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França e Suíça decidem liderança em Salvador

Philip Verminnen20 de junho de 2014

Duas equipes venceram na estreia. Apesar de melhor posicionados no ranking da Fifa, suíços jogam favoritismo para os franceses. Em outro confronto neste nono dia, Itália e Costa Rica podem definir futuro da Inglaterra.

Foto: Getty Images

Assim como na Copa do Mundo de 2006, França e Suíça estão no mesmo grupo no Mundial do Brasil. As duas seleções venceram os seus confrontos de estreia, são as principais candidatas para conquistar as duas vagas para as oitavas de final e decidem nesta sexta-feira (20/06), em Salvador, a liderança do Grupo E.

O vencedor deste confronto estará automaticamente classificado, mas, caso se repita o resultado de 2006 (0 a 0), Honduras e Equador continuarão na briga. E mesmo sendo cabeça de chave do grupo, a seleção suíça tratou de passar o favoritismo para o país vizinho: "É extremamente difícil encontrar pontos fracos na seleção da França. É a primeira vez em 13 anos que eu enfrento problemas em encontrá-los [pontos fracos]", admitiu o treinador Ottmar Hitzfeld, que está no comando da equipe desde 2011.

"A França é muito bem organizada, com uma defesa compacta e possui jogadores dispostos a se sacrificar por seus companheiros. Se ficarmos apenas nos defendendo, corremos sério risco de perder a partida. Precisamos pressioná-los", completou Hitzfeld.

Benzema marcou dois e é artilheiro da FrançaFoto: Getty Images

Mesmo a Suíça estando 11 posições à frente da França no ranking da Fifa (6º e 17º), o respeito quase exagerado é compreensível. A Suíça nunca venceu a França em grandes torneios, e a última vitória está no longínquo ano de 1992. Além disso, a seleção francesa possui jogadores do mais alto nível e que jogam em clubes de ponta. Karim Benzema, autor de dois gols nesta Copa, é o camisa nove do Reald Madrid; Paul Pogba, da Juventus, e Matuidi, do PSG, formam uma excelente dupla de volantes; e Patrice Evra é há tempos um lateral-direito consistente no Manchester United.

O ex-capitão da Équipe Tricolore, por sinal, avalia que as turbulências internas, que atrapalharam nas campanhas na Copa de 2010 e na Eurocopa de 2012, são coisas do passado. Evra insiste que o racha dentro do grupo não existem mais, e que a atual delegação forma um grupo coeso e, portanto, mais forte. "Nós jogamos pelo mesmo país e, desde a repescagem, em novembro, voltamos a sentir orgulho em vestir essa camisa", disse o lateral.

Para a partida, duas questões preocupam a seleção francesa: o calor baiano e a contusão muscular do meia-armador Yohan Cabaye. "Sabemos que a temperatura será maior [que a de Porto Alegre] e não tem o que fazer quanto a isso. Vai ser mais difícil", disse o assistente técnico Guy Stephan. Segundo ele, Cabaye teve uma sessão de treinamento mais leve que a dos demais, mas que já está recuperado.

Shaqiri é uma das estrelas da SuíçaFoto: Reuters

Na outra partida do Grupo E, Equador e Honduras se enfrentam na Arena da Baixada, em Curitiba. O vencedor continuará sonhando com a classificação para as oitavas de final. Apesar da derrota, nos acréscimos, para os suíços, o treinador da seleção equatoriana, Reinaldo Rueda, confirmou que o time titular será o mesmo da estreia. Para conquistar os três pontos, Rueda conta com uma melhor atuação de seu principal jogador, Antonio Valencia. "Contra Honduras será diferente. Ele não é apenas o nosso atleta mais experiente, mas também o único que atua em um dos gigantes do futebol mundial."

Completa o nono dia de Copa do Mundo, a partida Itália e Costa Rica, na Arena Pernambuco. A seleção inglesa vai olhar com bastante apreensão para este jogo, já que uma vitória costarriquenha ou um empate eliminam a Inglaterra deste Mundial. Bem humorado, Mario Balotelli publicou em sua conta no Twittter que ele quer um beijo da Rainha da Inglaterra caso a Itália "salve" os ingleses no Grupo D. Já o treinador italiano Cesare Prandelli adotou o discurso da cautela: "Temos estudado essa equipe, que é muito bem organizada e que conhece bem seu padrão tático. É a partida mais perigosa da primeira fase, e eles mereceram vencer contra o Uruguai."

Para Jorge Luis Pinto, treinador da Costa Rica, responsável pela maior surpresa desta Copa, até agora, a vitória chilena contra a Espanha serve de inspiração para o confronto contra os italianos. "Acho que tivemos uma atuação nota oito na estreia. Queremos e podemos melhorar. A Itália é um adversário difícil, mas algumas pessoas disseram que a Espanha era favorita, e aí? Temos que deixar previsões de lado."

Prováveis escalações:

Suíça: Diego Benaglio; Stephan Lichtsteiner, Johan Djourou, Steve Von Bergen e Ricardo Rodríguez; Valon Behrami, Gökhan Inler, Granit Xhaka, Xherdan Shaqiri, Valentin Stocker e Jospi Drmić. Técnico: Ottmar Hitzfeld.

França: Hugo Lloris; Mathieu Debuchy, Raphaël Varane, Mamadou Sakho e Patrice Evra; Yohan Cabaye, Paul Pogba, Blaise Matuidi; Mathieu Valbuena, Antoine Griezman e Karim Benzema. Técnico: Didier Deschamps.

Local

Arena Fonte Nova, Salvador

Arbitragem

Bjorn Kuipers (Holanda), auxiliado por seus compatriotas Sander van Roekel e Erwin Zeinstra.

Destaques

Suíça

Xherdan Shaqiri: Numa seleção repleta de estrangeiros, Shaqiri é o grande nome. Nascido em Gnjilane, uma cidade no Kosovo, o meia-atacante mudou ainda criança para o país alpino e surgiu para o futebol atuando pelo FC Basel. Sua velocidade e drible curto, semelhante ao futebol de Franck Ribèry, chamaram a atenção do Bayern de Munique, onde joga atualmente. Com a seleção suíça foi vice-campeão europeu Sub-21, em 2011.

França

Karim Benzema: Por diversas vezes, o atacante do Real Madrid declarou que o seu país de coração é a Argélia, mas que defende as cores da França por motivos profissionais. E os dois gols na estreia contra Honduras mostram que Benzema, nascido na França, mas filho de pais argelinos, faz o seu trabalho muito bem. Pela Équipe Tricolore, Benzema já anotou 23 gols em 67 partidas.

Retrospecto

França e Suíça é um confronto bastante comum: ao todo, foram 36 partidas, com 15 vitórias francesas, 12 suíças e nove empates. Também no quesito gols marcados, o retrospecto é parelho: 62 para a França contra 58 dos suíços.

Último confronto

Foi justamente numa Copa do Mundo, na Alemanha, em 2006. Ambas as seleções também estavam no mesmo grupo e empataram em 0 a 0. Até agora, esta foi a única partida em Mundiais.

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