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Festival Beethoven destaca a música da Segunda Escola de Viena

Paulo Chagas19 de setembro de 2003

Realizado em parceria com a Deutsche Welle, o Festival Internacional Beethoven 2003 apresenta 54 concertos, entre os dias 20/09 e 15/10.

Estátua de Beethoven em BonnFoto: Internationales Beethovenfest Bonn

A pré-estréia do festival aconteceu no dia 13 de setembro, com o concerto da Orquestra Nacional da França, regida pelo maestro alemão Kurt Masur. No programa, o concerto para piano nº 4 de Beethoven (solista Louis Lortie) e a Sinfonia nº 3 de Bruckner.

O concerto de abertura (20/9), com a Orquestra Filarmônica de Oslo regida por Manfred Honek, terá a Sinfonia nº 3 (Eróica) de Beethoven e o Concerto de violino de Alban Berg, com o solista Christian Tetzlaff.

A presença de grandes orquestras internacionais é uma das marcas registradas do Festival Beethoven. Além das duas já citadas, se apresentam este ano a Filarmônica Real de Londres, a Concertgebouw de Amsterdã, a Filarmônica de Berlim, e as orquestras de Hamburgo, Bamberg e Bonn.

Dentre os solistas internacionais estão os pianistas Maurizio Pollini (Itália), Maria João Pires (Portugal), Fazil Say (Turquia), Bruno Leonardo Gelber (Argentina), e o conjunto vocal Hiliard Ensemble.

Os quartetos de cordas de Beethoven, obras marcantes da história da música, serão interpretados, entre outros, pelo Quarteto de Leipzig, o New Hellenic Quartet, o Minguet Quartet e o renomado Quarteto Auryn.

Uma longa tradição

O Festival Beethoven de Bonn tem uma longa história. Foi realizado pela primeira vez em 1845, ano em que Beethoven completaria 75 anos. Esta data foi comemorada com a inauguração de uma estátua do compositor, na praça central de Bonn, e um festival de três dias, organizado por Franz Liszt.

Em 1998, o evento foi resgatado com o nome de Festival Internacional Beethoven de Bonn, passando a reunir intérpretes consagrados e jovens talentos na cidade natal de Beethoven.

Em 2003, o tema do festival é a Segunda Escola de Viena, movimento lançado no início do século 20 e que revolucionou a música erudita. Seus principais representantes são o compositor austríaco Arnold Schoenberg e seus alunos Alban Berg e Anton Webern.

A idéia do Festival é mostrar os vínculos entre esta Segunda e a Primeira escola de Viena, que é justamente a música do período clássico, de Haydn, Mozart e Beethoven.

A música de Beethoven serviu de modelo para a composição de obras contemporâneas, que o Festival encomendou a vários compositores, entre eles o alemão Aribert Reimann e o austríaco Róbert Wittinger.

O Festival encerra-se no dia 15/09 apresentando duas obras emblemáticas da música européia: O Sobrevivente de Varsóvia, para narrador e orquestra, de Schoenberg, e a Nona Sinfonia de Beethoven. Schoenberg relata os horrores do massacre de judeu no Gueto de Varsóvia, durante a Segunda Guerra Mundial. Beethoven cristalizou o otimismo na Ode à Alegria, do último movimento de sua monumental sinfonia.

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