França aceita Coronavac, mas com dose de reforço da Pfizer
24 de setembro de 2021
Quem estiver totalmente vacinado com uma vacina chinesa para a covid-19 deve receber terceira dose com imunizante de mRNA para obter passaporte sanitário, anuncia governo francês.
Anúncio
Pessoas que tenham sido vacinadas com vacinas chinesas para a covid-19, como a Coronavac, poderão entrar na França se tiverem recebido uma terceira dose com vacina de RNA mensageiro (mRNA), como as da Pfizer e Moderna, anunciou o governo francês nesta quinta-feira (23/09).
Quem seguir esse procedimento poderá obter um passaporte sanitário, desde que passados sete dias da administração da terceira dose, e viajar à França.
Segundo as autoridades francesas, a terceira dose deve ser aplicada ao menos quatro semanas depois da injeção anterior e é necessário comprovar ter recebido todas as doses exigidas.
Quem recebeu apenas a primeira dose da Coronavac precisará agora receber duas doses da vacina de RNA mensageiro para obter o passaporte sanitário na França, afirmou a autoridade.
As regras da Coronavac valem também para a vacina chinesa Sinopharm.
Pessoas que tenham sido totalmente vacinadas com imunizantes reconhecidos na França, como os da Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson (Janssen), também podem entrar no país.
Quem foi completamente vacinado com versões do imunizante da AstraZeneca fabricadas fora da União Europeia também pode obter o passaporte sanitário no site do Ministério do Exterior da França.
A França considera como totalmente vacinada uma pessoa que tenha recebido uma dose da Janssen há pelo menos 28 dias ou duas doses das demais vacinas reconhecidas há pelo menos sete dias.
as (OTS)
As vacinas contra covid-19 aprovadas na UE
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) liberou cinco imunizantes para combater a pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2. Saiba de onde vêm e como funcionam.
Foto: Christof STACHE/AFP
Pfizer-Biontech (BNT162b2)
Desenvolvida pela alemã Biontech e produzida pela americana Pfizer, é uma vacina de RNA mensageiro (mRNA). Seu princípio é fazer o próprio corpo produzir a proteína do vírus. Depois que o material é injetado no corpo humano, ele instrui o organismo a produzir a proteína, incentivando a fabricação de anticorpos contra Sars-Cov-2. O produto exige a aplicação de duas doses.
Foto: Liam McBurney/REUTERS
AstraZeneca (AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19)
A tecnologia usada chama-se vetor viral recombinante, que usa um adenovírus incapaz de causar doenças. No corpo humano, a vacina incentiva a produção da proteína do coronavírus, que o sistema imune reconhece como ameaça e destrói. Quando o Sars-Cov-2 infecta o organismo de verdade, o corpo reconhece e combate o vírus. São necessárias duas doses.
Foto: Marco Passaro/Independent Photo Agency Int./imago images
Moderna (mRNA-1273)
Também usa a tecnologia de RNA mensageiro, que imita a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que ajuda na invasão das células humanas. A cópia não é nociva como o vírus, mas desencadeia uma reação das células do sistema imune. Ela também deve ser aplicada em duas doses. Como todas as vacinas contra covid-19, é aplicada em forma de injeção intramuscular.
Foto: Markus Mainka/dpa/picture-alliance
Janssen, da Johnson&Johnson (Ad26.COV2-S)
O produto da farmacêutica Janssen exige a aplicação de apenas uma dose. Sua tecnologia é baseada em vetores de um tipo de vírus que causa resfriado comum. Na vacina, parte da proteína das espículas do vírus é colocada no adenovírus (que é o transportador). No corpo vacinado, inicia-se um processo de defesa, com a produção de anticorpos contra o invasor e a criação de uma "memória" contra o vírus.
Foto: Michael Ciaglo/Getty Images
Nuvaxovid, da Novavax (NVX-CoV2373)
A quinta vacina aprovada pela União Europeia contra o coronavírus é a Nuvaxovid, fabricada pela americana Novavax. Ela é baseada em proteínas, ou seja, contém pequenas partículas proteicas do vírus Sars-CoV-2 produzidas em laboratório. Com isso, as proteínas atuam como anticorpos neutralizantes e, assim, bloqueiam o vírus causador de covid-19.