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Fifa vai monitorar condições de trabalho no Catar

22 de abril de 2016

Presidente da entidade, Gianni Infantino, divulga plano de criação de uma comissão independente de fiscalização das obras nos estádios da Copa de 2002. Ele garante que país será sede do Mundial, apesar de acusações.

Operários estrangeiros trabalham em obra em estádio de futebol da Copa do Mundo de 2022, no Catar
Foto: picture-alliance/dpa

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou nesta sexta-feira (22/04) que uma nova comissão independente será criada para monitorar as condições de trabalho dos operários nos estádios da Copa do Mundo do Catar, que será realizada em 2022.

Em sua primeira visita a Doha como o chefe da entidade máxima do futebol mundial, Infantino afirmou estar confiante de que as obras estão "no caminho certo", depois de uma série de supostas violações de direitos humanos durante a fase de construção das instalações do torneio.

"Nós não vamos apenas ficar sentados e esperar", disse. "A Fifa intensificará seus esforços na supervisão, a fim de assegurar a proteção dos direitos dos trabalhadores na construção dos locais da Copa do Mundo. A Fifa não é uma agência mundial de caridade, nosso trabalho é governar o futebol, mas é claro que estamos cientes de nossas responsabilidades."

O presidente da Fifa afirmou que a proposta foi bem recebidas pelas "mais altas autoridades do Catar". Segundo Infantino, o órgão de supervisão será conduzido pela Fifa, mas contará com a participação de membros da sociedade civil. Ainda não está claro quando o comitê será colocado em prática.

Questionado se o Estado do Golfo seguirá como país-sede da Copa do Mundo de 2022, apesar das alegações de abuso de trabalho e de corrupção, Infantino foi enfático: "É claro que o Mundial de 2022 será realizado no Catar".

Em março, a entidade de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) exigiu que a Fifa interceda no Catar para possibilitar melhoria das condições de trabalho nas obras para a Copa de 2022.

PV/afp/ots

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