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França aumenta alerta após ataques no Mali e na Somália

12 de janeiro de 2013

Intervenção militar no Mali provoca mais de 100 mortes e pelo menos 18 são confirmadas após resgate fracassado na Somália. Insurgentes dizem que ações colocam em risco a vida de franceses em "todo o mundo árabe".

A still image from video released by the French Army Communications Audiovisual office (ECPAD) on January 12, 2013 shows French troops walking to a plane in Ndjamena. French forces carried out a second day of air strikes against Islamist rebels in Mali on Saturday and sent troops to protect the capital Bamako in an operation involving several hundred soldiers, Defence Minister Jean-Yves Le Drian said. REUTERS/ECPAD via Reuters Tv/Handout (CHAD - Tags: POLITICS MILITARY) NO SALES. NO ARCHIVES. ATTENTION EDITORS � THIS IMAGE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY. FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS. THIS PICTURE IS DISTRIBUTED EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS, AS A SERVICE TO CLIENTS
Foto: Reuters

O presidente da França, François Hollande, aumentou o alerta no país neste sábado (12/01) por conta da intervenção militar que o país desencadeou no Mali e de uma ação de resgate de um refém na Somália. Hollande pediu ao primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, que amplie a proteção de prédios e do setor de transporte público.

Militares franceses realizaram ataques aéreos contra rebeldes islâmicos na região central de Mali e destacaram tropas para proteger a capital Bamaco neste segundo dia de intervenção militar. Com os ataques, o governo do país africano conseguiu recuperar o comando da importante cidade de Konna. Os confrontos, porém, deixaram o saldo de pelo menos 100 mortos, incluindo rebeldes e soldados franceses.

O grupo insurgente Ansar Dine disse neste sábado que a continuidade dos ataques coloca em risco a vida de cidadãos e reféns franceses que estão em poder da milícia. "Há consequências não apenas para os reféns, mas também para os cidadãos franceses em qualquer parte do mundo árabe", afirmou Sanda Ould Boumama, porta-voz do grupo. "Vamos continuar resistindo e nos defendendo. Estamos prontos para morrer lutando".

Rebeldes do grupo Ansar DineFoto: Romaric Ollo Hien/AFP/GettyImages

O governo francês já recomendou aos 6 mil cidadãos franceses que vivem no Mali a deixar o país. Por diversas vezes o governo em Paris retratou a situação no país africano como uma ameaça à segurança internacional.

Situação "sob controle"

De acordo com o Exército de Mali, a situação no país está "sob controle", mas as Forças Armadas ainda atacam pontos de resistência. Ainda na sexta-feira, pouco depois de Hollande ter anunciado a intervenção militar na antiga colônia africana, o presidente interino de Mali, Dioncounda Traore, declarou estado de emergência no país.

A Nigéria também afirmou que enviará uma equipe técnica da Aeronáutica para Mali. Comandantes enviados pelos membros do bloco da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental vão chegar a Bamaco nas próximas horas.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, tem um encontro agendado com o presidente francês, François Hollande, em Paris ainda neste sábado para discutir a intervenção militar. Em Londres, o primeiro-ministro David Cameron declarou apoio às tropas francesas em Mali e disse que a situação inspira preocupação.

Resgate fracassado na Somália

Governo francês acredita que Denis Allex, refém na Somália, foi morto pelos insurgentesFoto: picture-alliance/dpa/IntelCenter

A operação fracassada para libertação de um agente secreto francês na Somália terminou com a morte de pelo menos 18 pessoas – um soldado francês e 17 insurgentes do grupo Al Shabaab. Apesar de o comando rebelde garantir que Denis Allex, refém desde 2009, está vivo, o governo em Paris acredita que ele tenha sido morto pelos sequestradores durante o confronto.

Segundo o ministro francês de Defesa, Jean-Yves Le Drian, a missão foi desencadeada por conta da "intransigência dos terroristas, que se recusam a negociar há três anos e meio". Oito cidadãos franceses estão nas mãos de rebeldes islâmicos na área do Sahel, onde há forte influência de grupos terroristas ligados ao Al Qaeda. E a França usava essa razão para justificar sua relutância em intervenções militares na região com base na segurança desses reféns.

MSB/dpa/dapd/rtr
Revisão: Fernando Caulyt

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