Boris Johnson nomeou como conselheiro o diretor da bem-sucedida campanha pró-Brexit, na qual o Facebook teve papel-chave. Se eleições antecipadas forem convocadas, conservadores devem recorrer a métodos do estrategista.
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No primeiro dia de Boris Johnson como novo primeiro-ministro do Reino Unido, a imprensa britânica começou a ficar obcecada com uma série de fotografias provenientes da residência do premiê, localizada no número da 10 da Downing Street. O objeto de fascínio não era o novo líder britânico nem sua marca registrada de cabelos loiros cuidadosamente arrumados para a ocasião, mas uma figura despretensiosa à espreita em segundo plano.
Tratava-se de Dominic Cummings, o recém-nomeado conselheiro sênior de Johnson. Em uma sala repleta de pessoas usando camisas e ternos, Cummings deixou transparecer seu status de forasteiro ao vestir uma camiseta cinza surrada estampada com as palavras "Open A. I.", o nome da empresa de inteligência artificial de Elon Musk.
A nomeação de Cummings transportou todo o país num flashback ao referendo do Brexit de 2016. Foi o estrategista político de 47 anos que levou a campanha Vote Leave (pela saída do Reino Unido da União Europeia) à vitória, e é famoso por cunhar a poderosa mensagem de "retomar o controle", repetida constantemente na campanha pró-Brexit.
Cummings levou essa reputação de ser uma força perturbadora na política do país para seu novo emprego. O jornal britânico The Times citou um ministro não identificado que comparou o estilo de comunicação de Cummings com "levar uma submetralhadora a uma briga de facas".
O tal ministro também observou que o conselheiro sênior esteve intimamente envolvido no planejamento da campanha ide Johnson, no valor de 100 milhões de libras, sobre uma saída brusca da União Europeia (UE) – supostamente o maior esforço publicitário do governo desde a Segunda Guerra Mundial – lançada pelos conservadores nesta semana.
A campanha publicitária não é a primeira parte de estratégia conservadora ligada ao consultor. Em meados deste ano, o Partido Conservador pareceu replicar a estratégia usada no Facebook durante a campanha Vote Leave na época do referendo.
Sob Cummings, que foi rotulado como o "mestre das artes das trevas do Brexit", a campanha lançou seu próprio aplicativo que gamificou (usou técnicas de jogos) o processo de votação e realizou uma campanha de coleta de dados online – foram gastos mais de 2,7 milhões de libras no Facebook para encontrar e direcionar anúncios para grupos específicos de pessoas.
Na escuridão digital
Martin Moore, autor da série de livros Democracy Hacked (Democracia hackeada, em tradução livre), disse desconfiar dos métodos de Cummings e de sua falta de transparência.
"Cummings deixou claro que os métodos digitais foram essenciais para as campanhas do Vote Leave, mas sabemos muito pouco sobre o que eram esses métodos digitais", afirmou.
Para outros, a abordagem de Cummings em relação às mídias sociais durante a campanha do Brexit foi emblemática de uma nova era da publicidade política online, que começou com a campanha presidencial americana de 2008 de Barack Obama – creditada como uma das primeiras a identificar e mobilizar com sucesso os eleitores usando análise de dados, microssegmentação e redes sociais.
"Vote Leave usou as mídias sociais como todas as campanhas o fazem", disse Paul Staines, que escreve para o site político Guido Fawkes. "Na minha opinião, a razão pela qual há toda essa controvérsia é porque não se esperava que eles vencessem. Foi a mesma mágica que todos viram Obama fazer em 2008 e pensaram que era algo brilhante. Na verdade, não é nada particularmente novo", afirmou.
A construção de um banco de dados
Em 1º de agosto, os conservadores lançaram 841 anúncios no Facebook que divulgaram a decisão de Johnson de contratar 20 mil novos policiais "imediatamente". O anúncio diz às pessoas para clicar no link "informe a Boris onde você quer ver mais policiais". Esse link abre uma página no site do Partido Conservador, que solicita a inserção do endereço de e-mail e da localização.
"Qualquer campanha moderna começará criando o maior banco de dados possível, com o máximo de informações relevantes possível, incluindo os detalhes de contato de uma pessoa", disse Moore. "Depois, eles executam modelos [de computação] por meio dos dados para descobrir alvos com base em grupos eleitorais marginalizados e quem são os eleitores mais suscetíveis."
Benedict Pringle, fundador do blog Political Advertising, afirma que a mais recente campanha dos conservadores no Facebook também foi projetada para testar quais públicos respondem melhor a certas mensagens.
"Pode-se ver na biblioteca de anúncios muitas versões idênticas dos mesmos anúncios", disse Pringle. O Facebook permite que os anunciantes segmentem os usuários por local, gênero, faixa etária e inclinação política, de modo que anúncios idênticos indicam que as mensagens estão sendo testadas em diferentes segmentos demográficos – para identificar quem é mais suscetível a anúncios sobre números policiais, por exemplo.
Produzir uma grande quantidade de anúncios e testá-los contra diferentes campos demográficos está se tornando a norma em campanhas digitais. O Partido Conservador não é a única legenda política britânica a usar o Facebook dessa maneira, e táticas semelhantes também foram vistas na Alemanha, Itália e nos Estados Unidos.
Ao falar sobre a eleição americano de 2016, o diretor digital da campanha de Donald Trump, Brad Parscale, disse o seguinte à emissora CBS: "[Em um] dia normal [faríamos] de 50 mil a 60 mil anúncios, mudando idioma, palavras, cores, [...] mudando coisas porque certas pessoas gostam mais de um botão verde do que de um botão azul, algumas pessoas gostam da palavra 'doar' em vez de 'contribuir'."
Preparação para eleições antecipadas?
Rachel Lavin trabalha para a Who Targets Me, uma organização britânica que luta por mais transparência. "Como a propaganda digital é muito poderosa, o público deveria estar ciente de quem está fazendo, quem está pagando e quais mensagens estão sendo enviadas para diferentes grupos", disse.
Pringle concorda. "Sou um verdadeiro defensor da ideia de que a propaganda política pode ser uma força positiva na democracia. É por isso que quero reformá-la", disse.
No ano passado, o blogueiro e publicitário participou da fundação do grupo de campanha Reform Political Advertising, que sugeriu que todos os anúncios políticos pagos – inclusive online – fossem listados num banco de dados central que pode ser acessado pelo público.
Embora a regulamentação sobre publicidade política não tenha sido atualizada desde a era anterior ao Facebook, os anúncios de Johnson nas redes sociais confirmaram que a campanha digital é a nova ordem.
Nesta quarta-feira, uma moção prevendo eleições antecipadas encaminhada por Johnson fracassou no Parlamento. A maioria dos oposicionistas do Partido Trabalhista se absteve. Eles queriam assegurar que novas eleições somente aconteçam quando Johnson descartar definitivamente um Brexit sem acordo em 31 de outubro e concordar com um adiamento do prazo de saída da UE até o fim de janeiro de 2020.
Apesar da derrota no Parlamento, há indícios de que a equipe do primeiro-ministro já está se preparando para a possibilidade de eleições antecipadas, em cuja campanha o Reino Unido pode vir a constatar mais uma vez que as táticas de Cummings funcionam.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/A. Schmidt
Protesto em Berlim
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi alvo de protesto em Berlim. Dezenas de ativistas do braço alemão do Greenpeace organizaram uma manifestação em frente à sede da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK), no centro da capital alemã, contra a visita do brasileiro. Na Alemanha, ministro tenta reverter derretimento da imagem do Brasil no exterior. (30/09)
Foto: DW/C. Neher
Vitória conservadora na Áustria
Apoiadoras do ex-chanceler federal Sebastian Kurz reagem surpresas à vitória do Partido Popular (ÖVP) nas legislativas, superando as expectativas, com 37,1% dos votos. Em 2º lugar, Partido Social-Democrata (SPÖ) limitou-se a 21,8%. Abalado por escândalo, ultranacionalista Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), que governava em coalizão com Kurz, despencou, obtendo apenas 16% nas urnas. (29/09)
Foto: AFP/J. Klamar
Choques isolados em manifestação pacífica
"Radicais lançaram coquetéis molotov contra escritórios do governo", anunciou a polícia de Hong Kong. No entanto os bloqueios de ruas e trocas de pedras e gás de pimenta foram exceção no quinto aniversário do fim da chamada Revolução dos Guarda-Chuvas, em que dezenas de milhares de cidadãos foram às ruas num protesto pró-democrático pacífico. (28/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Thian
Nigéria resgata mais de 300 jovens torturados em escola islâmica
A polícia da Nigéria resgatou mais de 300 crianças e jovens do sexo masculino de uma escola islâmica na cidade de Kaduna, no norte do país. Muitos deles estariam sendo torturados e abusados sexualmente, e cerca de 100 foram encontrados acorrentados. O proprietário da escola e seis funcionários foram presos durante a operação. (27/09)
Foto: Reuters/Television Continental
Morre ex-presidente francês Jacques Chirac
O ex-presidente da França Jacques Chirac morreu aos 86 anos. Chefe de Estado, entre 1995 e 2007, ele se destacou por ter se oposto à invasão do Iraque pelos EUA em 2003. No poder, reconheceu ainda o papel da França na perseguição de judeus na 2° Guerra. Seus últimos anos foram marcados por problemas de saúde e com a Justiça. Foi o primeiro ex-presidente da França condenado por corrupção. (26/09)
Foto: Getty Images/AFP/P. Kovarik
Pequim inaugura um dos maiores aeroportos do mundo
O novo aeroporto internacional de Daxing, um dos maiores terminais do mundo, começou a operar em Pequim. O presidente chinês, Xi Jinping, inaugurou a infraestrutura cuja construção começou em 2015. O terminal possui cinco andares e uma área de 700 mil metros quadrados. As autoridades chinesas esperam que, até 2025, o novo terminal receba 72 milhões de passageiros anuais. (25/09)
Na ONU, Bolsonaro ataca “globalismo” e "ambientalismo radical"
Em seu primeiro pronunciamento na ONU, Jair Bolsonaro usou um tom de confronto, repetindo o estilo que usou nas eleições de 2018, ao mesclar denúncias sobre uma suposta ameaça de um "globalismo" socialista que colocaria em risco a soberania brasileira e acusações contra a imprensa internacional. Ele disse ainda que é uma "falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade". (24/09)
Foto: Getty Images/AFP/L. Marin
Quebra da operadora britânica Thomas Cook cancela 600 mil viagens
A agência de viagens Thomas Cook, com 178 anos de história, encerrou as operações após o fracasso das negociações de emergência com o principal acionista e credores. Por causa do fechamento, será necessário aplicar um plano de emergência para a repatriação de 600 mil turistas em todo o mundo, incluindo 150 mil britânicos, numa operação inédita no Reino Unido desde a 2° Guerra Mundial. (23/09)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Stein
Violência em Hong Kong
Ativistas mascarados depredaram uma estação de metrô durante o 16º fim de semana consecutivo de protestos em Hong Kong. Os manifestantes usaram martelos para quebrar os sensores dos portões e danificaram as câmeras de segurança e telas das máquinas de bilhetes. A polícia de choque chegou depois do ataque e a estação foi fechada com uma grade de metal. (22/09)
Foto: Reuters/Aly Song
Alerta contra "coletes amarelos"
O governo da França deslocou cerca de 7,5 mil agentes da lei para evitar tumultos e vandalismo em mais uma jornada de protestos no país, desta vez promovida por ativistas do clima. Autoridades francesas alertaram contra "coletes amarelos" violentos infiltrando-se nas manifestações em Paris. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes no centro da capital. (21/09)
Foto: Getty Images/AFP/Z. Abdelkafi
Protestos pelo mundo pedem ações contra mudanças climáticas
Manifestações pedindo ações políticas concretas contra as mudanças climáticas ocorreram em todo o mundo como parte da Greve Global pelo Clima, uma mobilização global iniciada pelo movimento Greve pelo Futuro, lançado pela ativista Greta Thunberg. Estudantes em cerca de 150 países saíram às ruas mundiais. Na Alemanha, movimento reuniu 1,4 milhão de pessoas. (20/09)
Foto: DW/Vladimir Esipov
Ex-ditador tunisiano Ben Ali morre aos 83 anos
O ex-ditador da Tunísia Zine El Abidine Ben Ali morreu aos 83 anos. Ele vivia na Arábia Saudita desde 2011, quando foi deposto após uma série de protestos que desencadeou a Primavera Árabe. Ele comandou a Tunísia de 1987 ao início de 2011. No período, o país registrou um crescimento econômico substancial, mas também abuso de direitos humanos e supressão da liberdade de imprensa. (19/09)
Foto: Reuters/Z. Souissi
Arábia Saudita exibe destroços de armas usadas em ataque e acusa Irã
O Ministério da Defesa da Arábia Saudita exibiu destroços de drones e mísseis de cruzeiros que, segundo os investigadores sauditas, foram usados no ataque a duas instalações petrolíferas do país. De acordo com um porta-voz da pasta, a análise do material e da trajetória das armas mostra "que o ataque foi sem dúvida patrocinado pelo Irã". (18/09).
Foto: picture-alliance/dpa/Bildfunk/A. Nabil
Eleitores israelenses vão às urnas – de novo
Israel foi mais uma vez palco de uma eleição geral – a segunda em cinco meses – para a escolha dos 120 membros do Parlamento. O pleito foi convocado após o premiê Benjamin Netanyahu não conseguir formar uma coalizão em abril. A boca de urna apontou empate técnico entre o partido do premiê e o do seu rival, Benny Gantz, levantando dúvidas sobre quem vai liderar a próxima coalizão de governo.
Foto: Getty Images/AFP/M. Kahana
Preço do petróleo dispara após ataque a instalações sauditas
O ataque a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, que resultou na perda de 5% da produção mundial de petróleo bruto, fez o preço do produto no mercado internacional disparar. Logo após a abertura dos mercados, o preço do petróleo bruto disparou nos Estados Unidos, aumentando rapidamente em 15%, com o preço do petróleo tipo brent subindo quase 20%. (16/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Planet Labs Inc
O 99° dia de protestos
A polícia dispara bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água colorida. Os ativistas respondem com pedras e coquetéis molotov. Assim decorre o 99° dia de manifestações pró-democracia em Hong Kong. Apesar da proibição, dezenas de milhares de militantes tomam as ruas nos arredores do Parlamento e da sede do Executivo local. (15/09)
Foto: Reuters/J. Silva
Tomando o espaço dos carros
Por ocasião do Salão do Automóvel de Frankfurt, cerca de 10 mil ciclistas fecham temporariamente estradas nos arredores da cidade alemã. Ambientalistas a pé também organizam marchas para protestar contra a poluição causada pelo motor de combustão e pedir mais investimentos em transportes menos poluentes. Ao todo, cerca de 20 mil participam dos atos.(14/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Probst
Greve contra reforma da Previdência paralisa Paris
Paris viveu um dia de caos no transporte público, com centenas de milhares de pessoas afetadas por causa de uma greve de motoristas de ônibus e metroviários, que protestaram contra a reforma da previdência promovida pelo governo francês. Dez linhas de metrô da cidade ficaram completamente paralisadas e apenas um terço dos ônibus saiu das garagens. (13/09)
Foto: Reuters/C. Hartmann
Mais da metade dos alemães vê democracia sob ameaça
Mais da metade dos alemães acredita que a democracia está em perigo, segundo pesquisa divulgada pelo instituto YouGov. A ascensão da extrema direita é a principal causa dessas preocupações. Dos entrevistados, 53% concordam que a democracia está sob ameaça na Alemanha. Para 79%, a democracia é a melhor forma de governo, embora apenas 54% considerem satisfatório o atual regime democrático. (12/09)
Foto: Getty Images/AFP/C. Bilan
Água em planeta potencialmente habitável
Cientistas anunciaram que detectaram pela primeira vez vapor de água na atmosfera de um exoplaneta – fora do Sistema Solar – com temperaturas semelhantes às da Terra, o que significa que sua superfície pode conter água líquida. O planeta rochoso K2-18b orbita sua estrela na chamada "zona habitável". Segundo os cientistas, ele é o melhor candidato na busca por vida fora da Terra. (11/09)
Foto: picture-alliance/T. Nyhetsbyran
Trump demite John Bolton
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, informou que pediu ao assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, que renunciasse ao cargo, em meio a fortes discordâncias entre os dois em várias questões políticas. No cargo há pouco mais de um ano, Bolton foi o primeiro enviado de Trump a Bolsonaro e vinha defendendo uma abordagem linha-dura dos EUA com adversários. (10/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Zemlianichenko
Alemanha lança selo para roupas sustentáveis
A Alemanha lançou um selo para têxteis fabricados de forma sustentável. Batizado de Botão Verde, o novo carimbo estatal visa fornecer garantia aos consumidores para roupas cuja produção atende a certos padrões sociais e ambientais, incluindo salário mínimo para trabalhadores, proibição de trabalho infantil e uso de certos produtos químicos e poluentes. Críticos afirmam que medida é fraca. (09/09)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/M. Hasan
STF proíbe que Prefeitura do Rio censure livros
Dois ministros do STF cassaram uma decisão do TJ-RJ que autorizou a prefeitura do Rio a apreender livros com temática LGBT na Bienal do Livro. Dias Toffoli disse que a apreensão violava a “ordem jurídica". Gilmar Mendes declarou que o caso configurava “discriminação de gênero”. A controvérsia começou quando o prefeito Marcelo Crivella tentou apreender uma HQ que mostrava um beijo gay (08/09).
Foto: AFP/Bienal Do Livo Do Rio/M. Mercante
Primeiro 7 de Setembro de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro participou de seu primeiro desfile de 7 de Setembro como chefe de Estado. A celebração do Dia da Independência foi marcada por quebra de protocolo por parte do presidente e protestos contra o governo em várias cidades do país. Além de familiares, estiveram na tribuna ao lado de Bolsonaro em Brasília políticos e empresários, como Silvio Santos e Edir Macedo. (07/09)
Foto: Reuters/A. Machado
Morre o ex-ditador Robert Mugabe
O ex-ditador do Zimbábue Robert Mugabe morreu aos 95 anos, quase dois anos após ser forçado a deixar o poder. Ele liderou seu país com mão de ferro por 37 anos. Mugabe chegou a ser um figura internacional popular nos anos 1980 por seu papel na luta pela independência do país, mas o com o tempo seu governo foi marcado pela corrupção generalizada, autoritarismo, crimes e ruína econômica. (06/09)
Foto: Getty Images/AFP/P. Magakoe
A estafa do Brexit
Manifestante pró-UE descansa no gramado diante do Parlamento britânico. Em meio ao caos instalado no Reino Unido, Jo Johnson, irmão do primeiro-ministro Boris Johnson, renuncia como ministro e diz que deixa também seu lugar no Parlamento, alegando conflitos pessoais entre a vida familiar e política. Anúncio ocorre pouco depois de premiê expulsar 21 deputados de seu próprio partido. (05/09)
Foto: picture-alliance/PA Wire/J. Brady
Hong Kong cede à pressão popular
Após três meses de intensos protestos, a chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, anuncia a retirada definitiva do polêmico projeto de lei de extradição que originou a onda de manifestações na região administrativa especial chinesa. Em declaração gravada e exibida pela televisão, Lam anuncia "ações para iniciar um diálogo" com os diversos setores da sociedade. (04/09)
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
À espera do furacão
Abrigo emergencial na Flórida, nos EUA, realiza os últimos preparativos para receber afetados pelo Dorian. Um dos mais poderosos furacões já registrados no Atlântico, a tempestade seguiu rumo ao litoral americano após provocar devastação e enchentes nas Bahamas. As autoridades dos EUA ordenaram que mais de um milhão de pessoas deixem suas casas. (03/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/G. Herbert
Italianos apreendem navio de resgate alemão
Autoridades da Itália apreenderam o navio Eleonore, que pertence à ONG alemã Mission Lifeline. A ação ocorreu pouco depois de a embarcação entrar em águas territoriais italianas para tentar atracar em Pozzallo, na Sicília, com 104 migrantes resgatados no Mediterrâneo. Segundo as autoridades, o navio violou uma proibição de entrar em águas territoriais italianas. (02/09)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Filous
A AfD cresce, mas o centro resiste no Leste da Alemanha
Eleitores dos Estados da Saxônia e de Brandemburgo foram às urnas para escolher seus novos parlamentos locais. Os resultados consolidaram os populistas de direita da Alternativa para a Alemanha (AfD) como a segunda maior força política nos dois Estados. Mas legendas como a CDU de Angela Merkel e o Partido Social-Democrata conseguiram impedir que os populistas terminassem em primeiro lugar. (01/09)