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Falha lançamento de míssil da Coreia do Norte

15 de abril de 2016

Pyongyang tenta sem sucesso lançar foguete de médio alcance, em exercício militar frustrado nas celebrações do aniversário do fundador do país. China não poupa críticas a novo teste.

O aniversário do fundador do país, Kim Il-sung, é fortemente celebrado na Coreia do NorteFoto: picture-alliance/dpa/F. Robichon

A Coreia do Norte tentou sem sucesso realizar o lançamento de um míssil nesta sexta-feira (15/04), para celebrar o 104º aniversário de seu fundador Kim Il-sung (1912-1994), frustrando o regime na data comemorativa mais importante do país. A informação foi dada pelo Exército da Coreia do Sul.

Especialistas acreditam ser um míssil balístico de médio alcance. A tentativa falha implica uma provocação de Pyongyang contra sanções da ONU, além de terem causado um revés constrangedor para o ditador Kim Jong-un e de ter atraído críticas da China, seu maior aliado.

"A Coreia do Norte teria tentado realizar um exercício de lançamento de míssil perto de sua costa leste, nesta manhã, mas aparentemente falhou", comunicou o Estado-Maior do Exército sul-coreano.

O lançamento fracassado, ocorrido no momento em que o país comemora o "Dia do Sol" em homenagem ao nascimento do avô de Kim, Kim Il-sung, vem na sequência do quarto teste nuclear de Pyongyang, em janeiro, e do lançamento de um foguete de longo alcance no mês seguinte, o que acarretou em novas sanções da ONU.

Uma fonte da Defesa dos Estados Unidos, que falou sob a condição de anonimato, indicou que o míssil também foi detectado e seguido pelo centro de comando estratégico americano e que aparentemente a tentativa de lançamento falhou.

O tipo de míssil não foi especificado pelo Exército sul-coreano, mas segundo um responsável militar, citado pela agência de notícias Yonhap, tratava-se de um "Musudan", que tem uma capacidade de alcance de 4 mil quilômetros, pelo que poderia alcançar a Coreia do Sul e o Japão e eventualmente as bases americanas da ilha de Guam, no Pacífico. A Coreia do Norte possui, segundo estimativas de Seul, aproximadamente 50 unidades deste míssil.

Críticas de Pequim

A China, país econômica e diplomaticamente mais próximo da Coreia do Norte, tem expressado revolta com os testes nucleares e lançamentos de foguetes de Pyongyang em meio às sanções da ONU, que Pequim endossou.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, disse que o Conselho de Segurança da ONU foi claro a respeito dos lançamentos de foguetes norte-coreanos.

"No presente, a situação na península é complexa e delicada", afirmou. "Esperamos que todas as partes possam respeitar estritamente as decisões do Conselho de Segurança e evitar tomar quaisquer atitudes que possam agravar as tensões".

A mídia estatal chinesa foi mais direta. "O disparo de um míssil balístico de médio alcance pela República Popular Democrática da Coreia, embora fracassado, marca o lance mais recente de uma série de choques de sabres que, se não pararem, não levarão o país a lugar nenhum", publicou a agência oficial de notícias Xinhua. "Armas nucleares não tornarão Pyongyang mais segura. Pelo contrário, seus empreendimentos militares custosos continuarão sufocando sua economia".

PV/lusa/efe/rtr

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