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Fidel Castro sobrevive ao boicote mundial

(ef)13 de agosto de 2002

Fidel Castro completa 76 anos de idade, neste 13 de agosto, firme no poder, apesar do boicote internacional liderado pelos EUA e de mais de 600 tentativas de morte.

Presidente cubano chega a 76 anos de idade, tendo sobrevivido a nove colegas americanosFoto: AP

Fidel Castro sobreviveu a nove presidentes dos Estados Unidos e a mais de 600 tentativas de morte desde que conseguira, com o seu companheiro de combate Ernesto Che Guevara, a vitória militar decisiva sobre o ditador Fulgêncio Batista, em 26 de dezembro de 1958. O líder revolucionário poderia ter mudado o rumo da história, se no seu tempo de estudante de Direito e de jogador de beisebol tivesse aceitado um contrato com o clube New York Giants.

Os aliados americanos na União Européia oscilam entre o boicote internacional e seus interesses em bons negócios com ou em Cuba. Com a publicação de diretrizes de sua política para ilha, no contexto de uma posição conjunta dos 15 países-membros, em 1996, a UE destacou a sua disposição de apoiar uma mudança pacífica em Cuba.

O órgão executivo da comunidade, a Comissão Européia, baixou mais tarde um regulamento para impedir efeitos extra-territoriais da chamada Lei Helms-Burton dos EUA, destinada a pressionar terceiros países e firmas internacionais baseadas em Cuba ou que viessem a fazer negócios com a ilha-país.

Cúpula euro-caribenha

O não comparecimento do presidente cubano à conferência de cúpula da UE com a América Latina e o Caribe, em maio de 2002, evidenciou que as relações euro-cubanas não evoluíram como os otimistas poderiam esperar depois que Bruxelas se opôs à investida americana para dissuadir firmas estrangeiras a não fazer negócios com Cuba. O vice-presidente cubano Carlos Lage representou o velho revolucionário, que sempre é a maior estrela dos encontros internacionais, seja trajando seu tradicionial uniforme militar ou um elegante terno.

Negócios alemães

Da Alemanha seguiram duas delegações oficiais para Cuba, nos últimos dois anos. A primeira, com um número considerável de empresários, foi chefiada pelo então presidente da poderosa Federação das Indústrias Alemãs (BDI), Hans-Olaf Henkel. O chefe da última missão oficial alemã a Cuba foi o próprio ministro da Economia, Werner Müller, o único sem partido do gabinete social-democrata e verde.

Ambas delegações falaram de grande potencial e de recuperação da economia cubana, mas suas palavras não foram seguidas de medidas concretas para um engajamento maior do empresariado alemão em Cuba. Entre os parceiros comerciais de Cuba, a Alemanha situa-se apenas em décimo lugar. No ano 2000, as exportações de Cuba para a Alemanha renderam US$ 48,1 milhões e as importações US$ 64,5 milhões.

Nas colheitas de cana-de-açúcar, o principal produto de Cuba, a maior parte das velhas máquinas têm motor da Mercedes Benz. A firma alemã vendeu mais de 13 mil motores para a ilha desde que abriu uma representação em Cuba, em 1996.

Abstraindo-se o caso da Mercedez Benz, o empresariado alemão continua sub-representado na ilha comunista, que abriu a economia para o capital estrangeiro no início dos anos 90. Das mais de 400 firmas cubanas com participação estrangeira apenas oito têm um parceiro alemão. O líder no ranking é a Espanha com 104 firmas, seguida pelo Canadá e a Itália.

Ajuda dos exilados

A sobrevivência psíquica de Fidel Castro, depois de escapar de centenas de atentados e tentativas de morte, evidenciam a sua capacidade de resistência, reconhecida até pelos seus inimigos. A maior parte destes está a alguns quilômetros de Havana, na Flórida, e são exatamente os dólares dos exilados cubanos que garantem a sobrevivência de Cuba e também a sobrevivência política de Fidel castro.

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