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França diz "não" à extrema direita em pleito regional

13 de dezembro de 2015

Eleitores franceses reagem no segundo turno, detendo avanço da Frente Nacional nas 13 regiões do país. Socialistas e republicanos se impõem. Mas premiê Valls ainda considera ultradireita de Le Pen como perigo.

Ultradireitista Marine Le Pen (c.): a grande perdedora do segundo turnoFoto: Reuters/Y. Herman

De acordo com as sondagens de boca de urna e contrariando os resultados da semana anterior, o partido ultradireitista Frente Nacional (FN) não deverá dominar em nenhuma das regiões da França, no segundo turno das eleições, neste domingo (13/12).

No fim da noite, as projeções atribuíam pelo menos cinco das 13 regiões ao conservador-burguês Os Republicanos (LR), liderado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, e quatro ao Partido Socialista (PS), do governo e seus aliados de esquerda. Segundo a emissora francesa BFMTV, os candidatos do PS e do LR detêm a dianteira em todo o território.

Conservador Christian Estrosi (dir.): vitória no sul sobre Marion Maréchal-Le PenFoto: Reuters/E. Gaillard

As apurações confirmam, assim, os prognósticos das agências de estatísticas Ipsos, Ifop e TNS-Sofres. O primeiro-ministro Manuel Valls advertiu, contudo, que a ultradireita liderada por Marine Le Pen permanece "um perigo" para a França. Sarkozy prometeu que seu partido "recusará qualquer pacto com os extremistas" – embora sem deixar de discutir questões "que preocupam os franceses", como o desemprego e a frustração com a União Europeia.

Derrota para ultradireitistas

Em especial o desempenho da FN era aguardado com atenção: no primeiro turno do pleito regional, uma semana atrás, ela se confirmara como principal força política, dominando em seis regiões. O resultado foi atribuído sobretudo aos atentados terroristas de 13 de novembro, em Paris, assim como à atual crise de refugiados.

Apesar dessa vitória, a extrema direita não liderava em nenhuma das pesquisas de intenção de voto, e neste domingo os franceses reagiram à imposição da legenda de Le Pen com um comparecimento significativo às urnas: segundo o Ministério do Interior, até o fim da tarde mais da metade dos 45 milhões de eleitores registrados já haviam entregado seu voto – no primeiro turno a participação total ficara abaixo de 50%.

Muitos franceses atribuem desemprego e crise econômica a governo socialista de François HollandeFoto: Reuters/R. Duvignau

Tal mobilização eleitoral reverteu em clara desvantagem para a FN. Segundo a boca de urna, com cerca de 42% dos votos no norte do país, Marine Le Pen ficou bem abaixo do conservador Xavier Bertrand (57%). Sua sobrinha, Marion Maréchal-Le Pen, de 26 anos, também perdeu no sul contra o conservador Christian Estrosi.

Devido aos atentados de novembro, a votação transcorreu sob medidas de segurança reforçadas. As eleições regionais são o último escrutínio de âmbito nacional antes do pleito presidencial, em 2017. Grande parte dos franceses responsabiliza o presidente socialista François Hollande pelas taxas recorde de desemprego e pela crise econômica.

AV/afp,rtr,dpa

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