suspendeu seu presidente-executivo, Alexander Nix, nesta terça-feira, enquanto aguarda uma investigação independente sobre o caso. Uma reportagem da emissora britânica Channel 4 mostrou Nix discutindo com potenciais clientes maneiras de influenciar eleições.
Como estão as investigações
A requisição das respostas de Zuckerberg se seguiu às declarações da Comissária de Informações britânica, Elizabeth Denham, de que está usando todos os poderes legais à sua disposição para investigar o alegado uso indevido de informações.
Ela procura obter um mandado para realizar uma busca nos servidores da Cambridge Analytica e também pediu ao Facebook que encerre seus esforços para realizar uma auditoria própria sobre o uso de dados pela empresa em questão. "Nosso conselho ao Facebook é recuar e nos deixar entrar e fazer nosso trabalho", disse Denham.
A Cambridge Analytica disse que está comprometida a ajudar a investigação britânica, mas não respeitou o prazo estipulado por Denham para fornecer informações ao comitê, segundo o escritório da comissária.
Denham afirmou que a principal acusação contra a Cambridge Analytica é que a companhia adquiriu dados pessoais de usuários de forma irregular e não autorizada. A comissária acrescentou que a lei de proteção de dados britânica exige que plataformas como o Facebook tenham fortes medidas de segurança contra o uso irregular de dados.
Segundo a agência Bloomberg, a Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos (FTC) também já iniciou investigações sobre o caso. Parlamentares americanos também querem convocar Zuckerberg a prestar esclarecimentos.
O ex-diretor do Escritório de Proteção ao Consumidor da FTC, David Vladeck, disse ao Washington Post que o Facebook deve contar com multas somando bilhões de dólares. Isso porque, em 2011, a rede social já teria se comprometido a cumprir com altos padrões de segurança – o que inclui a permissão de transmissão de dados a terceiros. Não respeitar esses padrões poderá acarretar multas de 40 mil por caso individual.
Em carta, procuradores dos estados americanos de Massachusetts e Nova York, que investigam o caso em conjunto, solicitaram nesta terça-feira ao Facebook informações sobre como dados pessoais de usuários foram parar nas mãos da Cambridge Analytica. Também pediram documentos sobre as violações dos termos de serviço da rede social, além de cópias das comunicações entre o Facebook e a Cambridge Analytica.
O governo alemão também reagiu com preocupação ao vazamento de dados e exigiu explicações do Facebook. A encarregada de Proteção de Dados da Alemanha, Andrea Vosshoff, disse que não há informações independentes para verificar as notícias, mas destacou que o incidente ressalta a necessidade de regulamentações de privacidade mais rígidas.
O Facebook ouve conversas pelo microfone do celular?
05:58
O que diz o Facebook
Há muitas acusações graves de vazamento de dados contra a rede social. Mas, numa declaração na internet, o Facebook nega que esse seja o caso e pondera que os usuários puderam optar se permitiriam ou não o acesso aos próprios dados e aos de seus amigos antes da pesquisa de Kogan.
Wylie, porém, também disse ao The New York Times que o Facebook já sabia da transmissão de dados há algum tempo. Em sua explicação, a rede social afirma que a pesquisa já tinha sido eliminada do Facebook e que a Cambridge Analytica e Kogan teriam concordado em apagar os dados dos usuários.
Em comunicado divulgado à imprensa, o Facebook rejeitou ter algo a ver com as atividades da Cambridge Analytica, reconhece a gravidade da situação e afirmou estar trabalhando para coletar todos os fatos e tomar as ações apropriadas.
"A empresa inteira está escandalizada porque fomos enganados. Estamos comprometidos em fortalecer vigorosamente as nossas políticas para proteger a informação das pessoas e daremos os passos necessários para conseguir isso", acrescentou a rede social.
Como se proteger do uso irregular de dados pessoais
Apesar de o Facebook ter adaptado algumas configurações para a proteção de dados e os dados de contatos e amigos na rede social não serem mais tão facilmente acessíveis, é preciso cautela.
"Se uma empresa é decente e tem seriedade, nem existe a opção de transmitir os dados dos amigos", afirma o especialista em Facebook Simon Mader, cofundador da agência alemã Adbaker, especialista em publicidade e marketing nas redes sociais.
Mader aconselha que os usuários fiquem atentos a quais informações estão sendo pedidas durante uma autentificação pelo Facebook.
"Se a pesquisa ou o programa forem suficientemente 'humanos', eles darão a opção de desclicar a lista de amigos ou as fotos do seu perfil", afirma, apontando, porém, que há programas que não permitem esse tipo de ação.
"Se você achar muito delicado, boicote esse tipo de programa", diz Mader. "Eu já fiz isso. Não cedo a qualquer joguinho online."
RK/dw/ap/rtr
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O mês de março em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture alliance/dpa/R. Pera
Seis anos após o atentado
A ativista Malala Yousafzai (c., de véu vermelho) retornou com sua família à cidade natal pela primeira vez desde 2012. À época com 15 anos, ela foi baleada na cabeça por um terrorista do Talibã, por defender educação para meninas.Atualmente mora no Reino Unido. Malala chegou a Mingora, no norte do Paquistão, num helicóptero fornecido pelo Exército, em meio a forte esquema de segurança. (31/03)
Foto: DW/Adnan Bacha
Tradição pascoal retomada
Durante décadas, um casal de Saalfeld, na Turíngia, Leste da Alemanha, foi decorando sua macieira com ovos de Páscoa decorados, ultrapassando a marca dos 10 mil deles. Em 2015, abandonaram a prática, devido à idade avançada. No ano seguinte, porém, outros moradores assumiram a tradição na parte histórica da cidade. Tinta, crochê, colagens: tudo é válido para enfeitar os coloridos símbolos. (30/03)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Kalaene
Rússia expulsa diplomatas americanos
A Rússia anunciou a expulsão de 60 diplomatas americanos, bem como o fechamento do consulado dos Estados Unidos em São Petersburgo, em resposta a medidas semelhantes adotadas pelo governo americano dias antes. A decisão é mais um episódio da escalada de tensão entre Moscou e o Ocidente após o envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal em 4 de março passado no Reino Unido. (29/03)
Foto: picture-alliance/dpa/TASS/P. Kovalev
Kim Jong-un visita a China
Após dias de especulação, a Coreia do Norte e a China confirmaram que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, visitou Pequim. Foi a primeira viagem ao exterior dele no cargo, em meio ao processo de melhora nas relações com a Coreia do Sul. Em encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, Kim se comprometeu com a desnuclearização e a se reunir com autoridades dos Estados Unidos. (28/03)
Foto: picture-alliance/XinHua/dpa/J. Peng
Ataque a caravana de Lula
Um ataque a tiros contra a caravana do ex-presidente Lula no Sul do país gerou reações indignadas na classe política. Vários presidenciáveis, como Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede), além do presidente Michel Temer, condenaram o incidente, que envolveu dois ônibus da comitiva do petista. Os veículos foram atingidos por tiros no Paraná, mas ninguém ficou ferido. (27/03)
Foto: picture alliance/dpa/Photoshot/R. Patrasso
Comoção após incêndio na Rússia
Milhares de russos se reuniram em um protesto na praça central da cidade de Kemerovo, na Sibéria, culpando as autoridades pela morte de ao menos 64 pessoas, entre elas 41 crianças, no incêndio em um shopping da cidade, dois dias antes. A lista de acusações da sociedade inclui negligência aos padrões de segurança, bloqueio das saídas de emergência e sobrecarga das equipes de resgate. (27/03)
Foto: Reuters/M. Lisova
Onda de expulsão de diplomatas russos
Em solidariedade ao Reino Unido, uma série de países anunciou a expulsão de diplomatas russos de seus territórios, como resposta ao envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal na Inglaterra. Nos Estados Unidos, a medida afeta 60 funcionários. Dezesseis países da União Europeia, incluindo Alemanha e França, também anunciaram expulsões, além de Canadá, Ucrânia, Noruega e Austrália. (26/03)
Foto: Reuters/File Photo/M. Zmeyer
Detenção na Alemanha
A polícia alemã deteve o ex-chefe de governo da Catalunha Carles Puigdemont, foragido da Justiça espanhola, quando ele tentava atravessar de carro a fronteira a partir da Dinamarca. O líder do movimento separatista catalão foi detido numa autoestrada no estado de Schleswig-Holstein. Ele havia partido da Finlândia e tentava atravessar a Alemanha por terra até a fronteira com a Bélgica. (25/03)
Foto: Imago/Agencia EFE/A. Dalmaux
Marcha contra armas nos EUA
Milhares de americanos saíram às ruas em 800 cidades do país para pedir um maior controle de armas. Convocado por estudantes sobreviventes do recente massacre na Flórida, os atos foram a maior manifestação antiarmas nos EUA dos últimos anos e um dos maiores protestos estudantis desde a Guerra do Vietnã. Maior protesto ocorreu em Washington (foto). (24/03)
Foto: Getty Images/A. Wong
Ataque no sul da França
Pelo menos três pessoas morreram e várias ficaram feridas, quando um homem armado, jurando lealdade ao "Estado Islâmico", abriu fogo no sul da França e em seguida se entrincheirou num supermercado, onde fez reféns por horas e depois foi morto pela polícia. O caso está sendo tratado como terrorista pelas autoridades francesas. O atirador era um marroquino que era monitorado pelas autoridade.(23/03)
Foto: picture-alliance/Maxppp/A. Nathalie
Ofensiva comercial contra China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando com medidas comerciais contra a China, devido a um suposto roubo de propriedade intelectual. As ações preveem a imposição de taxas sobre produtos importados do país asiático e processos na Organização Mundial do Comércio (OMC). Imposição de tarifas a importações que podem chegar a US$ 60 bilhões. (22/03)
Foto: Reuters/J. Ernst
Papa liga para mãe de Marielle Franco
O papa Francisco conversou com a mãe da vereadora Marielle Franco, segundo divulgou a Fundação Alameda, liderada pelo amigo pessoal do pontífice, Gustavo Vera. Francisco ligou para a família da defensora de direitos humanos depois de receber uma carta da filha de Marielle. No telefonema, o pontífice expressou solidariedade à família da vereadora, assassinada em 14 de março. (21/03)
Foto: picture-alliance/AP/
Primavera com neve
O primeiro dia da primavera na Europa começou com neve na Alemanha. Em alguns locais, os termômetros registraram 10°C negativos durante a madrugada e houve nevascas leves do nordeste até o centro da Alemanha. (20/03)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Warmuth
Avanço do Brexit
Bruxelas e Londres chegam a acordo sobre termos do período de transição após a saída do Reino Unido da UE, anunciaram o negociador-chefe do bloco Michel Barnier e o ministro britânico David Davis. Nos 21 meses posteriores ao Brexit, Londres não participará das decisões da UE, mas manterá acesso ao mercado único e à união aduaneira. Direitos de cidadãos europeus serão mantidos no período. (19/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Mayo
Putin vence mais uma vez
Em uma eleição sem candidatos capazes de desafiar o seu poder, Vladimir Putin conquistou mais um mandato presidencial. No poder desde 1999, o mandatário poderá ficar no poder até 2024. Segundo os primeiros resultados, mais de 70% do eleitorado que compareceu às urnas votou pela permanência de Putin no poder. (18/03)
Foto: Reuters/D. Mdzinarishvili
Xi Jinping é eleito para novo mandato na China
A Assembleia Nacional Popular da China decidiu por unanimidade reconduzir o presidente do país, Xi Jinping, para um segundo mandato. Xi, de 64 anos, foi reeleito graças a uma reforma constitucional aprovada em 11 de março. O novo mandato vai se estender até 2023, mas a reforma também colocou fim ao limite de reeleições, abrindo caminho para Xi se manter no cargo além desse período. (17/03)
Foto: Reuters/Jason Lee
Protestos antigoverno na Eslováquia
Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades da Eslováquia para exigir eleições antecipadas e uma investigação imparcial do assassinato do jornalista Jan Kuciak, que apurava ligação entre políticos de alto escalão do país e organizações criminosas. O primeiro-ministro Robert Fico renunciou ao cargo diante do escândalo, mas o poder se manteve nas mãos de seu partido. (16/03)
Foto: Getty Images/AFP/J. Klamar
Comoção após morte de vereadora
O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, do Psol, gerou indignação e protestos no Brasil, além de repercussão no exterior, com reação da ONU e de deputados europeus. Conhecida por defender os direitos das mulheres e a inclusão social, além de ser uma crítica ferrenha da violência policial, Marielle foi morta a tiros dentro de um carro no centro do Rio na noite de 14 de março. (15/03)
Foto: CMRJ/Renan Olaz
Morre Stephen Hawking
O físico britânico Stephen Hawking morreu aos 76 anos, em sua casa em Cambridge, informou sua família em comunicado. O cientista, conhecido por seu trabalho na área da relatividade, é autor de grande parte das descobertas da astrofísica moderna, como a nova teoria do espaço-tempo e a radiação dos buracos negros. Ele sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA) desde os 21 anos. (14/03)
Foto: Getty Images for Breakthrough Prize Foundation/B. Bedder
Merkel é reeleita chanceler federal alemã
Quase seis meses após a vitória na eleição parlamentar de 23 de setembro, Angela Merkel foi reeleita chanceler federal pelo Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, para mais quatro anos de governo. Ela obteve a maioria absoluta necessária dos votos logo no primeiro escrutínio. Entre os 688 votos válidos, 364 foram a favor de Merkel, 315 foram contrários e nove se abstiveram. (14/03)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Trump troca secretário de Estado
O presidente americano, Donald Trump, anunciou que vai substituir o atual secretário de Estado, Rex Tillerson, pelo diretor da CIA, Mike Pompeo. A agência de inteligência será comandada pela atual vice, Gina Haspel, primeira mulher a assumir o cargo. Trump não deu qualquer explicação para as trocas – ele e Tillerson divergiam com frequência sobre vários temas da política externa dos EUA. (13/03)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Ernst
Morre o "contador de Auschwitz"
Oskar Gröning, ex-membro da Waffen-SS (tropa de elite nazista) e conhecido como "contador de Auschwitz", morreu aos 96 anos. O alemão foi condenado em 2015 a quatro anos de prisão por cumplicidade no massacre de 300 mil pessoas no campo de extermínio nazista de Auschwitz, mas nunca chegou a cumprir a pena. Ele serviu no local em 1942 e 1943, durante a ocupação nazista na Polônia. (12/03)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
Rumo à presidência vitalícia
Deputada do Congresso Nacional do Povo da China deposita seu voto em eleição sobre 21 emendas constitucionais, entre elas a que acaba com o limite para mandatos de presidentes do país. As mudanças foram aprovadas, de uma vez, por 2.958 votos a favor, dois contrários e três abstenções. Com a decisão, o presidente chinês, Xi Jinping, abre caminho para se eternizar no poder. (11/03)
O polêmico ex-assessor do presidente Donald Trump Steve Bannon foi saudado por Marine Le Pen, líder do partido Frente Nacional, na abertura, em Lille, do 16º congresso da legenda de extrema direita, que tenta uma refundação com um novo nome. Estrela do evento, ele disse, em discurso diante dos membros da agremiação francesa, que a história está do lado dos atuais movimentos nacionalistas. (10/03)
Foto: Reuters/P. Rossignol
Abertura dos Jogos Paralímpicos
O Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, foram abertos com uma cerimônia marcada por muitas cores, música e dança. Diferente dos Jogos Olímpicos de Inverno, o país-sede não desfilou com a vizinha Coreia do Norte. Nem mesmo o nevoeiro e o intenso frio apagaram o brilho da festa, diante de arquibancadas lotadas e um público muito empolgado. (09/03)
Foto: Reuters/P. Hanna
Dia Internacional da Mulher
Protestos, que pediam igualdade de direitos e fim da violência e do assédio sexual, marcaram o Dia Internacional da Mulher pelo mundo. Na Espanha, além das manifestações, mais de 5 milhões de trabalhadoras aderiram a uma greve parcial que atingiu vários setores. Várias associações feministas do país convidaram ainda as mulheres a renunciarem à realização de tarefas domésticas neste dia. (08/03)
Foto: Reuters/S. Vera
Eleição em Serra Leoa
Milhares de pessoas foram às urnas em Serra Leoa para eleger o novo presidente do país. O pleito histórico é o primeiro após a epidemia de ebola de 2014 e põe fim aos 11 anos do presidente Ernest Bai Koroma no poder. Apesar da tensão política e da possibilidade de o partido governante perder a presidência, a votação foi pacífica. Os resultados devem sair na próxima semana. (07/03)
Foto: DW/A.-B. Jalloh
A mais antiga mensagem em garrafa
Um museu na Austrália apresentou a mais antiga mensagem numa garrafa que se conhece no mundo. Ela foi lançada há 132 anos, por um navio alemão, e acabou encontrada numa remota praia do oeste australiano. Mensagem fazia parte de experimento global sobre correntes oceânicas e rotas de transporte marítimo. (06/03)
Foto: picture-alliance/dpa/K. Illman
Visita histórica
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, recebeu uma delegação sul-coreana de alto nível em Pyongyang. De acordo com Seul, o grupo foi ao país pedir ao regime da Coreia do Norte que retome o diálogo sobre seu programa nuclear. É a primeira vez que Kim reúne-se com representantes de um governo sul-coreano. (05/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Jung Yeon-je
SPD diz "sim" a Merkel
Os filiados do Partido Social-Democrata (SPD) aprovaram a formação de uma nova coalizão de governo com a União Democrata Cristã (CDU), partido da chanceler federal Angela Merkel, e a União Social Cristã (CSU), encerrando meses de indefinição na política da Alemanha. O "sim" venceu com 66% dos votos válidos. Com isso, Merkel deverá ser eleita para um quarto mandato em 14 de março. (04/03)
Foto: Reuters/A. Schmidt
EUA castigados por mau tempo
Ao menos sete pessoas, incluindo duas crianças, morreram em consequência da forte tempestade que atinge o leste dos Estados Unidos. Com nevascas e ventos intensos, o mau tempo provoca caos no país, cancelando voos e trens, bloqueando estradas e deixando ao menos 2 milhões de pessoas sem energia. Segundo meteorologistas, é o segundo "ciclone bomba" a atingir o leste dos EUA em dois meses. (03/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/The Albany Times Union/S. Dickstein
Temer investigado na Lava Jato
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, autorizou a inclusão do presidente Michel Temer como um dos investigados em um inquérito que apura repasses da empreiteira Odebrecht à campanha eleitoral do MDB. A ação já inclui os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Segundo um delator, Temer participou de um jantar no Palácio do Jaburu em maio de 2014 para tratar da propina. (02/03)
Foto: Agencia Brasil/V. Campanato
Economia brasileira cresce 1% em 2017
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% em 2017 em relação ao ano anterior, disse o IBGE. O valor anual total chegou a R$ 6,6 trilhões. Esta é a primeira alta depois de dois anos de quedas, ambas de 3,5%. Entre as atividades, a agropecuária teve o maior crescimento no ano, de 13%, principalmente devido à agricultura. Já o setor de serviço detém o maior peso na composição do PIB. (01/03)