Ford anuncia o fim da produção de carros no Brasil
11 de janeiro de 2021
Decisão faz parte da reestruturação de operações na América Latina. Fábricas da Bahia e de São Paulo encerrarão as atividades imediatamente. Planta da Troller no Ceará continuará operando até o quarto trimestre de 2021.
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Há mais de 100 anos no Brasil, a Ford anunciou nesta segunda-feira (11/01) que fechará todas as suas fábricas no país em 2021. O encerramento das atividades das três fábricas faz parte de um plano de reestruturação de operações na América Latina. A decisão terá um custo total de US$ 4,1 bilhões, o equivalente a R$ 22,5 bilhões.
Em comunicado, a empresa diz que a decisão foi tomada "à medida em que a pandemia de covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas".
A produção será encerrada imediatamente nas fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP), mantendo apenas a fabricação de peças por alguns meses para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda. A fábrica da Troller em Horizonte (CE) continuará operando até o quarto trimestre de 2021.
Serão mantidos no Brasil o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí (SP), e a sede regional em São Paulo.
Com a decisão, as vendas do EcoSport, Ka e T4 serão encerradas assim que terminarem os estoques. De acordo com a Ford, os clientes brasileiros da marca serão servidos por carros provenientes da Argentina, do Uruguai e de outras regiões. A montadora garante que todos os clientes no Brasil seguirão com assistência de manutenção e garantia.
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Milhares de empregos perdidos
"Com mais de um século na América do Sul e no Brasil, sabemos que essas ações são muito difíceis, mas necessárias para criar um negócio saudável e sustentável", disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford.
"Estamos mudando para um modelo de negócios mais austero e leve em ativos ao encerrar a produção no Brasil e servir aos clientes com alguns dos melhores e mais excitantes veículos de nosso portfólio global. Vamos também acelerar a disponibilidade dos benefícios trazidos pela conectividade, eletrificação e tecnologias autônomas suprindo, de forma eficaz, a necessidade de veículos ambientalmente mais eficientes e seguros no futuro", justificou Farley.
A empresa não informou o número de demissões, mas estima-se que, com a reestruturação, cerca 5 mil funcionários percam seus empregos no Brasil e na Argentina, já que o país vizinho sofrerá ajustes pelo encerramento da produção no Brasil.
A Ford disse, em comunicado, que vai trabalhar em "estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção".
LE/efe/afp/ots
Dez fatos sobre a autobahn
O carro é tão importante para os alemães que eles inventaram um tipo de rodovia onde podem andar livres de semáforos, ciclistas e pedestres. Veja algumas particularidades das autoestradas alemãs.
Foto: picture-alliance/dpa
Autobahn
A "Autobahn" (= via para carros) tem, tradicionalmente, ao menos duas faixas de tráfego em cada sentido e é restrita a veículos a motor que andem a no mínimo 60 km/h. Não há cruzamentos de veículos na via, e as saídas sempre são para a direita (com uma exceção perto de Stuttgart). Em geral, a pavimentação tem o dobro da espessura de rodovias em outros países.
Foto: picture-alliance/dpa
A mais velha
A primeira autobahn pública começou a ser construída em 1929. É a A555, que liga Colônia a Bonn, no oeste do país. Sua inauguração foi em 1932, um ano antes da nomeação de Adolf Hitler como chanceler da Alemanha.
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Sem limites
A Alemanha é o único país da Europa sem limite de velocidade em suas autoestradas. Existe uma velocidade recomendada de 130 km/h, que atinge praticamente 50% das autobahnen (plural de autobahn). Por questões de riscos à segurança, um terço tem limitação de velocidade e, nas demais, a limitação entra em vigor conforme as condições do tempo e do trânsito.
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Milhares de quilômetros
A rede de rodovias expressas da Alemanha tem uma extensão de 13 mil km (dado de 2015). Juntando-se todas, poderia-se ligar Hamburgo a Santiago do Chile. A autobahn mais longa é a A7, com 962 km.
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Identificação por números
As autoestradas alemãs são identificadas pela letra A e por um número. As que vão de norte a sul geralmente têm números ímpares, e as de oeste para leste, pares.
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Pouso e decolagem
Há trechos das autobahnen especialmente preparadas para serem usadas por aviões militares. Isso aconteceu já na 2ª Guerra Mundial, quando muitos aeroportos estavam destruídos. Na Guerra Fria, mais trechos foram preparados para eventuais operações da Otan.
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Em fila
Segundo o automóvel clube Adac, o ano de 2015 foi recorde, com 568 mil engarrafamentos, somando 1,1 milhão de quilômetros de extensão. Daria para fazer 28 voltas em torno do planeta. Apesar das informações sobre problemas no trânsito passadas pelo rádio a cada meia hora, os motoristas ficaram um total de 341 mil horas presos em congestionamentos.
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Engavetamentos
Em outubro de 1990 aconteceu um dos maiores acidentes em uma rodovia alemã. Um engavetamento devido a um nevoeiro na A9 em Münchberg envolveu 170 veículos, entre os quais seis ônibus e oito caminhões. Dez pessoas morreram e 123 ficaram feridas. O maior engavetamento da história foi em 2009, quando 259 automóveis se envolveram num acidente perto de Hanover. Ninguém morreu na ocasião.
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Pedágios
Desde 2005, a Alemanha tem um sistema de pedágio obrigatório para caminhões pesados. A Toll Collect, um empreendimento conjunto liderado pela Deutsche Telekom, Daimler Financial Services e a francesa Cofiroute, é responsável pelo sistema de cobrança, que envolve o uso de transponders a bordo dos veículos e também sensores instalados nas autoestradas de todo o país.
Foto: picture-alliance/dpa
Serviço e religião
Além das áreas de descanso e de serviço, com brinquedos, postos de gasolina e restaurantes, ao longo das rodovias alemãs há capelas e igrejas para descanso e reflexão dos viajantes.