França frustra ataque contra forças de segurança em Orleans
22 de dezembro de 2015
Ministério do Interior confirma detenção de dois homens que tinham como alvo soldados, policiais e representantes do Estado. Segundo ministro Bernard Cazeneuve, a dupla estava em contato com jihadista francês na Síria.
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O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, informou nesta terça-feira (22/12) que dois homens foram presos em conexão a um ataque terrorista frustrado perto da cidade de Orléans, ao sul de Paris.
Segundo o ministro, os ataques teriam como alvo "representantes de forças de segurança estatais na área de Orléans" e foram impedidos pela agência de inteligência interna da França. Os dois homens, cidadãos franceses de 20 e 24 anos de idade, foram detidos em 19 de dezembro e já eram conhecidos das autoridades nacionais.
Em coletiva à imprensa, Cazeneuve afirmou que a dupla estava "em contato com um jihadista francês na Síria", acrescentando que a polícia tenta determinar se a terceira pessoa havia ordenado os ataques.
Um dos dois detidos revelou aos investigadores que ambos estavam planejando ataques contra soldados, policiais e representantes do Estado. Citando uma fonte da polícia, a agência de notícias AFP afirmou que um dos homens é natural do Marrocos e o outro do Togo. Segundo outra fonte citada pela agência Reuters, a dupla tinha como alvo um quartel militar e delegacias, tendo tentado apreender armas e recrutar cúmplices.
Cazeneuve também relatou que dez ataques foram impedidos na França desde 2013 e que 3.414 pessoas tiveram a entrada ao país recusada desde os atentados de novembro em Paris, "devido ao risco que representam para a segurança e a ordem pública".
Após a tragédia do 13 de Novembro, reivindicada pela organização extremista "Estado Islâmico" (EI), a França tirou temporariamente de vigor o acordo de fronteira aberta do Tratado de Schengen, e desde então o país está em estado de emergência.
Há expectativas de que nesta quarta-feira o governo francês vá propor implementar seus poderes de emergência em direito constitucional, numa tentativa de oferecer mais clareza em tempos de crise nacional.
PVafp/dpa/rtr
Homenagem às vítimas de Paris
Duas semanas após os atentados que deixaram 130 mortos na capital francesa, governo organiza um dia nacional de homenagens às vítimas. Bandeiras, flores e velas foram espalhadas pela cidade.
Foto: Reuters/J. Naegelen
Dia nacional de homenagem
Bandeiras francesas penduradas nas janelas de um edifício próximo do Palácio dos Inválidos, em Paris. O presidente François Hollande apelou a todos os cidadãos que estampassem a bandeira tricolor em suas janelas nesta sexta-feira (27/11) para prestar homenagem às vítimas dos ataques terroristas de 13 de novembro de 2015.
Foto: Reuters/J. Naegelen
Palácio dos Inválidos
Duas semanas após os ataques em Paris, o Hôtel National des Invalides (Palácio dos Inválidos) foi palco da cerimônia oficial em homenagem às vítimas. A construção foi ordenada por Luís 14 em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje é sede de museus e túmulo de personalidades ilustres como Napoleão Bonaparte e Sébastien Vauban.
Foto: Getty Images/AFP/M. Medina
Marselhesa
A homenagem começou com a chegada do presidente francês, François Hollande, enquanto a Guarda Republicana entoava a Marselhesa, o hino nacional francês. Após os ataques de 13 de novembro, a Marselhesa foi cantada por cidadãos de toda a Europa, como hino de resistência contra a ameaça do terrorismo.
Foto: Getty Images/AFP/P. Wojazer
Políticos
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ao lado de Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês entre 2007 e 2012 e líder do partido Os Republicanos. Sarkozy perdeu a última eleição para o socialista François Hollande e, ao que tudo indica, pretende disputar novamente as eleições presidenciais em 2017.
Foto: Reuters/C. Platiau
Frente Nacional
Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional (FN), também esteve presente na cerimônia. Ela, que também será candidata à presidência em 2017, foi a primeira dos líderes populistas e de extrema direita da Europa a pedir o "fim imediato de toda a admissão de imigrantes na França".
Foto: Reuters/C. Platiau
Promessa solene
Em discurso durante a cerimônia, François Hollande disse que aqueles que realizaram os ataques em Paris atuam em nome de uma "causa insana e traem o seu Deus". Hollande fez ainda a "promessa solene" de destruir o grupo "Estado Islâmico", autor dos ataques, descrevendo-o como um "exército de fanáticos".
Foto: Reuters/P. Wojazer
Feridos presentes
Mais de 2 mil pessoas acompanharam a cerimônia no Palácio dos Inválidos. Entre os convidados havia algumas das 350 pessoas que foram feridas nos ataques, parte delas em cadeiras de rodas.
Foto: Getty Images/AFP/M. Medina
Flores no Bataclan
Flores e bandeiras foram colocadas na frente da casa de shows Bataclan, onde 89 pessoas foram mortas por terroristas. Homenagens também foram prestadas nos outros locais dos ataques: o restaurante Le Petit Cambodge, o bar Le Carrilon, a pizzaria Casa Nostra e o bar Belle Equipe.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Bandeira de roupas
Camisetas e casacos nas cores da bandeira francesa enfeitam uma sacada em em Paris. Com o estado de emergência declarado no país, não foram permitidas grandes manifestações de repúdio aos atentados, como aconteceu após os ataques de janeiro. Aos franceses foi pedido que se solidarizassem de suas próprias casas.
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Memorial improvisado
Franceses se reúnem em frente a um memorial improvisado na Place de la Republique.
Foto: Getty Images/AFP/T. Samson
Patriotismo
Homem segura bandeiras francesas perto da estátua na Place de la Republique.