Foguete mais potente do mundo é lançado com carro a bordo
7 de fevereiro de 2018
Foguete jumbo, da SpaceX, transporta em lançamento de teste Tesla Roadster vermelho, que pertence a Elon Musk. Empresa pretende usar Falcon Heavy em futuras missões tripuladas à Lua e a Marte.
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A empresa SpaceX lançou com êxito nesta terça-feira (06/02) o foguete jumbo Falcon Heavy, considerado o mais potente do mundo, com um carro a bordo. O lançamento de teste ocorreu no Centro Espacial Kennedy da Nasa, localizado em Cabo Canaveral, na Flórida.
O Falcon Heavy, com 70 metros de altura e capacidade de transportar mais de 66 toneladas, decolou às 15h45 (hora local) da plataforma LC-39A, a mesma da qual partiram os foguetes das missões Apollo com destino à lua entre 1961 e 1972.
Milhares de pessoas acompanharam no local o lançamento, que foi adiado por mais de duas horas devido ao vento, e comemoraram o sucesso da operação. O foguete transporta na viagem teste um carro elétrico Tesla Roadster vermelho. O presidente da SpaceX, Elon Musk, também comanda a fabricante de automóveis.
Foguete mais potente do mundo lança carro ao espaço
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Dois minutos e meio após a decolagem, os dois foguetes laterais se separaram, e 30 segundos depois a cápsula com o Tesla Roadster e com o boneco Starman ao volante se afastou do terceiro projétil e ficou descoberto. Uma das principais preocupações de Musk se centrava no minuto seguinte ao lançamento, quando o foguete suportou a maior pressão aerodinâmica.
O Tesla Roadster, que pertence ao próprio Musk, é o primeiro carro lançado no espaço e será enviado numa órbita similar à trajetória necessária para uma viagem a Marte. No entanto, somente após algumas horas será possível saber se o movimento foi bem-sucedido.
O custo de uma missão do Falcon Heavy é de 90 milhões de dólares. A capacidade de carga do foguete varia entre 66 toneladas se o destino for a órbita da Terra ou 17 toneladas se for Marte. A SpaceX quer usar o foguete jumbo para transportar satélites mais pesados para o espaço e até, no futuro, seres humanos em missões tripuladas à Lua e a Marte.
O sucesso do teste foi fundamental para a SpaceX que disputa com algumas concorrentes contratos lucrativos com a Nasa, empresas de satélites e o Pentágono.
CN/efe/lusa/rtr/afp
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Missão Voyager: há 40 anos no espaço
Em 20 de agosto de 1977, a sonda espacial Voyager 2 partiu para explorar outros planetas, seguida 16 dias mais tarde pela Voyager 1. Ambas já romperam os limites do sistema solar e vagam pela Via Láctea.
Foto: picture-alliance/dpa
Duas sondas irmãs em longa viagem
Em 20 de agosto de 1977, a sonda da Nasa Voyager 2 partiu para um voo recorde, ainda não concluído. Pouco mais tarde, em 5 de setembro, seguia-se a Voyager 1, de construção idêntica. Sua finalidade inicial era coletar dados sobre os planetas Júpiter e Saturno, então basicamente inexplorados. Mas graças à longa durabilidade das baterias de plutônio, a missão foi sendo estendida.
Foto: REUTERS/NASA/JPL-Caltech
Maiores sucessos da Nasa
Pesando 825 quilos cada uma, as duas sondas Voyager contam entre os maiores sucessos da agência espacial americana. Até hoje, ambas enviam regularmente dados do espaço sideral. Embora se afastem cada vez mais do centro do sistema solar, o contato por rádio ainda funcionará por um bom tempo. A Nasa calcula que a missão vá até o ano 2030.
Foto: public domain
Rompendo fronteiras do sistema solar
Em 25 de agosto de 2012, a Voyager 1 atravessou uma das fronteiras do sistema solar: a heliopausa, onde o vento solar esbarra em outros ventos estelares. A sonda foi o primeiro objeto de fabricação humana a penetrar o espaço interestelar da nossa galáxia, a Via Láctea. Além disso é o artefato mais afastado da Terra, encontrando-se atualmente a uma distância 139 vezes maior do que a do Sol.
Foto: picture-alliance/dpa
Como uma cebola
O sistema solar tem diferentes fronteiras. A primeira é o "termination shock", onde os ventos solares ficam subitamente muito mais lentos. Depois, a heliopausa marca o fim da heliosfera, a "bolha" espacial em que os ventos solares protegem nosso sistema solar da radiação interestelar. Depois que a Voyager 1 ultrapassou a heliopausa, a Nasa registrou uma densidade plásmica 40 vezes maior.
Fotografando a vizinhança
Mesmo antes disso, as sondas irmãs tiveram muito a descobrir entre os fascinantes planetas do sistema solar. A Voyager 1 enviou à Terra em 1º de janeiro de 1979 esta imagem de Júpiter, uma das 17.477 que tirou do planeta gigante e suas luas. Esta foto comprovou pela primeira vez a existência de um delgado sistema de anéis circundando Júpiter.
Foto: picture-alliance/dpa/NASA
Imagens detalhadas
A Voyager 1 documentou também as correntes atmosféricas em Júpiter, visualizadas nesta foto. Depois de a sonda passar pelo planeta, a gravidade deste lhe conferiu uma velocidade de 16 quilômetros por segundo.
Foto: picture-alliance/dpa/NASA
Saturno a cores
A Voyager 2 alcançou Saturno em 1981, transmitindo esta imagem em cores reais do sexto planeta do sistema solar. A foto foi tirada a 21 milhões de quilômetros de distância – um verdadeiro close-up em termos cósmicos.
Foto: HO/AFP/Getty Images
Tudo sob controle
Numa foto de 1980, a central de controle da missão Voyager, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. A partir daqui, as distantes sondas são observadas e, dentro do possível, teleguiadas. Hoje em dia a técnica é obviamente muito mais avançada, mas Nasa continua tendo que recorrer aos conhecimentos dos engenheiros que desenvolveram as sondas – embora há muito eles estejam aposentados.
Foto: NASA/Hulton Archive/Getty Images
Long-play para alienígenas
As Voyager levam a bordo estes discos dourados, para o caso de encontrarem extraterrestres em sua viagem infinita. No suporte digital encontram-se imagens e sons de humanos, animais e da natureza na Terra. Para o caso de os alienígenas não possuírem toca-discos, foram também fornecidos agulhas de reprodução e um guia de instruções.
Foto: NASA/Hulton Archive/Getty Images
Arte sideral
As missões Voyager não apenas fascinam há décadas os aficionados da tecnologia, mas têm também inspirado artistas. Assim um pintor americano anônimo imaginou em 1977, pouco antes do lançamento, a passagem da Voyager 1 por Saturno.