Finlândia terá chefe de governo mais jovem do mundo
9 de dezembro de 2019
Sanna Marin, de 34 anos, compõe coalizão com outras quatro líderes mulheres, três delas com menos de 35 anos. Seu nome deve ser confirmado pelo Parlamento após aliança governista perder confiança no atual premiê.
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A Finlândia terá a chefe de governo mais jovem do mundo. Sanna Marin, de 34 anos, que foi indicada para o cargo neste domingo (08/12), superou em idade o primeiro-ministro ucraniano, Oleksiy Honcharuk, de 35. Ela não é a única integrante do novo governo a ter idade bem abaixo da média dos políticos tradicionais.
A futura premiê, do Partido Social-Democrata, deverá encabeçar uma coalizão de cinco partidos, todos liderados por mulheres, sendo que quatro delas têm idade pouco acima dos 30. Parlamentar desde 2015, Marin é a vice-líder do partido e foi ministra dos Transportes e das Comunicações no governo que está de saída.
O atual primeiro-ministro, Antti Rinne, líder da legenda social-democrata, anunciou sua renúncia na semana passada, após um dos parceiros na coalizão governista, o Partido do Centro, remover seu apoio ao chefe de governo, alegando falta de confiança.
A sigla centrista havia criticado a liderança de Rinne diante de uma greve dos correios ocorrida em novembro, que durou duas semanas e se espalhou para outros setores.
A renúncia de Rinne se seguiu à ruptura da aliança entre os dois partidos e outras legendas menores: os Verdes, a Aliança de Esquerda e o liberal Partido Popular Sueco da Finlândia.
No domingo, porém, os mesmos partidos disseram que estão comprometidos com o programa de governo acordado após as eleições de abril e que apoiarão o governo de Marin. Os governistas possuem uma confortável maioria de 117 cadeiras no Parlamento finlandês.
Além de Marin, as líderes das legendas da coalizão são Katri Kulmuni (32 anos), do Partido do Centro; Li Andersson (32), da Aliança de Esquerda; Maria Ohisalo (34); dos Verdes, e a mais velha delas, Anna-Maja Henriksson (55), do Partido Popular Sueco da Finlândia.
Ohisalo permanecerá como ministra do Interior, enquanto Andersson assumirá a pasta da Educação, Kulmuni, a da Economia, e Henriksson voltará ao Ministério da Justiça. As demais posições no governo deverão ser mantidas. Antti Rinne deve permanecer como líder do Partido Social-Democrata até a convenção do partido em junho.
Os parlamentares devem aprovar sem sobressaltos a indicação de Marin e a composição do novo governo, para que ela possa representar o país na cúpula da União Europeia (UE) nos dias 11 e 12 de dezembro, em Bruxelas. A Finlândia exerce a presidência rotatória da UE até o final do ano.
Assim com a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern – que também tem menos de 40 anos –, Marion se tornou mãe há pouco tempo, ao dar luz à filha Emma no ano passado.
Ela foi criada apenas pela mãe, e recentemente contou a uma emissora finlandesa que sentia discriminação pelo fato de a mãe manter um relacionamento com outra mulher.
Você sabia que "Ísland" significa "terra do gelo" e Irlanda ("Éire" em irlandês) remonta a uma deusa da fertilidade, o que faz do país "um lugar fértil"? Conheça a origem da denominação de Estados do Velho Continente.
Foto: picture-alliance/dpa/H. Galuschka
Portugal vem de "Portus Cale"
Muitos dos nomes de países europeus tiveram origem na Antiguidade romana, como Portugal, que remonta à atual cidade do Porto (foto). No tempo dos romanos, ela se chamava "Portus Cale" e se localizava na Galécia, território que hoje corresponde à Galícia e ao norte de Portugal. Mais tarde, essa última região passou a ser denominada Condado Portucalense e deu origem ao Reino de Portugal.
Foto: picture-alliance/dpa/H. Galuschka
Galo, Gália, França
Os francos eram uma tribo germânica que, com a decadência do Império Romano, passou a ocupar lentamente a província da "Gallia Belgica". Entre os séculos 5° e 6°, fundou-se o Reino dos Francos, dando origem à atual França. Já a Gália designava uma região ocupada pelos celtas ("galli", em latim). A palavra também se refere ao galo, o que explica por que esse animal é hoje um dos símbolos da França.
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Coelhos espanhóis
"Hispania" era como os romanos chamavam a Península Ibérica. A palavra tem origem fenícia. Apesar de controversa, acredita-se que sua etimologia se encontre na antiga Cartago, cujos habitantes chamavam a região de "i-spn-ea" ou "terra dos damões", confundindo o coelho-europeu com um mamífero muito semelhante no norte da África (foto). Os romanos herdaram o nome da região dos cartagineses.
Foto: picture-alliance/Arco Images G
Mel de Malta
O arquipélago maltês deve seu nome, provavelmente, aos fenícios que o transformaram num entreposto comercial por volta do ano 1000 a.C., chamando a maior das ilhas de M-L-T ("malet" ou refúgio). O termo também pode ter se desenvolvido do grego "melitta" (abelha, mel). É interessante observar que, na Antiguidade, a ilha era conhecida pela qualidade do seu mel. Na foto, vê-se a capital Valetta.
Foto: Fotolia/schneiderpics
Alemanha, Deutschland
Na Gália, os francos tiveram de conter outra tribo germânica: os vizinhos alamanos. A terra dos alamanos passou a se chamar "Allemagne" ou Alemanha. Em alemão arcaico, a palavra "diutisc" (relativa a povo) era a designação que os germanos davam a si mesmo, dando origem ao alemão "deutsch", de onde vem o termo "Deutschland" ou "terra do povo". A foto mostra o Portão de Brandemburgo em Berlim.
Foto: picture alliance/chromorange/SPA
Holanda, Países Baixos
Holanda e Países Baixos descrevem o mesmo país. Num sentido mais estrito, porém, Holanda (do germânico "holt" e "land" ou "terra de florestas") se refere somente às províncias da Holanda do Norte e Holanda do Sul. Já o termo Países Baixos provém, inicialmente, da forma como os borgundos dividiram os seus territórios na Idade Média: em terras altas e terras baixas, que incluíam a atual Holanda.
Foto: NBTC Holland Marketing
Godos na Dinamarca
Dinamarca, do germânico "Tanne" e "Mark" (região de fronteira), era como os godos, povo que habitava a Escandinávia, chamavam a floresta que separava a sua terra ("Gothland") da "Scania", província no sul da Suécia que pertenceu à Dinamarca. Outras fontes apontam a raiz indo-europeia "dhen" (baixo, plano) e "Mark", ou seja, "terra plana" como origem do nome. Foto: a "Pequena Sereia de Copenhague".
Foto: picture-alliance/dpa/J. Lübke
Polônia camponesa
A etimologia do nome Polônia remonta ao povo eslavo ocidental dos "polonos", que no século 5° se fixou entre os rios Oder e Vístula. Esses, por sua vez, se derivam da palavra "pole", que quer dizer "campo, planície". Ou seja, os poloneses eram aqueles que cultivavam a terra. Assim, Polônia significa "terra de camponeses". Na foto, bandeiras são agitadas na praça da catedral de Cracóvia.
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/P. Supernak
Rússia viking
Rússia tem origem na tribo dos Rus. Esse povo viking emigrou da Escandinávia para a Europa Oriental, chegando até o Mediterrâneo. Para a maioria dos cientistas, Rus vem de "ruotsi" ou remadores, nome dado pelos finlandeses aos suecos. Stalin tentou negar essa origem, já que, para os soviéticos, era inaceitável aceitar a fundação do Estado russo por povos não eslavos, principalmente por germânicos.
Foto: picture alliance/blickwinkel/McPHOTO
Islândia, Irlanda e Finlândia
Em islandês, "Ísland" significa "terra do gelo". Já Irlanda ("Éire" em irlandês) remonta a Eriu, deusa celta da fertilidade, o que faz do país "um lugar fértil". E em Finlândia (foto) se encontra o radical germânico "finn" (relacionado com "find", procurar): os finlandeses eram nômades dedicados à caça e à coleta. Em finlandês, o país se chama "Suomi", que vem de "suo" (pântano) e "maa" (terra).