Produzido em parceria com a ONU, Relatório Mundial da Felicidade avaliou 156 países pelo nível de felicidade de seus cidadãos. Nórdicos lideram o ranking em 2018. Brasil cai seis posições e fica em 28º lugar.
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As pessoas mais felizes do mundo vivem em países nórdicos, apontou o Relatório Mundial da Felicidade de 2018, divulgado nesta quarta-feira (14/03) no Vaticano. A Finlândia aparece em primeiro lugar no ranking, seguida de Noruega e Dinamarca. O Brasil ficou na 28ª posição.
O relatório classificou 156 países pelo nível de felicidade de seus cidadãos, levando em conta dados obtidos entre 2015 e 2017. Neste ano, foi divulgado também um ranking que avalia 117 países pela felicidade de seus imigrantes, a partir de dados levantados entre 2005 e 2017.
Atrás da Finlândia, Noruega e Dinamarca, completam a lista de dez países mais felizes Islândia, Suíça, Holanda, Canadá, Nova Zelândia, Suécia e Austrália. Apesar de algumas trocas de posições, o top 10 é composto pelos mesmos Estados há dois anos. Em 2017, a Noruega aparecia em primeiro, e a Finlândia, em quinto. Em 2016, era a Dinamarca a primeira colocada.
O Brasil caiu da posição 22 no ranking do ano passado para a 28ª, figurando como o quarto país mais feliz da América Latina. A Costa Rica é o primeiro, em 13º lugar na classificação geral – à frente de uma série de países europeus e dos Estados Unidos (18).
Em seguida na lista latino-americana aparecem o México, em 24º, e o Chile, em 25º. A Argentina ficou logo atrás do Brasil, em 29º. O pior classificado no continente foi a Venezuela, em 102º.
A Alemanha subiu uma posição em comparação com o ano passado, ficando em 15º lugar, atrás da Irlanda e à frente da Bélgica. Outros países europeus tiveram desempenho pior que o alemão, como o Reino Unido, na 19ª colocação, a França, na 23ª, e a Espanha, na 36ª.
Em último lugar está Burundi, logo atrás de República Centro-Africana, Sudão do Sul, Tanzânia, Iêmen, Ruanda, Síria, Libéria, Haiti e Malawi. A maioria dos 30 países pior classificados fica na África.
Em 2018, pela primeira vez, o Relatório Mundial da Felicidade avaliou a situação dos imigrantes – e é também na Finlândia onde eles são mais felizes. Segundo o levantamento, o índice leva em conta a abertura com que a sociedade os acolhe, mas também a situação de sua família em seus países de origem.
"O resultado mais impressionante é a coincidência entre a felicidade dos imigrantes e dos nativos", afirmou John Helliwell, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. "Ganham os que se mudam para um país mais feliz, e perdem aqueles que se mudam para um país menos feliz."
O pesquisador destacou ainda que os cinco países mais felizes do mundo na classificação geral têm uma grande proporção de imigrantes, acima de 14% e bem maior do que a média mundial.
O Relatório Mundial da Felicidade é produzido desde 2012 com o apoio da ONU. Ele leva em consideração o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, a expectativa média de vida, a percepção de apoio recebido no próprio ambiente social e a percepção de confiança no governo e nas empresas em relação à corrupção.
O levantamento considera ainda a percepção dos cidadãos quanto à liberdade de tomar decisões próprias para influenciar suas vidas e a generosidade das pessoas em relação a doações. Fatores negativos, como preocupação, tristeza e raiva também desempenham um papel no estudo.
EK/dpa/ap/rtr/efe/ots
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Onde se é mais feliz na Alemanha?
Atlas da Felicidade mostra que especialmente os alemães no leste do país vêm demonstrando aumento nos níveis de satisfação, equiparando-se aos estados no oeste. Saiba onde vivem os alemães mais felizes.
Foto: picture-alliance/dpa/C. Rehder
Alemães continuam felizes
Pela sétima vez desde 2013, os Correios da Alemanha publicaram o Atlas da Felicidade, ou Glücksatlas, que mede a satisfação de vida dos alemães numa escala de 0 a 10. A satisfação geral alcançou 7,07 pontos - uma leve baixa em comparação com o nível de 2016 (7,11 pontos). Na comparação com outros países da Europa, a Alemanha continua em nono lugar. Na foto, a palavra "Glück", ou "felicidade".
Foto: picture-alliance/dpa
Economia, garantia de felicidade?
A economia registra bom desempenho na Alemanha, e o bem-estar dos cidadãos cresce. Mas, segundo jornais como o "Die Welt", ter sempre mais não é garantia de felicidade. "Os 7,07 pontos são até uma leve piora em relação a 2016. A Alemanha pode ser o motor econômico e a máquina de bem-estar da Europa, mas a satisfação subjetiva dos cidadãos não melhorou por causa disso", diz o jornal.
Foto: Verlagsgruppe Random House GmbH
Os mais insatisfeitos
O estado de Saxônia-Anhalt, onde fica a cidade natal de Martinho Lutero, Eisleben (foto), foi o pior colocado das 19 regiões avaliadas pelo Atlas. A pesquisa levou em consideração critérios como trabalho, renda e saúde. Na Saxônia-Anhalt, os indicadores para a insatisfação citados pelos entrevistados foram o alto nível de desemprego e de pessoas necessitando de cuidados de enfermagem.
Foto: picture-alliance/dpa/H. Schmidt
Leste alemão fica mais feliz
Em geral, as regiões da antiga Alemanha Oriental comunista registraram aumento nos níveis de felicidade e chegaram mais perto dos estados da antiga Alemanha Ocidental - que costumam ser avaliados como mais felizes. Os alemães do oeste tiveram queda na satisfação: 7,11 pontos (em 2016, foram 7,16 pontos). Na foto, a cidade de Dresden.
Foto: picture-alliance/CHROMORANGE/U. Gnoth
Felicidade no sul e no norte
Regiões no sul e no norte da Alemanha foram as que registraram a maior pontuação no Atlas da Felicidade. O terceiro lugar ficou com o território histórico de Baden. Na foto, o palácio de Karlsruhe, fundado em 1715. A cidade ficou conhecida por ter sido capital do território de Baden e pela sua arquitetura barroca.
Foto: picture alliance/dpa/U. Deck
Sustentabilidade traz felicidade
A pesquisa do Atlas da Felicidade ouviu quase 5.700 pessoas durante o verão europeu. A consulta foi ligada a outra sobre o estilo de vida sustentável, que entrevistou mil pessoas. Na Alemanha, as pessoas se mostram mais felizes quando podem se engajar em causas sociais e ecológicas. Mas muitos rejeitam mudanças na qualidade de vida: apenas 14% pagariam mais caro por produtos recicláveis.
Foto: imago/Eibner
Maior salto
A cidade-estado de Hamburgo alcançou a segunda colocação no Atlas da Felicidade de 2017. Foi o maior salto de satisfação em comparação com 2016: quatro posições. A satisfação dos hamburgueses aumentou 0,08 ponto para 7,28, um resultado que não foi suficiente para chegar aos 7,43 pontos registrados pelo primeiro colocado.
Foto: Mohammad Nassiri
Pentacampeão
É a quinta vez que o estado alemão de Schleswig-Holstein ocupa o primeiro lugar na pesquisa da Deutsche Post. A região mais ao norte na Alemanha tem as pessoas mais felizes do país. O estado, que fica entre o Mar do Norte e o Mar Báltico e cuja capital é Kiel, contraria o clichê do "nortenho ranzinza".
Foto: picture-alliance/dpa/A. Heimken
Felicidade contagia
A felicidade dos habitantes de Schleswig-Holstein também é explicada pelo governo do estado, que diz que a satisfação na região pode ser evidenciada com a "mentalidade do norte da Alemanha e pela proximidade com a Dinamarca, onde vivem as pessoas mais felizes da Europa". Completam o top 5 do Atlas: Hamburgo, Baden, Hessen, Francônia e a região sul da Baviera.