Filarmônica de Berlim posterga escolha de sucessor de Rattle
12 de maio de 2015
Reunidos por quase 12 horas, músicos não conseguem chegar a um acordo sobre o novo regente da orquestra e escolha é adiada para daqui a um ano.
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Os 124 músicos da Filarmônica de Berlim não conseguiram chegar a um acordo sobre o melhor candidato à sucessão do maestro Simon Rattle à frente da orquestra. Com isso, a decisão foi adiada em um ano, anunciou o presidente da Filarmônica, Peter Riegelbauer, nesta segunda-feira (11/05).
O anúncio de que não havia consenso foi feito por volta das 21h30 (horário de Berlim), depois de quase 12 horas de debates a portas fechadas. Inicialmente estava previsto que o nome do sucessor de Rattle, que tem contrato até 2018, seria anunciado por volta das 14h.
Riegelbauer adiantou que os músicos voltarão a se reunir daqui a um ano para uma nova votação e que, até lá, eles poderão continuar o debate interno sobre o melhor nome para suceder Rattle.
A reunião para decidir o novo regente começou às 10h e aconteceu na Igreja de Jesus Cristo, no bairro berlinense de Dahlem, local também usado como estúdio de gravação devido à sua boa acústica. Os músicos tiveram de entregar os celulares antes de entrar no local.
O processo de eleição direta dá total liberdade a todos os 124 músicos, assegurou Riegelbauer. Segundo ele, foram realizadas várias votações, mas em nenhuma chegou-se a um resultado concreto. As regras da orquestra definem que haja uma clara maioria a favor de um regente.
O processo, semelhante à eleição de um novo papa por causa do clima de segredo que o envolve, foi acompanhado com interesse por fãs de música em todo o mundo. A Filarmônica de Berlim é a única das grandes orquestras que escolhe seu dirigente por meio de votação entre os músicos.
Entre os nomes mais cotados para suceder Rattle estão o letão Andris Nelsons, atual diretor da Orquestra Sinfônica de Boston, o venezuelano Gustavo Dudamel, que dirige a Filarmônica de Los Angeles, e o alemão Christian Thielemann, diretor da Staatskapelle de Dresden.
AS/efe/dpa
Baile da Ópera de Viena faz 200 anos
Com valsa e VIPs, o megaevento social sacode a capital austríaca na época do Carnaval desde 1815. O mais glamoroso baile do mundo é até reproduzido em outras metrópoles, mas seu charme vienense segue inimitável.
Foto: Getty Images/Sean Gallup
Ver e ser visto
Já diante da entrada para a Ópera Nacional de Viena, os convidados se acotovelam, competindo pelos flashes dos fotógrafos à espera. Além de astros internacionais do mundo da ópera, reúnem-se ali personalidades da cultura, empresários, políticos nacionais e estrangeiros, entre outros. No afã de participar do mais famoso baile do mundo, eles lhe conferem seu charme todo especial.
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Brilho emprestado
A cada ano o empresário Richard Lugner toma emprestado um pouco do brilho das estrelas que recebe em seu camarote. Da atriz Pamela Anderson à cantora Kim Kardashian (foto), suas espalhafatosas convidadas têm causado furor entre a sociedade vienense. Neste ano as coisas prometem estar mais calmas: a acompanhante do octogenário é a atriz italiana Elisabetta Canalis, ex-namorada de George Clooney.
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Escandalosas, adeus
A decisão vem a calhar para os organizadores do evento internacional, que há já algum tempo tentam livrá-lo da aura de escândalo. Atraindo até 12 mil frequentadores, o Baile da Ópera de Viena é de grande importância publicitária para o turismo da Áustria e sua capital. Em 2015, são esperados 4.700 convidados, a metade vinda do exterior.
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Tradição de 200 anos
Enquanto na região renana da Alemanha os foliões se balançam nas cervejarias, em Viena os pares rodopiam ao som da valsa. O baile se realiza na quinta-feira que abre o Fasching, o carnaval vienense. A tradição remonta aos tempos do Congresso de Viena, em 1814-15. Para homenagear os representantes de todas as potências europeias presentes, os artistas da Ópera da Corte organizaram eventos de dança.
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O mundo visto do alto
Os cobiçados e prestigiosos camarotes na plateia ou nos balcões são alugados por patrocinadores da Ópera de Viena ou por habitués de longa data, por um mínimo de 36.800 euros ao ano. Para quem achar o preço excessivo, os camarotes nas laterais do palco estão disponíveis pela bagatela de 16 mil euros.
Foto: Getty Images/Sean Gallup
Sequência bem ensaiada
A cerimônia de abertura é legendária. Todos os olhos se fixam nos vestidos brancos das debutantes, enquanto 180 pares austríacos e estrangeiros dançam uma valsa vienense especialmente ensaiada para a ocasião. Cada ano uma escola de dança diferente se encarrega da coreografia. A apresentação do corpo de baile da Ópera é o ponto alto, antes de a pista ser aberta a todos.
Foto: Getty Images/Sean Gallup
Charme de exportação
Quem diria: ares vienenses em Dubai, Nova York ou Kuala Lumpur. Também nessas e outras metrópoles realizam-se bailes da ópera. Porém mesmo em Viena ocorrem na mesma noite eventos de dança alternativos. No Baile das Rosas de Viena, por exemplo, são os gays a trajar os vestidos de gala.