Fundo cita greve dos caminhoneiros e elevada dívida pública como razões para o corte. Estimativas para o crescimento mundial também sofrem redução devido à guerra comercial entre EUA e China.
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou sua previsão de crescimento econômico para o Brasil em 2018 de 1,8%, em julho, para 1,4%, citando o impacto da greve dos caminhoneiros deste ano no setor produtivo. Em abril, a previsão era de 2,3%
Em relatório divulgado na madrugada desta terça-feira (09/10), o FMI também reduziu levemente a previsão para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019 para 2,4%, ante estimativa anterior de 2,5%.
O FMI afirmou que, apesar de algumas economias emergentes terem tido melhora de suas perspectivas por conta da alta dos preços do petróleo, o Brasil, a Argentina, o Irã e a Turquia tiveram sua previsão de crescimento revisada para baixo por conta de fatores específicos de cada país, de condições financeiras mais difíceis, tensões geopolíticas e maiores importações da commodity.
No Brasil, a greve dos caminhoneiros que se estendeu por 11 dias a partir de 21 de maio afetou praticamente todos os setores da economia, especialmente a indústria e os serviços, causando desabastecimento e prejuízo para empresas.
Além disso, o vice-diretor do departamento de pesquisa do FMI, Gian Maria Milesi Ferretti, citou a alta dívida pública e os gastos públicos com a previdência e a aposentadoria antecipada como fatores preocupantes para a economia brasileira.
As revisões das previsões constam na edição mais recente do relatório "Perspectivas Econômicas Globais", apresentado em Bali, na Indonésia, no evento anual da entidade.
Guerra comercial
A piora das perspectivas brasileiras vem acompanhada de expectativas de crescimento mais lento também em nível mundial. O relatório do FMI reduziu a previsão de crescimento da economia global em 2018 para 3,7%, ante previsão anterior de 3,9%, em consequência sobretudo da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e de maiores níveis de endividamento.
A previsão do FMI para o crescimento global em 2019 também caiu em 0,2 ponto percentual para 3,7%. Trata-se do primeiro corte da previsão de crescimento global em mais de dois anos.
A entidade alertou que "todos irão sofrer" com a disputa entre as duas maiores economias do mundo, afirmando que "sem multilateralismo, o mundo se tornará um lugar mais pobre e perigoso".
"Não há dúvida de que a suscetibilidade a grandes choques globais cresceu", disse o economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld. "Estratégias comerciais refletem a situação política, e a política permanece instável em vários países, representando riscos adicionais", disse Obstfeld.
A aplicação de tarifas vem se tornando prática comum no governo de Donald Trump, nos EUA, que taxou em 25% importações chinesas no valor de 50 bilhões de dólares. Após essa primeira rodada, o presidente americano anunciou uma lista de produtos da China, no valor total de 200 bilhões de dólares, a serem atingidos por uma nova taxa de importação de 10% e ameaçou tarifar 267 bilhões de dólares adicionais, o que cobriria basicamente todo tipo de exportação chinesa para os EUA. A China respondeu às sobretaxas americanas com medidas idênticas.
Apesar de os EUA terem ficado protegidos até o momento dos impactos da guerra comercial graças a estímulos por meio de cortes de impostos e políticas de gastos públicos, esse efeito deve perder força até 2020, alertou o FMI, que também reduziu sua previsão de crescimento para EUA e China.
"O crescimento está sendo apoiado por políticas que parecem insustentáveis no longo prazo", acrescentou Obstfeld.
Referindo-se ainda a outras incertezas para a economia global, Obstfeld citou a falta de aprovação de acordos comerciais entre EUA, México e Canadá por poderes legislativos, assim como o Brexit.
"O multilateralismo precisa evoluir para que seja visto por cada país como um interesse próprio, mesmo em um mundo multipolar. Mas isso requereria apoio político doméstico para uma abordagem colaborativa internacionalmente", escreveu Obstfeld no relatório da entidade.
PJ/efe/afp/dpa/ots
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O capitão reformado de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente no segundo turno das eleições, com pouco mais de 55% dos votos válidos. O ex-deputado foi considerado um pária no mundo político brasileiro por mais de duas décadas, mas soube aproveitar o sentimento antissistema e antipetista de parte do eleitorado. Seu adversário, Fernando Haddad (PT), teve quase 45%. (28/10)
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Pedaço da Lua é vendido por mais de US$ 600 mil
Meteorito lunar de 5,5 quilos é arrematado por valor acima do esperado em leilão nos EUA. Fragmento foi encontrado na África no ano passado e deverá ser exposto em templo no Vietnã. Apelidado de "Buagaba" ou "quebra-cabeça lunar", meteorito é composto de fragmentos que se encaixam como num quebra-cabeça. Oferta vencedora foi feita por pessoa ligada ao complexo religioso Tam Chuc Pagoda. (20/10)
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Crânio de Luzia é encontrado
Pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, encontraram o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo descoberto na América e que revolucionou os estudos sobre o povoamento do continente americano. Os ossos foram localizados nos escombros do edifício atingido por um incêndio em 2 de setembro. Apesar de alguns danos ao fóssil, técnicos comemoram as boas condições das peças. (19/10)
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Salto do século completa 50 anos
Marca de 8,90 metros alcançada pelo americano Bob Beamon nos Jogos Olímpicos da Cidade do México é considerada um dos cinco maiores momentos do esporte do século 20. Salto veloz e vigoroso foi conquistado na final olímpica em 18 de outubro de 1968, na primeira tentativa, completando assim seus 50 anos. Beamon, com 22 anos na época, foi detentor do recorde mundial por mais de duas décadas. (18/10)
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Canadá legaliza maconha
O Canadá se tornou o segundo país do mundo a legalizar o uso da maconha para fins recreativos, depois do Uruguai, que adotou a medida em 2013. A partir de agora, cada consumidor poderá portar até 30 gramas da droga, além de cultivar até quatro pés de maconha em casa. O governo federal comunicou ainda que perdoará todas as pessoas com condenações por posse de até 30 gramas. (17/10)
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Temer é indiciado no inquérito dos portos
A Polícia Federal concluiu um inquérito que apurava suspeitas de fraudes na edição do Decreto dos Portos, envolvendo o presidente Michel Temer. Em seu relatório final, a corporação indiciou o chefe de Estado e sua filha Maristela, além de outras nove pessoas, e pediu o bloqueio de bens de todos eles. Também solicitou a prisão de quatro envolvidos, incluindo um coronel amigo de Temer. (16/10)
Foto: Reuters/R. Moraes
Morre Paul Allen, cofundador da Microsoft
O empresário americano Paul Allen, que fundou a gigante Microsoft nos anos 1970 ao lado de seu amigo de infância Bill Gates, morreu aos 65 anos nos Estados Unidos. Ele vinha lutando contra um tipo de câncer conhecido como linfoma não-Hodgkin. Bilionário, ele comprou clubes esportivos e era conhecido pela filantropia. "O computador pessoal não teria existido sem ele", disse Gates em nota. (15/10)
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Papa canoniza mártir salvadorenho e Paulo 6º
O papa Francisco declarou santos o arcebispo salvadorenho Óscar Romero e o papa Paulo 6º , juntamente com cinco outras pessoas menos conhecidas. Romero, assassinado por um tiro em pleno altar enquanto realizava uma missa em 1980, e Paulo 6º, que liderou a Igreja nos momentos de encerramento do Concílio Vaticano 2º, foram figuras discutidas e contestadas tanto dentro como fora da Igreja. (14/10)
Ato contra intolerância em Berlim
Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas do centro de Berlim protestar contra a extrema direita e a favor de uma sociedade mais tolerante. Os organizadores afirmaram que cerca de 240 mil pessoas compareceram à manifestação. O Brasil também foi lembrado. Participantes levaram cartazes e faixas com dizeres de protesto contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), além da hashtag #EleNão. (13/10)
Foto: Getty Images/AFP/J. MacDougall
Fogo em trem de alta velocidade na Alemanha
Um trem de alta velocidade que ia de Colônia para Munique, na Alemanha, pegou fogo durante o trajeto próximo a Dierdorf. Cinco pessoas se feriram levemente ao sair do veículo. As causas do incêndio estão sendo investigadas. As chamas começaram no primeiro vagão logo após a locomotiva. (12/10)
Foto: Reuters/W. Rattay
Falha e pouso de emergência
Dois astronautas tiveram que fazer um pouso de emergência após uma falha logo após o lançamento da aeronave russa Soyuz MS-10 que os levaria até a Estação Espacial Internacional (ISS). Os dois voltaram à Terra numa cápsula que aterrissou perto da cidade de Dzhezkazgan, no Cazaquistão, após o lançamento mal-sucedido. (11/10)
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/A. Filippov
Keiko Fujimori é detida no Peru
A líder da oposição no Peru Keiko Fujimori foi detida por suspeita de lavagem de dinheiro, após ser interrogada num tribunal. A filha do ex-presidente Alberto Fujimori é acusada de receber doações ilegais da Odebrecht para campanhas presidenciais. Ela nega as acusações. (10/10)
Foto: Imago/Agencia EFE/E. Arias
Embaixadora dos EUA na ONU renuncia
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, vai deixar o cargo no fim deste ano, anunciou o presidente Donald Trump, após a mídia americana noticiar a mais recente de uma série de baixas para o governo do republicano. A embaixadora não divulgou o motivo de sua renúncia, afirmando apenas ser "importante reconhecer quando é tempo de se afastar". (09/10)
Foto: Reuters/J.Ernst
ONU alerta sobre aquecimento global
Para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5°C e, assim, evitar drásticas alterações no clima serão necessárias "mudanças rápidas, vastas e sem precedentes" em nível global, alertou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Além de fenômenos climáticos extremos, um aumento maior que esse afetaria a saúde, o fornecimento de água e o crescimento econômico. (08/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Bustamante
Bolsonaro e Haddad no segundo turno
Em uma das eleições mais polarizadas da história, milhões de eleitores brasileiros foram às urnas e decidiram enviar ao segundo turno os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Favorito no Sul e Sudeste, o ex-militar teve 46% dos votos válidos contra 29% do petista, que foi o mais votado em oito estados do Nordeste e no Pará. Em terceiro, Ciro Gomes (PDT) teve 12%. (07/10)
Nobel da Paz premia luta contra violência sexual
O médico congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Nadia Murad foram os vencedores do Nobel da Paz de 2018, por seus esforços para "acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra". Mukwege, de 63 anos, passou grande parte de sua vida atendendo vítimas de violência sexual no Congo. Murad, de 25, sobreviveu à escravidão sexual perpetrada pelo "Estado Islâmico" no Iraque. (05/10)
A Holanda informou que seus serviços de inteligência frustraram um ataque cibernético contra a Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq), com sede no país, em abril. O país expulsou quatro supostos espiões russos envolvidos no caso. Os agentes teriam estacionado um veículo num hotel próximo à sede da Opaq com o objetivo de hackear o sistema de wi-fi e computadores da organização. (04/10)
O Prêmio Nobel de Química de 2018 foi atribuído a três cientistas bioquímicos pela utilização dos princípios da evolução para desenvolver proteínas que resolvem os problemas químicos da humanidade. Metade do prêmio foi à evolucionista americana Frances H. Arnold (à dir.), e a outra metade será dividida entre o americano George P. Smith (centro) e o britânico Gregory P. Winter (à esq.). (03/10)
Nobel de Física premia 1ª mulher em 55 anos
O americano Arthur Ashkin, o francês Gérard Mourou e a canadense Donna Strickland (foto) foram agraciados com o Nobel de Física de 2018 por suas pesquisas e invenções no campo da física do laser. Ashkin, de 96 anos, é a pessoa mais velha a ganhar um Nobel. Já Strickland é a terceira mulher da história a levar o prêmio de Física, concedido desde 1901, e a primeira a ser premiada em 55 anos. (02/10)
Foto: picture-alliance/AP Images/N. Denette
Nobel de Medicina para avanços contra o câncer
O americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo foram os vencedores do prêmio Nobel de Medicina de 2018. Eles foram premiados por seus estudos que permitiram avanços no tratamento contra o câncer, anunciou o Instituto Karolinska de Estocolmo. As descobertas feitas pelos dois cientistas permitem novos métodos para a inibição da regulação negativa do sistema imunológico. (01/10)