França emprestará Tapeçaria de Bayeux ao Reino Unido
19 de janeiro de 2018
Essa será a primeira vez que peça datada do século 11 deixará a França. Tapeçaria, que retrata invasão normanda da Inglaterra por Guilherme, o Conquistador, em 1066, será exposta no Reino Unido em 2022.
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Ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, a primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou nesta quinta-feira (18/01) o acordo para o empréstimo ao Reino Unido da Tapeçaria de Bayeux, que pertence à França.
"Estou honrada com o empréstimo desta peça preciosa da nossa história em comum que agora novamente destaca a proximidade das relações entre Reino Unido e França", disse May, durante a coletiva de imprensa após o encontro dos dois lídres em Berkshire, na Inglaterra.
A premiê destacou que essa será a primeira vez que a tapeçaria estará em solo britânico em mais de 900 anos. "O empréstimo faz parte de um amplo intercâmbio cultural que acontecerá entre a França e o Reino Unido nos próximos quatro anos", acrescentou.
Datada do século 11, a Tapeçaria de Bayeux retrata a invasão normanda da Inglaterra por Guilherme, o Conquistador, em 1066. As origens da peça de 70 metros de comprimento são obscuras. Em exibição na cidade francesa de Bayeux, a tapeçaria jamais deixou a França nos seus quase 950 anos de história conhecida.
Ainda não foi decidido onde a peça será exposta no Reino Unido. O empréstimo só acontece em 2022 devido a trabalhos que precisam ser feitos na tapeçaria para garantir a sua segurança na remoção e transporte.
Além de acertar o empréstimo da tapeçaria, durante a cúpula na Inglaterra, Macron e May concordaram em reforçar a cooperação nas áreas da defesa e segurança.
O Reino Unido anunciou que investirá 44,5 milhões de libras no reforço da segurança na fronteira do canal da Mancha, com a construção de cercas e instalação de câmeras em Calais e em portos ingleses ao longo do canal. O país se comprometeu ainda a acolher mais migrantes que chegam à região, sobretudo crianças não acompanhadas que possuem familiares no Reino Unido.
Em sua primeira visita à Inglaterra desde a sua eleição em 2017, Macron garantiu que a relação "única" entre os dois países não será afetada pela saída do Reino Unido da União Europeia.
"O Reino Unido e a França serão sempre vizinhos, unidos pela amizade e pela crença comum na liberdade e na justiça, tanto em casa como no mundo", enfatizou May.
CN/afp/rtr/dpa/lusa
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Dez razões para conhecer Valeta
Palácios imponentes, praças elegantes, becos estreitos e jardins em flor: a capital de Malta é Capital Europeia da Cultura de 2018, juntamente com a holandesa Leeuwarden. Valeta, uma cidade fortificada rica em História.
Foto: viewingmalta.com
Opulência monumental
Valeta foi a primeira cidade europeia a ser completamente planejada na prancheta. Logo depois do início das obras, em 1566, já surgiram as primeiras obras-primas: fortalezas, igrejas, palácios. Valeta ostenta mais de 300 monumentos históricos. Em 1980, a Unesco declarou a cidade inteira Patrimônio Mundial.
Foto: Leeuwarden-Fryslân/Tony Zelenhoff
Bastião de São Pedro e Paulo
Diariamente, ao meio-dia, turistas se reúnem no antigo Bastião São Pedro e Paulo. A foto foi tirada momentos antes do disparo de tiros por canhões históricos. É uma lembrança ruidosa de que Valeta foi construída há 450 anos como cidade fortificada na ilha de Malta, no Mar Mediterrâneo, por cavaleiros da Ordem de Malta.
Foto: viewingmalta.com/Jürgen Scicluna
Palácio do Grão-Mestre
A ideia de construir uma nova cidade como sede para a Ordem dos Cavaleiros de São João (ou Ordem de Malta) foi de Jean Parisot de la Valette, o grão-mestre da Ordem que deu o nome à cidade. Seu palácio é um dos edifícios mais antigos e mais bonitos de Valeta. Atualmente, abriga a residência do presidente de Malta, mas muitas partes do magnífico imóvel são acessíveis ao público.
Foto: viewingmalta.com/Clive Vella
Piazza Regina
O Palácio do Grão-Mestre dá para a Praça da República, ou Piazza Regina, um ponto de encontro bastante popular por causa de seus cafés e restaurantes. Aqui, você pode recuperar forças para as próximas etapas do seu passeio com um Pastizz, um típico pastel de massa folhada, recheado com ricota ou purê de ervilhas.
Foto: viewingmalta.com
Co-catedral de São João
Dizem que Malta tem 365 igrejas, uma para cada dia do ano. Portanto, também Valeta tem muitas igrejas. Uma das mais magníficas é a Co-catedral de São João, uma das duas sedes da arquidiocese de Malta (a outra é a catedral de São Paulo, na antiga capital Mdina). Esta igreja foi construída em apenas cinco anos, de 1573 a 1578. Mas a rica decoração interior levou quase cem anos para ficar pronta.
Foto: picture-alliance/P.Schickert
Porta da Cidade
Arquitetura "high tech" encontra fachadas medievais: a nova Porta da Cidade, concebida pelo arquiteto italiano Renzo Piano, não está exatamente livre de controvérsias. O City Gate Project, finalizado em 2014, também inclui o novo edifício do Parlamento e o desenho de um teatro a céu aberto dentro das ruínas da antiga Ópera Real.
Foto: viewingmalta.com/Jürgen Scicluna
Varandas de madeira
Um passeio pelas ruelas da Cidade Velha, com suas varandas coloridas de madeira, contrasta com a visão dos grandes palácios e edifícios oficiais. As sacadas serviam de camarote às mulheres, que, protegidas dos olhares indiscretos por cortinas, podiam observar o vaivém das ruas. Atualmente existe um programa de financiamento para a manutenção das varandas como patrimônio cultural.
Foto: viewingmalta.com/Peter Vanicsek
Museu Nacional de Arqueologia
Malta tem suas raízes históricas na Idade da Pedra. Uma abundância de templos, tumbas pré-históricas e locais de culto foram revelados nessa ilha do Mar Mediterrâneo. O Museu de Arqueologia em Valeta mostra descobertas espetaculares. Uma delas é escultura "A Dama Adormecida", que tem mais de 4 mil anos.
Foto: picture-alliance/Dumont/M. Kirchgessner
Teatro Manoel
O Teatro Manoel, uma joia rococó, faz parte dos palcos mais antigos da Europa – foi inaugurado em 1731. Vale uma visita, mesmo que você não tenha entradas para o teatro. É possível ver o auditório, a área atrás do palco e um pequeno museu teatral com muitos trajes históricos e uma antiga máquina de vento, um instrumento acústico dos palcos.
Foto: picture-alliance/dpa/T. Schulze
Jardim Upper Barrakka
Se você precisar de uma curta pausa após dar a volta na cidade, esse jardim é o lugar ideal. A área é usada como oásis de descanso desde 1661. Do Upper Barrakka, a vista do porto de Valeta também é sensacional.
Foto: viewingmalta.com
Anoitecer na Cidade Velha
Depois do pôr do sol, a capital de Malta se torna um lugar ideal para os românticos. Uma volta ao longo dos antigos muros da cidade ou um aperitivo num dos muitos cafés é a maneira perfeita de encerrar o dia em Valeta – uma das capitais europeias da Cultura de 2018, juntamente com a cidade holandesa de Leeuwarden.