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Facebook suspende Trump por dois anos

4 de junho de 2021

Rede social afirmou que dependendo das circunstâncias período de suspensão do ex-presidente americano poderá ser estendido. Trump está banido da plataforma desde janeiro, após incitar apoiadores a invadirem o Capitólio.

Trump, de terno e gravata vermelha, fala em um púpito. Ao fundo, bandeiras dos EUA.
Trump criticou decisão da empresaFoto: Luis M. Alvarez/AP Photo/picture alliance

O Facebook anunciou nesta sexta-feira (04/06) que suspendeu por dois anos a conta do ex-presidente americano Donald Trump na rede social e afirmou que, dependendo das circunstâncias, esse período poderá ser estendido.

O perfil do republicano já estava bloqueado desde 7 de janeiro, um dia após o presidente incitar, por meio de redes sociais, seus apoiadores a invadirem o Capitólio, incidente que deixou cinco mortos e interrompeu sessão do Congresso que confirmaria a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.

"Dada a gravidade das circunstâncias que levaram à suspensão do Sr. Trump, acreditamos que suas ações constituíram uma violação grave de nossas regras que merecem a maior penalidade disponível nos novos protocolos de aplicação. Estamos suspendendo suas contas por dois anos, a partir da data da suspensão inicial em 7 de janeiro deste ano", disse Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais do Facebook, em um comunicado.

De acordo com o Facebook, ao final do período de suspensão, especialistas vão avaliar o risco para a segurança pública do restabelecimento da conta de Trump.

"Avaliaremos fatores externos, incluindo casos de violência, restrições a reuniões pacíficas e outros indicadores de agitação civil", elencou Clegg. "Se determinarmos que ainda há um risco sério para a segurança pública, estenderemos a restrição por um determinado período de tempo e continuaremos a reavaliar até que o risco diminua", completou.

Ele acrescentou que, quando a conta for restabelecida, caso Trump volte a violar políticas, novas sanções poderão ser aplicadas gradativamente. 

A decisão desta sexta-feira ocorre poucas semanas após reunião do conselho de supervisão do Facebook, comitê consultivo independente formado por acadêmicos, figuras da mídia e ex-políticos, que recomendou no início de maio que a conta de Trump não fosse restabelecida.

No entanto, o conselho remeteu a decisão final ao próprio Facebook, dando à empresa seis meses para decretar o destino de Trump na rede social. A resposta veio bem antes do prazo.

A nova política do Facebook permite suspender contas, dependendo do grau de infração, por um mês, seis meses, um ano ou dois anos - e a empresa decidiu aplicar a penalidade máxima a Trump.

O ex-presidente criticou a decisão do Facebook. "Eles não deveriam ter permissão para escapar impunes dessa censura e silenciamento e, no final das contas, nós venceremos", afirmou em comunicado. 

Outras redes sociais tomaram medidas semelhantes às do Facebook, após a invasão do Capitólio, e mantiveram Trump sem o direito de postar. O YouTube anunciou que vai esperar até que "o risco de violência diminua", antes de permitir que o ex-presidente volte a colocar vídeos no seu canal. 

O Twitter – a rede social preferida de Trump, onde ele tinha quase 89 milhões de seguidores – suspendeu a conta do ex-presidente permanentemente.

le (ap, afp, efe)

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