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Fillon é indiciado por desvio de recursos públicos

14 de março de 2017

Antes favorito e já em queda nas pesquisas, candidato conservador a presidente da França vê suas chances diminuírem ao ser formalmente acusado de dar empregos fictícios à mulher e filhos na Assembleia Nacional.

Fillon deve se apresentar à Justiça francesa nesta quarta-feiraFoto: Getty Images/AFP/F. Nascimbeni

O candidato conservador à presidência francesa, François Fillon, foi formalmente acusado de desvio de recursos públicos, revelou nesta terça-feira (14/03) a revista Le Canard Enchainé. A informação foi confirmada pelos advogados do político.

A acusação de que Fillon empregou a mulher e filhos por trabalhos que nunca desempenharam no serviço público francês esvaziam as chances do candidato, que chegou a ser favorito nas pesquisas, ganhar as eleições marcadas entre abril e maio.

Segundo o caso revelado pelo Le Canard Enchainé em janeiro, Penelope Fillon foi contratada em empregos fictícios na Assembleia Nacional francesa pelo marido e também pelo deputado Marc Joulaud entre 1998 e 2013, sendo remunerada com dinheiro público.

Penelope também nega que tenha sido fictício o emprego de colaboradora literária que teve na publicação La Revue des Deux Mondes, propriedade de um milionário amigo do marido.

Dois filhos de Fillon também teriam sido contratados como assistentes parlamentares quando era ele deputado na Assembleia Nacional.

Entre as acusações apresentadas pelo Ministério Público francês, estão o uso impróprio de recursos públicos e falsa declaração de rendimentos. Fillon tem negado as acusações e seguido com a campanha eleitoral. Ele deve se apresentar à Justiça nesta quarta-feira para prestar depoimento. 

Nesta segunda, Fillon alegou ser vítima de uma "instrumentalização" da Justiça ao afirmar que não vai renunciar, mesmo que seja indiciado. "É por razão das minhas posições econômicas, em razão das posições conservadoras que pude adotar em um certo número de questões sociais?", questionou.

Uma pesquisa de intenção de voto divulgada na semana passada apontou o ex-ministro da Economia e dissidente do Partido Socialista Emmanuel Macron como favorito para vencer o primeiro turno das eleições presidenciais na França, marcado para o dia 23 de abril, com 26% dos votos. A candidata populista de direita Marie Le Pen aparece logo atrás, com 25%.

KG/ap/efe

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