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FMI aumenta previsão de crescimento para o Brasil

21 de janeiro de 2019

Fundo Monetário Internacional prevê que economia brasileira continuará sua recuperação gradual neste ano, com expansão de 2,5%, mas reduz estimativa de crescimento para 2020. Previsão global para 2019 sofre corte.

Porto de Santos
FMI espera que economia brasileira continue no ritmo de recuperação gradual Foto: picture alliance/dpa/W. Rudhart

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou nesta segunda-feira (21/01) a previsão de crescimento para o Brasil em 2019, com uma expansão de 2,5%, 0,1 ponto percentual a mais do que o previsto em outubro de 2018.

Espera-se que, neste ano, a economia brasileira continue no ritmo de recuperação gradual da recessão de 2015 e 2016. Para 2020, no entanto, o órgão reduziu a projeção em 0,1 ponto percentual, para 2,2%, em relação ao último relatório.

Em relação à economia global, por sua vez, o FMI rebaixou as previsões de crescimento para 3,5% em 2019 e para 3,6% em 2020 – 0,2 e 0,1 ponto percentual abaixo do estimado em outubro do ano passado, respectivamente.

Entre os fatores apresentados para a redução estão a forte desaceleração da economia alemã, a grande contração da Turquia e a moderação da América Latina. O relatório Perspectivas Econômicas Globais cita como riscos também a escala das tensões comerciais e um Brexit sem acordo, que poderia agravar a turbulência nos mercados financeiros.

"A maior incerteza na política comercial sobre escalada e retaliações pode reduzir os investimentos, interromper cadeias de abastecimento e diminuir o crescimento da produtividade", destaca o relatório apresentado pela diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, na véspera do início do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça.

Segundo o relatório, o crescimento nas economias avançadas, especialmente a zona do euro, se moderou "mais rapidamente do que o previsto", enquanto as economias emergentes se estagnaram devido às "contrações na Argentina e na Turquia, assim como o impacto das ações comerciais sobre a China e outras economias asiáticas".

O FMI manteve, porém, sem mudanças as estimativas para as duas grandes economias mundiais. Os Estados Unidos devem ter um sólido crescimento neste ano de 2,5%, que passará a 1,8% em 2020 conforme o incentivo fiscal começa a se diluir.

Por sua vez, a China crescerá 6,2% neste ano e em 2020, dentro do seu "necessário processo de ajuste na regulação financeira".

Já a economia da América Latina crescerá 2% em 2019 e 2,5% em 2020, em ambos os casos 0,2 ponto percentual abaixo do calculado há três meses. Lagarde disse que a piora das perspectivas na região foram estimuladas pelo aprofundamento da crise na Venezuela, a contração da Argentina dentro de seu processo de ajuste e a piora das previsões no México.

Segundo o relatório, o México deve crescer 2,1% neste ano e 2,2% em 2020, 0,4 e 0,5 ponto percentual abaixo do previsto anteriormente, devido a um menor investimento privado.

Sobre a Argentina, o FMI prevê que a economia do país "irá contrair, como estava previsto em 2019, à medida que as políticas de ajuste destinadas a reduzir os desequilíbrios freiam a demanda interna, antes de retornar ao crescimento positivo em 2020". Enquanto isso, na Venezuela, a recessão será "ainda mais severa".

CN/efe/ap/rtr/ots

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