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Festival em Colônia abre espaço para estrelas e novos nomes da música

Suzanne Cords (mas)20 de agosto de 2014

Festival c/o Pop apresenta para o público da cidade alemã nomes consagrados e novidades do mundo da música. Para seu diretor, Norbert Oberhaus, evento é uma oportunidade para fãs descobrirem novos artistas e bandas.

A americana Kelis é uma das grandes atrações do festivalFoto: Estevan Oriol / c/o pop

Há 11 anos o c/o Pop (abreviação para Pop em Colônia) transforma, por alguns dias, a cidade às margens do Reno no centro da música pop na Alemanha. Uma das características do evento é levar uma grande variedade de música, vinda de todo o mundo, para diversos clubes e locações espalhados por Colônia.

No ano passado, o c/o Pop teve um público de cerca de 30 mil espectadores. Na edição deste ano, os organizadores esperam a mesma presença para celebrar grandes e desconhecidos nomes da música pop.

A DW conversou com Norbert Oberhaus, diretor e um dos idealizadores do c/o Pop e com Manuel Schottmüller, responsável pela programação desse ano do festival.

Manuel Schottmüller e Norbert Oberhaus estão sempre em busca de novidadesFoto: DW/S. Cords

DW: Essa é a 11º edição do c/o Pop. O festival foi criado como uma resposta ao fato de a feira de música Popkomm ter se mudado para Berlim em 2004?

Norbert Oberhaus: Não foi apenas a Popkomm, mas também o canal de televisão Viva, a revista Spex e muitos outros que não puderam escapar e também se mudaram para Berlim. Eu e alguns colegas não queríamos nos mudar. Foi uma espécie de desafio, ou até mesmo de patriotismo. Queríamos ficar em Colônia e preencher a lacuna deixada pela Popkomm, que na época já estava em declínio. No primeiro ano, chamamos o c/o Pop de um "festival de cultura pop eletrônica", simplesmente para ressaltar a força e a tradição da música eletrônica aqui em Colônia.

Mas a música eletrônica não é mais o único estilo no programa do festival. Você trouxe uma variedade de artistas para o c/o Pop.

NO: Sim, desde o começo tínhamos bandas de rock ou indie no programa, como Franz Ferdinand e Maximo Park. Desde então, nós aderimos rapidamente a outros estilos de musicais.

Você também descobriu muitos artistas que hoje são estrelas.

NO: Sim, o Jan Delay, por exemplo. Ele tocou no festival em 2005, logo depois de ele ter deixado a banda de hip hop Absolute Beginner e ter começado seu projeto solo, antes de ter se tornado uma grande estrela. No primeiro ano, os franceses do Phoenix tocaram para um público de entre 100 e 200 pessoas. Um ou dois anos depois, eles lotavam grandes casas de show. Somos conhecidos como um festival que gosta de descobrir bandas novas. Sempre tivemos o compromisso de dar espaço para jovens artistas e para a música alemã. Por outro lado, queremos também trazer grandes nomes, como Kelis, que está no programa deste ano.

c/o Pop acontece em diversas locações espalhadas por ColôniaFoto: c/o pop / Tobias Vollmer

Como é feita a programação do c/o Pop e o quão internacional é o festival?

Manuel Schottmüller: Ele sempre foi internacional, mas essa não é a premissa do festival, e sim seu caráter inovador. É claro que sempre observamos o que está acontecendo na cena musical, para onde as tendências apontam. Em relação à programação do c/o Pop, sempre foi importante mostrar a vanguarda de certas cenas. Quando olhamos o programa deste ano, eu acredito que encontramos artistas que vão nessa direção, como o Mount Kimbie, um dos precursores da nova cena dub na Inglaterra, ou a americana Kelis, que com seu último álbum foi completamente em uma nova direção.

O caráter inovador pode vir de uma banda de Colônia como o Annenmaykantereit, mas também dos ingleses do Elbow, que ganharam atenção do público internacional com uma incrível apresentação no encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres. Essa posição de pioneirismo é o fio condutor da programação. As pessoas podem dizer que temos bandas como o Ton Steine Scherben no programa, uma banda que existe desde os anos 1970. Mas eles são velhos heróis, que tiveram momentos de incrível inovação em seu tempo.

O que está por trás do programa "Chic Belgique"?

MS:Esse programa acontece no bairro belga aqui de Colônia, onde várias lojas e galerias vão promover shows gratuitos. O ponto principal é a divulgação de bandas de Colônia e da região.

Festival é leva novos e consagrados artistas aos palcos da cidade

NO: Nós queríamos simplesmente fazer diferente dos outros festivais, onde as bandas tocam ao meio-dia em um clube escuro, onde ninguém entra. O formato do programa "Chic Belgique" foi deliberadamente escolhido. Vamos até um bairro da cidade, onde o público passa de qualquer maneira, onde transitam jovens fãs de música e apresentamos essas novas bandas. Você pode ouvir música e comprar sua camiseta.

Para você, qual é o lema do c/o Pop?

NO: Acredito que é sempre um desafio encontrar novidades. Em Colônia, muitas coisas mudaram nesses 11 anos, especialmente em relação aos espaços para shows, muitos foram fechados, reformados ou demolidos. Os que tivemos que fazer foi, basicamente, nos adaptar as novas circunstâncias. Acredito que isso nos tornou flexíveis.

MS:Isso é o que você encontra no programa. Reinvenção significa também que você pode sempre descobrir algo novo de novo, e é isso que as pessoas podem fazer aqui. Você pode ver shows de grandes nomes como Kelis, onde se espera certa sonoridade, mas você também pode ver uma banda como Adult Jazz e ouvir algo que quase ninguém conhece. Acredito que por isso o c/o Pop é tão bem sucedido e atrai tanta gente.

Vocês já têm alguma dica secreta de artistas pouco conhecidos que em um futuro próximo estarão tocando em grandes palcos?

NO: Pessoalmente, eu acredito muito no Adult Jazz. É uma banda que, pelo seu carisma e som, em dois ou três anos estará tocando nos grandes palcos.

MS:Minha dica secreta é definitivamente o Adult Jazz. Essa banda assinou um contrato com o empresário da Adele, o que não é nada mal, e talvez em alguns anos eles cheguem ao topo.

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