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Figueiredo defende diálogo para resolução da crise na Crimeia

19 de março de 2014

Em Paris, chanceler diz que Ucrânia é um país amigo do Brasil e pede respeito ao povo e à vontade dos ucranianos. Ministro francês reforça posição das potências ocidentais de que referendo foi ilegal.

Foto: ABR/Antonio Cruz

Os ministros brasileiro e francês das Relações Exteriores defenderam nesta quarta-feira (19/03) que a solução para a crise na Crimeia deve passar pela negociação e que os países envolvidos no conflito devem agir com moderação.

Presente em Paris para debater temas da agenda comum com o ministro Laurent Fabius, o chanceler Luiz Alberto Figueiredo defendeu uma solução negociada para o conflito. "Os ucranianos devem falar entre eles para resolver a situação. Todas as partes devem agir com moderação e esperamos que a negociação seja a solução para esta crise", disse.

"A Ucrânia é um país amigo do Brasil, estamos seguindo [a situação] com muita atenção e apoiamos todos os esforços do secretário-geral das Nações Unidas para negociar o problema", garantiu Figueiredo. Ele disse que o Brasil defende uma solução entre todos, num quadro de respeito ao povo e à vontade dos ucranianos.

Fabius, por sua vez, sublinhou que "França e Brasil têm a mesma posição em relação à situação na Ucrânia" e que a França pretende "que o diálogo se possa instalar entre os russos, os ucranianos e os outros países". Ele acrescentou, porém, que "é claro que o referendo foi concretizado em contradição com a Constituição ucraniana e as regras internacionais", uma posição compartilhada por todas as potências ocidentais.

O ministro francês afirmou também que a França propõe o envio de observadores internacionais para a Ucrânia e apela a um acordo entre ambas as partes para que não sejam utilizadas forças militares.

AS/lusa

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