Cinema
2 de setembro de 2010A edição de 2010 do Festival Internacional de Cinema de Veneza apresenta 24 filmes na concorrência, nem todos de diretores conhecidos do grande público. Do alemão Tom Tykwer, o festival traz Drei (Três), drama que gira em torno de um relacionamento de casal.
As expectativas em relação a Veneza concentram-se também em torno do último filme de Sofia Coppola e de Darren Aronofsky, vencedor há dois ano do Leão de Ouro no mesmo festival.
A presença de Monte Hellmann, de 78 anos, também na mostra competitiva, é um tributo do festival ao diretor norte-americano, nome lendário do cinema independente norte-americano. Seus The Shooting (1967) e Two Lane-Blacktop (1971) são considerados verdadeiras pérolas do independent film produzido fora do domínio hollywoodiano.
Italianos em destaque
Críticos italianos já etiquetaram essa 67ª versão do Festival de Veneza como um páreo entre produções italianas e norte-americanas. O cinema do país anfitrião está muito bem representado na mostra competitiva, com a presença de diretores jovens e ainda pouco conhecidos, como Ascanio Celestini, Saverio Costanzo e Mario Martone.
Outro longa que deve chamar a atenção no festival é Miral, do artista e realizador Julian Schnabel, autor de O Escafandro e a Borboleta (2007) e de Berlin (2007), com o cantor Lou Reed. O francês François Ozon, o japonês Takashi Miike e o chinês Hark Tsui são outros nomes conhecidos na mostra competitiva.
Mostras paralelas
Entre as produções alemãs presentes nas mostras paralelas destaca-se Atom, de Markus Löffler e Andrée Korpys, que mistura imagens documentais e encenadas para falar dos protestos antinucleares na Alemanha.
Fora da competição será exibido Lope, uma coprodução entre Brasil e Espanha, dirigida por Andrucha Waddington, centrada na vida do poeta e dramaturgo espanhol Félix Lope de Vega (1562-1635), dividido entre o amor de duas mulheres. O ciclo Horizontes inclui O mundo é belo, de Luiz Pretti, um curta-metragem brasileiro de nove minutos.
A retrospectiva do Festival de Veneza rastreia este ano a comédia italiana entre os anos de 1920 e 1988.
SV/dw/dpa/ap
Revisão: Roselaine Wandscheer