Paralisação de quatro horas, a partir das 5h desta segunda-feira, atingirá trens em todo o país. Passageiros devem enfrentar atrasos durante todo o dia.
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O Sindicato dos Ferroviários (EVG) da Alemanha anunciou neste domingo (09/12) uma greve de quatro horas que atingirá os trens da Deutsche Bahn (DB), empresa que opera o serviço ferroviário no país, a partir das 5h (horário local) desta segunda-feira. Os impactos da paralisação, porém, serão sentidos durante todo o dia.
A greve afetará todos os tipos de trens de passageiros, de longa e curta distância, além do transporte de carga, em todo o país. O anúncio foi feito após o fracasso de dois meses de negociações entre o EVG e a DB.
A Deutsche Bahn afirmou que a greve é desnecessária e disse que fará tudo para reduzir os impactos da paralisação, que deve atingir milhões de clientes da empresa durante o horário de pico.
O EVG exige um aumento salarial de 7,5% e melhorias nas condições de trabalho e carga horária. A DB ofereceu um aumento de 5,1% e um bônus de 500 euros e se comprometeu a aumentar em 1,1% sua contribuição para a aposentadoria. Diante de um suposto empasse, o sindicato rompeu as negociações e optou pela greve.
"Voltaremos às negociações quando a DB deixar claro que quer negociar seriamente conosco", afirmou o presidente do EVG, Torsten Westphal. O sindicato representa cerca 160 mil ferroviários em toda a Alemanha.
A DB enfrenta atualmente uma falta de funcionários. Devido à escassez de ferroviários e de trens, há constantes atrasos nas viagens. Quase um terço dos trens de longa distância chegam atrasados ao seus destinos.
CN/dpa/rtr
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A companhia ferroviária alemã Deutsche Bahn apresentou oficialmente o ICE 4, novo integrante de sua frota de trens de alta velocidade da série InterCity Express. Ele deverá entrar em circulação em dezembro de 2017.
Foto: Deutsche Bahn/Foto: Detlev Wecke
O rei dos trilhos
O presidente da companhia ferroviária alemã Deutsche Bahn, Rüdiger Grube, apresentou em Berlim o novo carro-chefe da empresa. Segundo a Deutsche Bahn, a marca ICE (InterCity Express) é conhecida por 100% dos alemães. Embora seja responsável por apenas 8 a 10% do faturamento da empresa, o ICE é diretamente associado à imagem da Deutsche Bahn.
Foto: picture-alliance/dpa/B. von Jutrczenka
O novo modelo
A quarta geração do ICE deverá começar a circular em dezembro do ano que vem, após uma fase de testes. Estes testes com o novo ICE 4 (à direita na foto, ao lado do ICE 3) devem começar ainda em 2016. O novo trem tem 346 metros de comprimento e capacidade para 830 passageiros.
Foto: picture-alliance/dpa/B. von Jutrczenka
Opção pelo espaço interno
O espaço entre as poltronas poderia ter sido reduzido, aumentando a capacidade para 1.000 passageiros. Mas a companhia ferroviária optou pelo conforto: há espaço suficiente para as pernas, mais lugar para a bagagem, e também se pensou nos cadeirantes.
Foto: Deutsche Bahn AG
Versátil e econômico
Apesar da possibilidade de instalar tantas poltronas, o trem de 12 módulos é relativamente leve. E o consumo de energia por assento é até 22% menor que o de um ICE da primeira geração. A velocidade máxima é de 250 quilômetros por hora, 50 km/h a menos que o modelo anterior.
Foto: picture-alliance/dpa
TEE, o antecessor
Antes do ICE, existiu o Trans Europ Express (TEE). Este tipo de trem circulou entre 1957 e 1987 entre os países da então Comunidade Econômica Europeia, mais Áustria e Suíça. Ele só tinha vagões de primeira classe. Na foto, o lendário TEE "Rheingold".
Foto: Getty Images/J.Macougall
Atração turística
Assim era o vagão com bar do trem de luxo TEE "Rheingold" na década de 1960. Ainda hoje os fãs do mundo ferroviário podem fazer passeios neste trem e reviver o passado.
Foto: Imago
Trens voadores
Nos anos 1930, para concorrer com automóveis e aviões, a companhia ferroviária Deutsche Reichsbahn apostou nos trens movidos a diesel. Tão velozes que passaram a ser chamados "trens voadores", eles encurtaram de forma significativa as viagens entre cidades. Assim surgiu uma rede de transporte rápido, que serviu de base para o atual ICE.
Foto: Imago/Arkivi
Os primórdios do trem-bala
Já em 1903, um grupo de estudos do transporte rodoviário fazia testes com trens rápidos. Uma automotriz trifásica da Siemens atingiu 210 km/h no trecho de teste em Berlim, mas a tecnologia só seria desenvolvida depois da Primeira Guerra Mundial.
Foto: Siemens AG
Concorrência internacional
O mais rápido dos trens-bala continua sendo o francês TGV (Train à Grande Vitesse, trem de alta velocidade), que circula desde 1981. Sua mais nova versão, o AGV (Automotrice à Grande Vitesse, automotriz de grande velocidade), atingiu 574 km/h em 2007. Normalmente, no entanto, eles andam a no máximo 320 km/h. Trens com a base do TGV circulam na Alemanha, Bélgica, Reino Unido, Suíça e Itália.
Foto: picture-alliance/dpa/C. Sasso
Velaro, sem locomotiva
A Siemens Velaro é uma família de trens de alta velocidade sem locomotiva, mas com a potência de tração distribuída. Há motores sob cada eixo. O mais rápido de todos da série é o Harmony CRH 380A, em circulação na China. Num teste em 2010, ele atingiu 486 km/h. O trem liga Pequim e Xangai com uma velocidade operacional de 380 km/h.
Foto: imago/UPI Photo
Japão, o pioneiro
Mas foi no Japão que o trem-bala circulou primeiro. Quando foi inaugurado, nos Jogos Olímpicos de 1964, o antecessor do Shinkansen já andava regularmente a 210 km/h. Hoje em dia, trens da nova geração, como o da foto, têm uma velocidade operacional de 320 km/h.
Foto: Reuters/Kyodo
Futuro a 1200 km/h
O Hyperloop é um sistema de transporte pneumático que está sendo desenvolvido na Califórnia. Os estreitos vagões do Hyperloop flutuarão sobre um colchão de ar que eles mesmos formam ao se locomoverem em alta velocidade – que pode chegar a 1.225 km/h.