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CriminalidadeEstados Unidos

FBI investiga ataque a escola nos EUA como ato de terrorismo

28 de agosto de 2025

Polícia de Minneapolis relata mortes de ao menos duas crianças em atentado a escola católica, que deixou 17 feridos. Papa Leão 14 lamenta o ocorrido. País já soma 287 ataques a tiros somente em 2025.

Policiais armados próximo à escola que foi alvo de ataque a tiros em Minneapolis
Atirador disparou contra Igreja ao lado da escola enquanto dezenas de alunos estavam na missaFoto: Tom Baker/AFP

Uma pessoa armada abriu fogo durante uma missa em uma escola católica de Minneapolis, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (27/08), matando duas crianças e ferindo outras 17 antes de tirar a própria vida. O atentado é investigado pelo FBI como um "ato de terrorismo doméstico". 

O chefe de polícia de Minneapolis, Brian O'Hara, disse à imprensa que a atiradora, Robin Westman, de 23 anos, disparou contra a Igreja da Anunciação enquanto dezenas de alunos estavam na missa. A igreja fica ao lado de uma escola na zona sul da cidade.

"Duas crianças, de 8 e 10 anos, foram mortas nos bancos onde estavam sentadas", disse O'Hara. Entre os 17 feridos estavam outras 14 crianças. 

Segundo o chefe de polícia, a suspeita estava armada com um fuzil, uma espingarda e uma pistola. Ela se aproximou da lateral da igreja e disparou dezenas de tiros através das janelas pouco antes das 8h30, no horário local.

A escola foi evacuada e as famílias dos alunos foram posteriormente encaminhadas para uma zona de reunificação.

FBI investiga ato de terrorismo

O diretor do FBI, Kash Patel, disse que a agência está investigando o tiroteio "como um ato de terrorismo doméstico e crime de ódio contra católicos".

O'Hara disse que Robin Westman não tinha um histórico criminal conhecido, agiu sozinha e havia comprado as armas recentemente através de meios legais.

O policial ainda afirmou que as autoridades analisam um vídeo que havia sido programado pela jovem para ser publicado no YouTube. O conteúdo foi removido e está sob análise enquanto os investigadores tentam determinar o motivo do crime. 

Estados Unidos tiveram ao menos 287 ataques a tiros em 2025Foto: Richard Tsong-Taatarii/Star Tribune/AP Photo/picture alliance

Segundo o jornal americano New York Times, Robin publicava nas redes sociais diversos conteúdos sobre armas e violência. Em 2020, ela teve um pedido acatado na justiça para mudar seu nome de Robert para Robin. O juiz afirmou que a requerente "se identifica como mulher e quer que seu nome reflita essa identificação".

O caso levou grupos conservadores a atacarem pessoas transgênero nas redes sociais. O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, condenou qualquer iniciativa de ódio direcionado à comunidade.

Papa lamenta incidente

O papa Leão 14 se disse "profundamente entristecido" pelo atentado. O pontífice americano enviou suas condolências "aos afetados por esta terrível tragédia, especialmente às famílias que agora sofrem com a perda de uma criança".

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse ter sido informado sobre "o trágico tiroteio em Minneapolis". "A Casa Branca continuará monitorando esta terrível situação", escreveu o presidente nas redes sociais. "Por favor, juntem-se a mim nas orações por todos os envolvidos."

O tiroteio ocorreu apenas dois dias após o início das aulas na escola primária, uma unidade particular de ensino com cerca de 395 alunos.

EUA registram 287 ataques a tiros em 2025

O tiroteio foi o mais recente de uma série de incidentes fatais em Minneapolis em menos de 24 horas. Uma pessoa morreu e outras seis ficaram feridas em um tiroteio na tarde de terça-feira. Horas depois, duas pessoas morreram em outros dois tiroteios na cidade. O'Hara disse que o atenado à escola católica não parece estar relacionado a outros episódios de violência recentes.

Apenas neste ano ocorreram nos Estados Unidos ao menos 287 ataques a tiros em massa – definidos como incidentes envolvendo pelo menos quatro vítimas, mortas ou feridas –, de acordo com  a ONG Arquivo de Violência Armada.

Pelo menos 16.700 pessoas foram mortas em atos de violência com armas de fogo nos EUA no ano passado. Esses dados não incluem os suicídios.

rc (AFP, AP)

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