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FMI anuncia repasse US$ 17,5 bilhões à Ucrânia

12 de fevereiro de 2015

Ajuda faz parte de um pacote de 40 bilhões de dólares que será enviado a Kiev ao longo de quatro anos. País compromete-se a realizar duras reformas, como reestruturação de bancos, e executar agenda anticorrupção.

Treffen IWF & Weltbank 11.10.2014
Foto: Nicholas Kamm/AFP/Getty Images

O Fundo Monetário Internacional (FMI) concordou com um novo empréstimo para a Ucrânia no valor de 17,5 bilhões de dólares, afirmou nesta quinta-feira (12/02) a diretora-geral da instituição, Christine Lagarde. Segundo ela, o país está pronto para receber cerca de 40 bilhões de dólares de resgate nos próximos quatro anos – o restante deve vir da comunidade internacional.

"Tenho o prazer de anunciar que a equipe do FMI trabalhando em Kiev concluiu um acordo preliminar com o governo ucraniano com vista a um novo programa de reformas econômicas, que será apoiado por um financiamento de 17,5 bilhões de dólares", avançou Lagarde, em entrevista coletiva em Bruxelas.

O empréstimo ainda precisa ser aprovado pelo conselho do FMI, o que deve acontecer até o fim deste mês. Segundo Lagarde, porém, o governo da Ucrânia demonstra "determinação e coragem" para realizar reformas "nunca antes vistas".

Kiev pretende executar reformas importantes, como o aumento de tarifas energéticas, a reestruturação dos bancos e reformas administrativas em empresas públicas, além de estabelecer uma agenda anticorrupção.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatseniuk, destacou que as reformas exigidas para a tomada de empréstimo são "bastante difíceis" e afirmou que a economia ucraniana poderá crescer em 2016, caso a "agressão russa" seja freada e as reformas internas obtenham sucesso.

"É um programa ambicioso, duro, e não é sem risco", ressaltou a chefe do FMI. "O maior risco está relacionado a acontecimentos geopolíticos que possam afetar o mercado e a confiança dos investidores."

A decisão foi anunciada em meio à reunião de cúpula entre chefes de Estado da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França, e de líderes separatistas. Após 15 horas de negociações em Minsk, eles anunciaram um cessar-fogo no leste ucraniano, que passará a valer a partir da madrugada de domingo.

MSB/dpa/rtr/lusa

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