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PolíticaPolônia

Fechado acordo para envio de mil soldados dos EUA à Polônia

15 de agosto de 2020

Parte do contingente designado ao país do Leste Europeu sai da Alemanha, seguindo resolução de Washington anunciada em fins de julho. Para Varsóvia, maior presença militar americana serve sobretudo à dissuasão da Rússia.

Mike Pompeo e Mariusz Blaszczak assinam acordo de cooperação militar
Mike Pompeo (esq.) e Mariusz Blaszczak assinam acordo de cooperação militarFoto: picture-alliance/PAP/P. Supernak

Encerrando seu giro pela Europa Central, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, assinou neste sábado (15/08), em Varsóvia, um acordo para envio de mais mil soldados ao país, juntamente com o ministro da Defesa da Polônia, Mariusz Blaszczak.

Como declarou o presidente polonês, Andrzej Duda, no futuro não só haverá em seu território mais soldados e mais infraestrutura das Forças Armadas dos Estados Unidos, mas "fica também reforçada a garantia de que, em caso de um perigo – seja uma ameaça para a Polônia ou para os EUA –, os nossos soldados estarão ombro a ombro".

Atualmente estão estacionados na Polônia mais de 4.500 americanos, embora sem base militar permanente. Há muito o partido governista Lei e Justiça (PiS) deseja ter mais tropas dos EUA em seu território, sobretudo como meio de dissuasão perante a Rússia, a qual critica o que considera alta presença da Otan no Leste Europeu e em suas fronteiras.

Parte dos americanos mobilizados para a Polônia sairá da Alemanha. Numa decisão criticada tanto na Europa como dentro do Partido Republicano, do Donald Trump, no fim de junho Washington anunciou o plano de retirar 12 mil de seus 36 mil militares estacionados em solo alemão: mais da metade retornará aos EUA, enquanto os demais 5.600 serão transferidos para outras nações europeias, entre as quais a Polônia.

Memória da agressão soviética

O acordo prevê a transferência para a Polônia de parte do quartel-general da 5ª Corporação do Exército americano de Fort Knox, no estado de Kentucky. Em regime de rotatividade, a cada vez 200 militares assumirão um posto avançado no país europeu.

Eles se encarregarão principalmente da cooperação com os parceiros europeus da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), assim como da supervisão das tropas americanas em rotação no continente. Segundo a presidência polonesa, o primeiro contingente da 5ª Corporação já chegarão no terceiro trimestre.

A agenda de Pompeo para o sábado inclui participação nas comemorações do centenário da batalha de Varsóvia, em agosto de 1920. Apelidada "milagre do Vístula", a vitória dos poloneses contra o Exército Vermelho, após quatro meses de luta, significou o fim da guerra entre o país e a União Soviética, desencadeada após o fim da Primeira Guerra Mundial.

Segundo especialistas, a batalha foi historicamente importante não apenas para a Polônia independente, mas para o resto da Europa, pois impediu os soviéticos de levarem a cabo seus planos de revolução mundial.

AV/afp,dpa

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