Flórida ordena maior retirada de moradores de sua história
9 de setembro de 2017
Após voltar à categoria 5, furacão Irma atinge Cuba e se dirige ao estado do sudeste americano, onde cerca de 5,6 milhões receberam ordem de ir para abrigos. Ciclone é o mais poderoso já registrado no Atlântico.
Anúncio
O furacão Irma voltou à categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson, e está avançando neste sábado (09/09) pelo arquipélago de Camaguey, no norte de Cuba, onde a tocou terra na noite de sexta-feira, com ventos de até 260 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês) dos Estados Unidos.
O NHC prevê que o Irma seguirá avançando durante o sábado pelo norte de Cuba até fazer um giro para noroeste, em direção à Flórida, nos Estados Unidos, onde poderá chegar entre a noite de sábado e manhã do domingo, antes de seguir caminho por terra até a Georgia e Carolina do Sul.
O governo da Flórida ordenou na sexta-feira a maior retirada de pessoas da história do estado americano. De acordo com o responsável do programa de furacões da Flórida, Andrew Sussman, perto de 5,6 milhões de moradores – cerca de um quarto da população – receberam ordem de evacuação, devido aos perigos mortais do furacão. Na Georgia, o governo determinou que 540 mil pessoas se retirassem da região costeira.
"Não esta noite, não em uma hora. Agora", afirmou o governador do estado, Rick Scott, a partir da capital Tallahassee, sobre a urgência de as pessoas abandonarem suas residências e irem para abrigos em todo o estado.
Scott pediu na noite de quinta-feira o fechamento, até a próxima segunda, de todos as escolas e universidades públicas para que possam estar disponíveis como abrigos para os primeiros efeitos do Irma.
Mesmo assim, muitos dos abrigos no condado de Miami-Dade e na vizinha Broward fecharam suas portas após terem alcançado, ao longo da sexta-feira, sua capacidade máxima.
Apenas no condado de Miami-Dade, foi emitida uma ordem de retirada para mais de 650 mil pessoas, a maior até a data, de acordo com o jornal Miami Herald. Entre quinta e sexta-feira, as rodovias estaduais tiveram engarrafamentos consideráveis, no que já é um êxodo sem precedentes de moradores e turistas que visitavam o sul da Flórida.
De acordo com os boletins de sexta-feira emitidos pelo Centro Nacional de Furacões (CNH), as projeções indicam que o Irma passará mais para a costa oeste do estado, afastada da área metropolitana de Miami, a de maior densidade populacional. No entanto, os meteorologistas e especialistas insistem nas dimensões do ciclone, cujos ventos de força de furacão podem abranger as duas costas do estado.
Irma é o furacão mais poderoso já registrado no Atlântico, onde deixou pelo menos 24 mortos em sua passagem pelas Pequenas Antilhas e Porto Rico e destruiu a ilha de Barbuda e a parte francesa de Saint Martin, segundo a emissora CNN.
Em sua passagem pela América Central e Caribe, o Irma não está sozinho, sendo acompanhado por dois outros furacões: o Katia que está passando sobre o México e o José, que se encontra no Oceano Atlântico.
CA/afp/lusa/efe
O recordista furacão Irma
Mais forte furacão já registrado no Atlântico também é o que passou mais tempo na categoria 5. Após devastar ilhas caribenhas e atingir República Dominicana, Haiti e Cuba, Irma atinge a costa da Flórida.
Foto: Reuters/C. Barria
Categoria máxima
Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o furacão Irma foi o que passou mais tempo na categoria 5 da escala Saffir-Simpson, com ventos superiores a 300 km/h. O ciclone é considerado um dos mais fortes da história e o mais potente já registrado no Atlântico em termos de velocidade de ventos.
Foto: Reuters/NOAA
Irma chega à Flórida
Com ventos de 210 km/h, o furacão mais potente já registrado no Atlântico chegou à costa sul da Flórida na manhã de domingo. As autoridades ordenaram a evacuação de cerca de 6,3 milhões de pessoas. Os moradores armanezam gasolina e alimentos.
Foto: Reuters/C. Barria
Maior retirada de moradores da história
O governo da Flórida ordenou já na sexta-feira a maior retirada de pessoas da história do estado americano. A saída dos moradores provoca engarrafamentos nas estradas. Escolas e universidades foram fechadas e transformadas em abrigos. Os principais aeroportos e parques do estado também fecharam suas portas.
Foto: Reuters/G. Newton
Irma rumo à Florida
Após passar pela costa norte da República Dominicana (foto) e Haiti, e atingir as Ilhas Turks e Caicos e Cuba, o furacão Irma perdeu força, mas logo voltou à categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson. Em seguida, Irma diminuiu de intensidade, chegando à Flórida na categoria 4. Mas continua muito perigoso, advertem meteorologistas.
Foto: Reuters/I. Alvarado
Estragos em Cuba
No sábado, Irma chegou à costa norte de Cuba, onde o país insular retirou milhares de turistas que passavam férias em resorts. Segundo o jornal oficial "Granma", o ciclone provocou danos, falta de energia e inundações na região costeira, como se vê aqui em Havana.
Foto: Reuters
Enchentes no Haiti
Segundo estimativas iniciais, no Haiti e na República Dominicana o Irma causou menos danos do que se esperava. Cerca de 200 casas foram destruídas na República Dominicana, mas não foram registrados mortos. A região norte do Haiti, no entanto, pode vir a sofrer inundações.
Foto: Reuters/A. Martinez Casares
Destruição em Saint Martin
Além da devastação, o Irma provocou dez mortes nas ilhas francesas de Saint Martin e St. Barts, e mais duas na parte holandesa de Saint Martin (foto). Os prejuízos são bilionários.
Foto: Reuters/Netherlands Ministry of Defence-Gerben van Es
Barbuda "quase inabitável"
A ilha de Barbuda teve 95% de suas construções danificadas. A mídia local afirma que o furacão deixou Barbuda "quase inabitável" e "inundada". Os danos foram estimados em cerca de 150 milhões de dólares e deixaram desabrigados cerca de 60% da população de 1.800 habitantes da ilha.
Foto: picture-alliance/AP Photo/J. Jno-Baptiste
Porto Rico
Principalmente a costa norte de Porto Rico foi atingida pelo Irma. Mais da metade da população de três milhões de habitantes ficou sem energia. O governador Ricardo Rossello ativou a Guarda Nacional. Um total de 460 abrigos de emergência foi disponibilizado ao redor da ilha.
Foto: Reuters/A. Baez
No escuro e sem água
Além da destruição e da falta de luz, a passagem do furacão Irma em Porto Rico deixou mais de 30 mil cidadãos sem água.